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Organização de saúde das Américas diz que cloroquina não deve ser usada contra Covid-19

Placeholder - loading - Profissionais de saúde se preparam para transportar paciente com Covid-19 em Santo André 12/05/2020 REUTERS/Rahel Patrasso
Profissionais de saúde se preparam para transportar paciente com Covid-19 em Santo André 12/05/2020 REUTERS/Rahel Patrasso

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Marcos Espinal, reiterou nesta terça-feira que não há evidência científica até o momento para recomendar o uso da cloroquina contra a Covid-19 e disse que a recomendação da agência é que não se utilize o remédio para tratar a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.

'Não temos ainda resultados de testes clínicos que possam sugerir a eficácia', disse ele em videoconferência do braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para comentar a pandemia nas Américas.

Questionado sobre a intenção do governo brasileiro de recomendar o uso da cloroquina para tratar pacientes desde o início dos sintomas --ampliando o protocolo atual que recomenda a utilização apenas em pacientes graves-- o diretor da Opas respondeu que 'o uso em cada país é decisão de cada país', mas ressaltou os efeitos colaterais, principalmente problemas cardíacos.

'Desde o início a Opas imediatamente produziu uma revisão bastante abrangente e sistemática das evidências e nós acabamos de atualizar o documento e ainda não há evidências para sugerir que essas duas drogas (cloroquina e hidroxicloroquina) são efetivas contra a Covid-19', afirmou Espinal.

'Nossa recomendação é clara de que elas não devem ser usadas ainda, e na verdade estudos estão sugerindo uma maior taxa de efeitos colaterais e problemas cardíacos em pessoas que utilizam', acrescentou.

Apesar da falta de comprovação, o presidente Jair Bolsonaro defende enfaticamente o uso da cloroquina. A mudança no protocolo de uso do remédio, para ser aplicado no início dos sintomas, foi a causa do pedido de demissão do ex-ministro da Saúde Nelson Teich, que se recusou a adotá-lo.

Sem o ministro no caminho, o seu interino no cargo, general Eduardo Pazuello, deve apresentar em breve a Bolsonaro o novo protocolo com o uso ampliado da cloroquina, associada a azitromicina. A intenção é já ter a autorização publicada quando o presidente apontar um novo ministro da Saúde.

Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos surpreendeu ao anunciar, de forma voluntária durante uma entrevista, que está tomando hidroxicloroquina como medida de prevenção contra o coronavírus. [nL1N2D028V]

(Reportagem de Pedro Fonseca e Anthony Boadle)

Escrito por Reuters

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