Montadora chinesa Nio investe em startup de fusão nuclear

XANGAI (Reuters) - Fabricante chinesa de veículos elétricos Nio tem investido numa startup que está desenvolvendo tecnologias de fusão, de acordo com uma fonte com conhecimento direto do assunto e documentos da empresa.

A empresa recém-criada, Neo Fusion, pesquisará e desenvolverá tecnologias que visam trazer a fusão controlada para usos comerciais globalmente em duas décadas, disse a fonte.

Com capital registrado de 5 bilhões de iuans (723,37 milhões de dólares), a startup é 50% controlada por empresas de energia e braços de investimento do governo da província de Anhui, no leste da China, de acordo com os detalhes financeiros no registro da empresa vistos pela Reuters.

A Nio investiu 995 milhões de iuans por uma participação de 19,9%, enquanto a Nio Capital, empresa de investimentos fundada pelo presidente-executivo da Nio, William Li, investiu 505 milhões por uma participação de 10,1%.

A Nio Capital e a Comissão de Administração e Supervisão de Ativos Estatais de Anhui não se basearam imediatamente nos pedidos de comentários.

A fusão é vista como um dia capaz de ajudar o mundo a reduzir as emissões ligadas à mudança climática. Ao contrário dos reatores nucleares atuais, ela pode gerar energia sem produzir resíduos radioativos duradouros.

Os avanços tecnológicos dos últimos anos aproximaram a fusão da realidade, provocando uma onda de investimentos entre empresas e governos em todo o mundo, incluindo Estados Unidos, Japão e China, que querem dominar a próxima geração de tecnologia energética.

A montadora também vem desenvolvendo tecnologias de baterias e planeja construir uma fábrica com capacidade anual de 40 gigawatts-hora na cidade de Hefei, na província de Anhui, informou a Reuters anteriormente.