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Onda de calor de julho na Europa seria 'extremamente improvável' sem mudança climática, dizem cientistas

Onda de calor de julho na Europa seria 'extremamente improvável' sem mudança climática, dizem cientistas

Reuters

02/08/2019

Placeholder - loading - Pessoas se refrescam em fontes em frente à Torre Eiffel, em Paris 25/07/2019 REUTERS/Pascal Rossignol
Pessoas se refrescam em fontes em frente à Torre Eiffel, em Paris 25/07/2019 REUTERS/Pascal Rossignol

Por Megan Rowling

BARCELONA (Thomson Reuters Foundation) - O aquecimento global elevou entre 1,5 e 3 graus Celsius a onda de calor recorde de julho na Europa, disseram cientistas nesta sexta-feira, acrescentando que a intensidade em alguns países teria sido 'extremamente improvável' sem a mudança climática.

As ondas de calor ocorridas na França e na Holanda no mês passado teriam tido uma chance de acontecer só uma vez em mil anos nos tempos pré-industriais, disse um estudo do grupo de cientistas World Weather Attribution.

Nestes dois países, a onda de calor de julho se tornou 100 vezes mais provável devido à mudança climática, afirmaram os cientistas.

Na Alemanha ela foi cerca de 50 vezes mais provável, e no Reino Unido, onde só durou entre um e dois dias, ao menos duas vezes mais provável.

A análise, baseada em modelos e dados coletados, foi realizada por pesquisadores do Instituto da Mudança Ambiental de Oxford (ECI) e pelos serviços meteorológicos holandês, britânico e francês.

Na quinta-feira, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) disse que julho de 2019 no mínimo igualou, se não ultrapassou, o mês mais quente já registrado globalmente – julho de 2016 – após o junho mais quente da história.

O planeta também ruma para seus cinco anos sucessivos mais quentes da história, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, ainda na quinta-feira.

'Só neste ano, vimos recordes de temperatura quebrados de Nova Déli a Anchorage, de Paris a Santiago, de Adelaide ao Círculo Polar Ártico', disse ele aos jornalistas em Nova York.

'Se não agirmos contra a mudança climática agora, estes eventos climáticos extremos serão só a ponta do iceberg'.

Guterres convocou uma cúpula climática para o final de setembro em Nova York na qual quer que os governos apresentem medidas mais fortes para combater o aquecimento global, como preservar florestas e proteger os pobres dos eventos climáticos extremos e da elevação dos mares.

Em 2015, governos adotaram o Acordo de Paris para manter o aquecimento global 'bem abaixo' dos 2ºC acima dos tempos pré-industriais, e idealmente em 1,5ºC.

O mundo já aqueceu cerca de 1ºC, principalmente devido a atividades humanas que queimam combustíveis fósseis para gerar energia.

Reuters

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