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Podcast Lado Pessoal: Hugo Ladeira - Presidente da Owens-Illinois

Com Millena Machado

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Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1

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Apresentado pela Millena Machado, Lado Pessoal vai te levar até o universo particular dos CEOs. Com um formato descontraído, você vai conhecer aspectos da vida pessoal, decisões impactantes, mudanças de localidade, e, ainda, qual música inspirou os momentos importantes na vida de cada um dos CEOs.

Transcrito:

Legendas:

MM: = Millena Machado (Apresentadora do podcast, Lado Pessoal).

HL = Hugo Ladeira (Entrevistado)

Está no ar... Lado Pessoal, com Millena Machado, o Podcast de entrevistas da Rádio Antena 1! Vinheta da Antena 1.

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Música de introdução deste Podcast: The Final Countdown – Banda: Europe

[0:01:07] – MM: Olá!!!!! Está no ar, Lado Pessoal, o podcast Rádio Antena 1, que bate um papo sincero e descontraído com os executivos que comandam as mais importantes empresas do Brasil! Eu sou Millena Machado, e a partir de agora nós vamos juntos conhecer o Lado Pessoal do presidente da Owens-Illinois pra América Latina, Hugo Ladeira, mais conhecido, entre amigos, como “Roqueiro”... Vou querer saber tudo desse apelido! Hugo, seja muito bem-vindo!

[0:01:35] – HL: Ah, obrigado, Millena... Obrigado pelo convite, estou muito contente de estar aqui com você.

[0:01:41] – MM: Ah, que bom! Olha, pela música de abertura, você escolheu aí a música The Final Countdown, da Banda Europe, que é uma banda de rock, sueca né. Acredito que isso já dá um indício aí do seu apelido, roqueiro! Você gosta de rock, então?

[0:01:55] – HL: Ah sim... desde pequeno, desde muito garoto, todo mundo sempre me conhece como o cara que está sempre com um disco embaixo do braço, estava sempre andando com discos, fazendo amizade por causa de música, e eu sempre um grande fã de rock, rock pesado né, de... E essa música aí é uma música que eu adoro, é uma banda que eu adoro, todas as suecas, de uma maneira geral, são muito boas assim. Eu estive um ano num festival de rock na Suécia, o rock focado em heavy metal, Sweden Rock Festival, e o Europe é uma das bandas que eu mais curto, e essa música é icônica né, anos 80, é uma música que todo mundo... É, você cresceu ouvindo essa música, pelo menos, esse hit assim, esse teclado é muito conhecido.

[0:02:42] – MM: Rs... Verdade, verdade... Adoro essa música também. Você sabe que a Banda vai fazer um show no Brasil o ano que vem né, você já está preparado? Rsrs

[0:02:49] – HL: Ah, eu já vi o Europe várias vezes, todas vezes que eles vieram pra cá e já vi fora, assim, adoro eles, uma banda bem legal assim... Essa música eu acho muito boa a letra, assim, tirando a parte literal que é essa coisa que está saindo, que a Terra está se destruindo, tá... a gente está saindo, eu acho bem legal a letra porque ela fala muito de mudança né, de renovação, de a gente ir pra uma outra etapa, a música fala bem isso, até... eu acho que a música fala: “eu não sei se algum dia a gente vai conseguir voltar pra Terra, talvez a gente sinta falta dela, né, mas a gente tem que sair daqui”, e eu acho que tem muito a ver com a vida, que é virar a página, uma outra etapa assim; então eu acho que é uma letra bem legal, apesar de mostrar um momento de insegurança, assim, a letra é bem isso né, aquela insegurança de deixar a nossa Terra, o nosso planeta, né, mas a gente ir pra uma... pra um outro momento, uma nova etapa da vida; então dá pra fazer uma analogia bem legal assim pra nossa vida.

