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Panorama incerto sobre coronavírus impõe forte correção a ações brasileiras

Placeholder - loading - 21/03/2019 REUTERS/Nacho Doce
21/03/2019 REUTERS/Nacho Doce

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava cerca de 2% nesta sexta-feira, ainda sob efeito da aversão a risco em razão da propagação do novo coronavírus e seu potencial impacto na economia global, chegando a perder momentaneamente os 100 mil pontos, enquanto caminha para a maior perda semanal desde a crise financeira global.

Às 13:00, o Ibovespa caía 1,96%, a 100.967,03 pontos. O volume financeiro somava 6,87 bilhões de reais. Na mínima, o Ibovespa chegou a 99.950,96 pontos, caindo abaixo dos 100 mil pontos pela primeira vez desde outubro de 2019.

Até o momento, o Ibovespa acumula uma queda de quase 12% na semana, mais curta em razão do Carnaval. Se confirmada, será a maior desvalorização semanal desde o último trimestre de 2008, ano marcado pela crise financeira global. No mês, a queda alcança cerca de 13%.

'O impacto econômico do surto de Covid-19 parece mais grave do que o inicialmente esperado', afirmaram Timothy Moe e Kinger Lau, do Goldman Sachs, em relatório a clientes.

O pânico relativo ao coronavírus já provocou um estrago de 5 trilhões de dólares nos mercados globais.

O chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta sexta-feira que o risco de disseminação e impacto do coronavírus agora é muito alto em um 'nível global'.

A proximidade do fim de semana reforçava posições mais defensivas, com muitos agentes financeiros ainda destacando o cenário nebuloso sobre o tamanho ou a duração do surto.

'É difícil vislumbrar o que poderia fornecer certeza suficiente para impedir o medo de vencer antes do fim de semana', destacou Jasper Lawler, chefe de pesquisa no London Capital Group, chamando a atenção para dados de atividade de serviços e setor manufatureiro na China no sábado.

No Brasil, onde até o momento apenas um caso foi confirmado, o Ministério da Economia deve revisar a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 devido aos efeitos do surto de coronavírus no mundo e no Brasil, de acordo com o jornal Estado de S.Paulo nesta sexta-feira.

O secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que o efeito do coronavírus sobre a economia brasileira é mais direto e liquidamente negativo do que escalada do dólar.

DESTAQUES

- VIA VAREJO ON perdia 6,4% e MAGAZINE LUIZA ON perdia 4,8%, pressionadas pelas perspectivas de menor crescimento no país, uma vez que o setor vinha encontrando apoio no cenário de retomada da atividade brasileira. Dados também mostraram aumento no desemprego do país em janeiro sobre dezembro. NATURA&CO ON caía 5,6%.

- PAGSEGURO recuava 8,15% no mercado norte-americano após reportar alta de 29,4% no lucro líquido do quarto trimestre ante mesmo período do ano anterior, para 391,9 milhões de reais. No setor de meio de pagamentos, CIELO ON subia 0,3% e STONE recuava 5,6%.

- GOL PN e AZUL PN cediam 5,1% e 4,4%, ainda afetadas pelas preocupações sobre a demanda de viagens em razão da disseminação global do coronavírus, com empresas aéreas europeias já alertando sobre lucros e demanda menores. O setor aéreo local ainda é enfraquecido pela alta do dólar ante o real, para níveis recordes. CVC BRASIL ON perdia 2,6%.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuavam 1,6% e 1,9%, respectivamente, acompanhando a queda dos preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE ON tinha queda de 2,05%, com os contratos futuros de minério de ferro na China ampliando as perdas nesta sexta-feira para marcar sua primeira queda mensal desde outubro, com o rápido crescimento do coronavírus alimentando os temores de uma recessão global.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha variação oscilação positiva de 0,03%, enquanto BRADESCO PN subia 0,4%. BANCO DO BRASIL ON perdia 0,6% e SANTANDER BRASIL UNIT cedia 0,55%. BTG PACTUAL UNIT desvalorizava-se 3,6%.

- FLEURY ON avançava 1,8%, também entre as poucas ações do Ibovespa em alta na sessão. Em nota a clientes, analistas do UBS destacaram que laboratórios podem se beneficiar de um aumento nos volumes de exames/diagnósticos e em alguns casos dos serviços de vacinação. 'O Fleury, em particular, poderia ver um aumento adicional nas vendas.'

Escrito por Reuters

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