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Oposição argentina se aproxima da Presidência com vitória arrasadora sobre Macri nas primárias

Placeholder - loading - Candidato de oposição Alberto Fernández comemora vitória em primárias da Argentina 11/08/2019 REUTERS/Agustin Marcarian
Candidato de oposição Alberto Fernández comemora vitória em primárias da Argentina 11/08/2019 REUTERS/Agustin Marcarian

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Por Nicolás Misculin e Eliana Raszewski

BUENOS AIRES (Reuters) - Os eleitores argentinos rejeitaram com ênfase as políticas econômicas austeras do presidente Mauricio Macri nas eleições primárias de domingo, colocando em grandes dificuldades suas chances de reeleição em outubro, mostraram resultados oficiais iniciais.

A coalizão que apoia o candidato de oposição Alberto Fernández --cuja companheira de chapa é a ex-presidente Cristina Kirchner-- liderava com 47,3% dos votos, uma vantagem de 15 pontos percentuais, com 88% das urnas apuradas.

Analistas preveem que pode ser 'jogo encerrado' para Macri após os resultados de domingo. Investidores veem Fernández como uma perspectiva mais arriscada do que o pró-mercado Macri devido às políticas intervencionistas prévias da oposição.

Existia expectativa de queda nos preços das ações e dos títulos da Argentina quando os mercados financeiros abrissem nesta segunda-feira, porque a dianteira de Fernández ultrapassou muito a margem de 2% a 8% prevista em pesquisas de opinião recentes.

O peso recuou 5,1% e ficou em 48,50 por dólar norte-americano após a divulgação dos resultados oficiais iniciais na plataforma de corretagem digital da empresa Balanz, que opera a moeda na internet ininterruptamente.

Pode surgir um grau ainda maior de volatilidade nos mercados porque os resultados oficiais da noite de domingo indicam que Fernández tem apoio suficiente do eleitorado para vencer no primeiro turno de outubro, disseram analistas.

Qualquer candidato precisa de ao menos 45% dos votos, ou 40% e uma diferença de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado, para conquistar a Presidência no primeiro turno. Os eleitores voltarão às urnas em 24 de novembro se não surgir um vencedor claro.

'É um resultado chocante e praticamente irreversível, que deixa o governo em um vácuo de poder no meio de uma economia muito delicada', disse Shila Vilker, analista da consultoria argentina Trespuntozero.

'A maior responsabilidade das duas coalizões deveria ser priorizar a governança, não a campanha', disse Vilker, observando que os resultados podem abalar os mercados.

Os principais partidos políticos do país já escolheram seus candidatos presidenciais, o que tornou as primárias um primeiro termômetro do sentimento do eleitorado desde que as pesquisas mostraram uma diferença pequena entre Macri e Fernández.

Macri reconheceu aos seus apoiadores que foi uma 'eleição ruim' para sua coalizão mesmo antes dos resultados, e Fernández disse crer que seus compatriotas 'começam a escrever uma nova história'.

(Reportagem adicional de Cassandra Garrison e Gabriel Burin)

Escrito por Reuters

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