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Pazuello critica modelo anterior de dados da Covid-19 e diz que nova forma mostra realidade

Placeholder - loading - Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello 09/06/2020 REUTERS/Adriano Machado
Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello 09/06/2020 REUTERS/Adriano Machado

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Por Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, defendeu nesta terça-feira uma nova plataforma em desenvolvimento pela pasta para divulgação de dados da Covid-19 e negou que o governo tenha tentado omitir dados ao mudar o formato de divulgação de ocorrências e de mortes provocadas pelo novo coronavírus no país.

'Eu considero que, em momento algum, a gente tenha feito qualquer omissão de dados', disse Pazuello em audiência em comissão da Câmara dos Deputados. 'Se, por acaso, ficou isso como omissão de dado, entendam que a gente estava trabalhando com novos dados', acrescentou.

Pazuello questionou a eficácia da forma de dados apresentadas anteriormente. Para ele, era preciso que o dado fosse completo e transparente, o que, em sua avaliação, não ocorria anteriormente.

'A intenção é 100% transparência, 100% de dados para todo mundo e mais nada', reforçou, ao rebater alegações de omissão deliberada nos dados. 'Estávamos fazendo mudanças no processo. O modelo anterior nunca me agradou, porque os dados somados puros não eram dados que achávamos suficientes para os gestores'.

Pazuello foi chamado à Câmara para prestar esclarecimento depois que o Ministério da Saúde deixou de publicar, na sexta-feira, os números totais de casos e mortes da Covid-19 no país e retirou do ar informações sobre a disseminação da epidemia.

Apesar do discurso de Pazuello de negativa de omissão, o Ministério da Saúde esvaziou inicialmente toda a base antiga de dados sobre o novo coronavírus e atrasou a divulgação dos números parciais de 19h para as 22h.

O presidente Jair Bolsonaro chegou a ironizar e defender na semana passada a divulgação dos dados mais tarde: “Acabou matéria no Jornal Nacional”, afirmou, numa referência às reportagens do telejornal de grande audiência da TV Globo.

Depois de sofrer críticas de especialistas e de autoridades, o governo recuou e anunciou na segunda-feira que iria voltar divulgar os dados mais cedo.

Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou também na segunda que o ministério voltasse a divulgar diariamente todos os dados epidemiológicos relativos à pandemia, inclusive no endereço eletrônico da pasta, com os números acumulados de ocorrências da doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

Pazuello afirmou na Câmara que o ministério pode até mesmo retornar ao modelo anterior se necessário, mas disse que 'não dá para fazer uma análise simples do país com uma curva única' e destacou que é preciso ter análise de capitais, regiões metropolitanas, do interior em cada Estado.

'Se eu fosse um gestor de Estado, eu estaria muito focado na curva da minha área', disse ele, ao citar que em capitais do Norte e do Nordeste 'a curva já subiu e desceu'.

Mais cedo, ao participar de reunião ministerial, Pazuello também defendeu outra mudança planejada pelo ministério: registrar os óbitos por Covid-19 pela data da morte, não mais pelo dia de registros. A medida contraria o que é feito em todos os principais países do mundo, mas o ministro disse que será fundamental para se ter noção da 'verdadeira curva'.

TESTES

O ministro interino também admitiu na Câmara que o governo não vai conseguir cumprir a meta de processar mais de 40 milhões de testes de coronavírus até o final do ano. Ele disse que se está adquirindo mais testes, embora não tenha revelado a quantidade.

'Só não acho que a gente tenha capacidade logística de processar 40 milhões de testes nos próximos 6 meses. Temos que aumentar a capacidade, mas não serão 40 milhões', reconheceu.

A meta anterior do Ministério era de realizar 46 milhões de exames, sendo 24 milhões de testes moleculares e outros 22 milhões de testes rápidos, até o final do ano.

No entanto, até o dia 4 de junho, o número de testes moleculares para Covid-19 realizados nos laboratórios oficiais era de 752.448, bem abaixo da meta.

Escrito por Reuters

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