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Paramédicos do Colorado são julgados por morte de Elijah McClain

Placeholder - loading - Vista de tribunal no Colorado onde autoridades envolvidas na morte de Elijah McClain estão sendo julgadas 31/10/2023 REUTERS/Kevin Mohatt
Vista de tribunal no Colorado onde autoridades envolvidas na morte de Elijah McClain estão sendo julgadas 31/10/2023 REUTERS/Kevin Mohatt

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Por Brad Brooks

LONGMONT, Colorado (Reuters) - Dois paramédicos do Colorado foram a julgamento nesta quarta-feira por seu suposto papel na morte em 2019 de Elijah McClain, um jovem negro que morreu após a polícia detê-lo violentamente e os médicos injetarem um poderoso sedativo no jovem.

O julgamento é o último de três em torno da morte de McClain, de 23 anos. O primeiro terminou com um policial considerado culpado de homicídio por negligência criminal e outro absolvido. O segundo resultou na absolvição de um terceiro policial.

Durante os julgamentos anteriores, advogados de todos os policiais culparam os médicos.

Os paramédicos Jeremy Cooper, de 49 anos, e Peter Cichuniec, de 51 anos, foram indiciados por homicídio culposo, agressão e outras acusações. Ambos declararam-se inocentes.

O incidente ocorreu no subúrbio de Aurora, em Denver, onde policiais detiveram McClain. Os promotores alegam que Cooper e Cichuniec decidiram, dois minutos após chegarem no local, que McClain estava em estado de 'delírio excitado', um termo questionado por especialistas médicos.

Os promotores alegam que os paramédicos injetaram nele 500 mg do sedativo cetamina após estimar incorretamente seu peso em 91 kg. McClain pesava cerca de 65 kg.

A promotora Shannon Stevenson, procuradora-geral do Estado, disse ao júri durante sua declaração de abertura que Cooper e Cichuniec violaram todas as etapas de protocolos de treinamento durante o incidente e falharam ao examinar McClain antes de injetar nele a dose máxima permitida de cetamina.

'A cada passo eles agem com total desrespeito por Elijah McClain como seu paciente, como pessoa', afirmou Stevenson.

Stevenson disse que os paramédicos não conversaram com McClain nem tentaram entender sua condição médica. Eles só mediram seu pulso após injetarem cetamina e ele teve uma parada cardíaca.

'Os réus foram chamados ao local para ajudar Elijah McClain, para tratá-lo como seu paciente', disse Stevenson. 'Em vez disso, eles o mataram.'

A polícia confrontou McClain, que não era suspeito de nenhum crime, na noite de 24 de agosto de 2019, após ligação de um terceiro para o telefone de emergência relatando que o homem estava vestido com um casaco de inverno e máscara de esqui em uma noite quente e agia de forma suspeita enquanto voltava de uma loja de conveniência para casa.

A polícia colocou as mãos em McClain segundos após detê-lo e o estrangulou na altura da carótida pelo menos duas vezes. Ele vomitou na máscara de esqui e disse repetidamente aos policiais que não conseguia respirar.

Inicialmente, promotores locais recusaram-se a apresentar acusações. Isso mudou após o assassinato de George Floyd, em maio de 2020, um homem negro que morreu nas mãos da polícia de Minneapolis.

Na esteira de protestos globais motivados pela morte de Floyd, o governador do Colorado, Jared Polis, pediu em junho de 2020 ao gabinete do procurador-geral do Estado que investigasse o caso de McClain. Um grande júri estadual indiciou os policiais e paramédicos em 2021.

(Reportagem de Brad Brooks em Longmont, Colorado)

Escrito por Reuters

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