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Partido Social-Democrata busca coalizão para suceder Merkel após vitória na Alemanha

Placeholder - loading - Líder social-democrata alemão, Olaf Scholz, na sede do partido em Berlim após eleição geral na Alemanha 27/09/2021 REUTERS/Hannibal Hanschke
Líder social-democrata alemão, Olaf Scholz, na sede do partido em Berlim após eleição geral na Alemanha 27/09/2021 REUTERS/Hannibal Hanschke

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Por Emma Thomasson e Paul Carrel

BERLIM (Reuters) - O Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) disse nesta segunda-feira que iniciará o processo de tentar formar uma aliança tríplice e liderar um governo pela primeira vez desde 2005 depois de vencerem a eleição nacional por uma margem pequena no domingo.

O candidato a chanceler da sigla, Olaf Scholz, disse que almeja montar uma coalizão com os Verdes e o Partido Liberal Democrático (FDP), dizendo que os alemães escolheram colocar os conservadores de Angela Merkel na oposição depois de 16 anos no poder.

'O que vocês veem aqui é um SPD muito feliz', disse Scholz, de 63 anos, a apoiadores entusiasmados na sede do partido em Berlim segurando rosas vermelhas e brancas.

'Os eleitores falaram muito claramente... eles fortaleceram três partidos: os Social-Democratas, os Verdes e o FDP, e portanto isto é uma autoridade clara que os cidadãos deste país deram: estes três deveriam formar o próximo governo.'

O SPD obteve 25,7% dos votos, mais do que os 24,1% do bloco conservador de Merkel formado pela União Democrata-Cristã (CDU) e União Social-Cristã (CSU), de acordo com resultados provisórios. Os Verdes receberam 14,8% dos votos e o FDP ficou com 11,5%.

A recuperação do SPD é um ensaio da volta de partidos de centro-esquerda em partes da Europa na esteira da eleição do democrata Joe Biden como presidente dos Estados Unidos em 2020. A sigla de centro-esquerda de oposição da Noruega também venceu uma eleição no começo deste mês.

Scholz, que foi ministro das Finanças da 'grande coalizão' de Merkel, disse no domingo que espera acertar uma nova coalizão antes do Natal --mas seu rival democrata cristão Armin Laschet, de 60 anos, disse que ainda pode tentar formar um governo, apesar de ter dados aos conservadores o pior resultado eleitoral de sua história.

Merkel, que não buscou um quinto mandato como chanceler, continuará no cargo interinamente durante as negociações de uma coalizão que determinará o caminho futuro da maior economia da Europa.

O índice da bolsa de valores alemã subia nesta segunda-feira, já que os investidores ficaram satisfeitos de ver que é provável que o FDP pró-empresariado comporá o novo governo, enquanto a legenda de extrema-esquerda Linke não obteve votos suficientes para ser cogitada como parceira da coalizão, e tampouco a Alternativa para a Alemanha (AfD) de extrema-direita.

'Da perspectiva do mercado, deveria ser uma boa notícia que uma coalizão de esquerda seja matematicamente impossível', opinou Jens-Oliver Niklasch, economista da LBBW.

Escrito por Reuters

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