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Os riscos de ser fumante passivo

Em São Paulo, a Lei Antifumo completa 10 anos neste mês.

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Cigarro (Imagem: Pixels)

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A Lei Antifumo completa 10 anos em São Paulo neste mês. E a lei tem sido cumprida com sucesso: desde 2009, mais de 2 milhões de inspeções foram realizadas, 4 mil autuações pelas equipes da Vigilância Sanitária do Estado e quase 99,7% dos estabelecimentos cumpriram a lei.

Ela proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos e outros produtos que produzam fumaça dentro de locais total ou parcialmente fechados. Em caso de descumprimento da lei, o valor é de R$ 1.253,50, dobrando em caso de reincidência. Se isso se repetir pela terceira vez, o estabelecimento é interditado por 48 horas. Na quarta, o fechamento é por 30 dias.

Tabagismo passivo e seus riscos

A Lei Antifumo, além de desincentivar a tabagismo, também protege aqueles que acabam fumando de forma passiva. Isso acontece quando pessoas não fumantes convivem com fumantes em ambientes fechados, respirando substâncias tóxicas, seja do cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo, narguilé e outros.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a fumaça do cigarro é uma mistura de quase 5 mil substâncias tóxicas, em duas fases fundamentais: a particulada e a gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros, por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.

O alcatrão é composto por substâncias comprovadamente cancerígenas. O monóxido de carbono tem afinidade com a hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam o oxigênio. Por isso, essa ligação forma um composto que dificulta a oxigenação, podendo causar doenças como a aterosclerose.

Já a nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma droga psicoativa que causa dependência, agindo no cérebro de forma parecida com a cocaína. É por essa razão que o tabagismo é classificado como doença e está inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa.

E não para por aí: a nicotina também aumenta a liberação de catecolaminas, causando vasoconstricção, acelerando a frequência cardíaca, causando hipertensão arterial e provocando adesividade plaquetária. Além disso, a nicotina junto com o monóxido de carbono provoca diversas doenças cardiovasculares, estimula no aparelho gastrointestinal a produção de ácido clorídrico, o que pode causar úlcera gástrica e desencadeia a liberação de substâncias quimiotáxicas no pulmão, que estimulará um processo que irá destruir a elastina, provocando o enfisema pulmonar.

A fumaça que sai da ponta do cigarro e se difunde homogeneamente no ambiente contém cerca de três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala. A exposição involuntária à fumaça é capaz de causar desde reações alérgicas como rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma, em curto período, até infarto agudo do miocárdio, câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) em adultos expostos por longos períodos. Em crianças, aumenta o número de infecções respiratórias.

Por isso, a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco recomenda que os países elaborem, adotem e apliquem leis que garantam ambientes fechados 100% livres de fumo.

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