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Mortes por síndrome respiratória no Brasil sobem 15 vezes em abril em meio à pandemia

Placeholder - loading - Operários constroem novas gavetas em cemitério do Rio de Janeiro 28/04/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
Operários constroem novas gavetas em cemitério do Rio de Janeiro 28/04/2020 REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - O número de mortos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil aumentou em mais de 15 vezes em abril deste ano na comparação com o mesmo mês de 2019, mostraram cálculos feitos pela Reuters nesta quinta-feira com base em dados de óbitos da Central de Informações do Registro Civil.

De acordo com os dados, em abril deste ano os cartórios registraram 1.719 mortes por SRAG, contra apenas 114 no mesmo mês de 2019. No mesmo período, foram registradas 5.474 óbitos cuja causa declarada foi a Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.

Os dados deste mês ainda são preliminares, pois os cartórios têm um prazo de cerca de 15 dias para colocar os atestados de óbito no sistema -- o que costuma ser feito em tempo menor nos grandes centros. Ainda assim, a significativa elevação no número de mortes por SRAG no mês, somada à falta de testes de detecção de Covid-19 no Brasil, indicam uma subnotificação da doença.

Em São Paulo, Estado que registrou mais casos e mortes por Covid-19, houve um salto de cerca de 9 vezes no número de óbitos por SRAG em abril deste ano contra o mesmo mês do ano anterior. Segundo Estado mais afetado pela pandemia no país, o Rio de Janeiro teve por volta de 30 vezes mais mortes por SRAG neste mês do que em abril de 2019.

Nos outros três Estados brasileiros mais atingidos pela Covid-19 o cenário é o mesmo: Ceará, com 65 vezes mais mortes por SRAG na mesma comparação, Pernambuco, com por volta de 135 vezes e Amazonas com em torno de 87 vezes mais.

Pernambuco teve mais mortes registradas em cartório por SRAG do que por Covid-19, segundo os números da Central de Informações do Registro Civil: 542 contra 252.

Já o Estado do Amazonas, que tem sofrido com uma das situações mais dramáticas geradas pela pandemia no país, com a capital Manaus tendo de enterrar cadáveres em valas comuns, o número de mortes naturais --que excluem as violentas como causadas por assassinatos e acidentes de trânsito, por exemplo-- registradas em cartório foram de 801 em abril do ano passado para 2.374 neste mês.

Outro dado que sinaliza uma subnotificação no país é o crescimento do número de internações hospitalares por SRAG. Entre a 14ª e a 17ª semanas epidemiológicas --período que vai de 29 de março a 25 de abril-- essas internações dispararam 577%.

A falta de testes tem sido apontada por especialistas como um dos principais problemas enfrentados pelo Brasil no enfrentamento à pandemia, uma vez que a Organização Mundial da Saúde (OMS) defende a testagem em massa como um das melhores ferramentas para conter a disseminação.

De acordo com os número do Ministério da Saúde, o Brasil tem 5.901 mortes por Covid-19 e um total de 85.380 casos.

Escrito por Reuters

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