[0:02:56] – MM: Eu gostei da letra, selecionei alguns trechos aqui pra gente comentar, e esse era um deles, até fiquei pensando assim: será que alguma vez, em algum momento do dia a dia, o Hugo tem ou já teve vontade, assim, de fugir desse planeta? Rsrsrsrs... O que te deixa indignado que você fala: “—meu Deus!... Só mudando de planeta!” ... Rsrsrs

[0:04:05] – HL: Olha, atualmente tá fácil pensar isso né, somente o mundo do jeito que está né, nesse momento aí, esse ano ainda, a gente está num momento de muita indignação assim, numa crise complexa que... essa crise sanitária, toda... esse mundo que a gente nem esperava ter mais uma pandemia, parece uma coisa assim de história, uma coisa que longe, assim, às vezes lá na África, uma coisinha ou outra, mas não estava no global que virasse uma pandemia, e aí eu acho que a indignação vem por tudo que se apresenta, a forma como isso foi tratado e outras coisas também né, que a gente vê um momento, né, político no Brasil, ou seja, as nossas instituições democráticas, a democracia que a gente lutou tanto sendo atacada, e a gente vê um monte de fake news, um monte de ignorância, então isso dá muita indignação também né, que às vezes dá vontade de largar a Terra e ir pra Venus como a música fala...rsrsrs.

[0:05:14] – MM: Pois é! Olha, uma coisa que me chamou a atenção na sua resposta é que você fala assim: “— a gente lutou tanto pela democracia”... A sua origem é angolana né? Você nasceu em outro país e veio pra cá muito pequenininho...

[0:05:28] – HL: Sim, sim, é verdade!

[0:05:29] – MM: Com 3 anos de idade. E o teu discurso é todo bem de brasileiro né...

[0:05:34] – HL: Ah, sim, sim...

[0:05:34] – MM: “lutamos tanto pela democracia”. Você se sente mais brasileiro do que angolano?

[0:05:38] – HL: Não, sou 100% brasileiro né, o Brasil foi ... assim, a gente... minha família foi muito bem recebida né, nós somos refugiados de guerra, mas a gente... sempre foi muito... assim...a gente não tem... a gente não pode falar mal do Brasil fora do Brasil; mas eu sou 100% brasileiro, qualquer...rsrsrs... jogo de futebol Brasil x Angola, Português, tal, que era... a minha nacionalidade, na verdade, é portuguesa porque, na época que eu vim de Angola, ainda Angola era uma colônia portuguesa e a gente veio durante a guerra, quando começou a guerra civil e a guerra civil ficou mais intensa né, foi uma guerra muito violenta, muito sanguinária e a gente acabou escolhendo o Brasil até porque Portugal né, o Brasil estava vindo os anos 70, crescendo, aí na minha família, meu pai viu o potencial que seria o Brasil, e foi verdade né; na verdade a gente não se arrepende nenhum pouco de ter vindo pra cá. Então, estou sempre buscando formas de me desafiar, assim. Acho que eu.... Eu sempre soube da minha condição privilegiada né, de morar numa região, que é Campinas, uma região com muitas oportunidades de trabalho, de empresas fantásticas, né, de ser homem né, de ser... hétero, de ser... também é branco... Ou seja, eu já saí na frente de muita gente, então, eu queria sempre buscar o melhor pra ter esse desafio, sabendo que eu já tinha algumas vantagens e.... que boa parte da população, infelizmente, não tem, e eu teria que, no mínimo, buscar o melhor. Eu sempre busquei isso, né, eu acho que com esforço, aí os frutos surgem... a partir do momento que você planta, que você vai atrás, se esforça, aí você entra numa espiral positiva que te leva, aí, realmente, a você até... ter objetivos e fazer, quando você está no começo ali da sua jornada, você nem imagina que possa chegar né, mas a partir do momento que você vai colocando um pé.... um passo depois do outro, você realmente vai vendo que... Quem impõe os limites pra nós somos nós mesmos; na verdade o limite está dentro de nós, né. Então, a partir do momento que a gente enxergue... que eu me desafio, que eu me coloco a fazer algo pra mim, realmente está no limite que eu acredito, eu posso ir galgando coisas maiores e aí as oportunidades aparecem; um pouco por aí.

[0:08:14] – MM: No comecinho do nosso papo você destacou um momento lá da música sobre sentir falta do que deixa pra trás né, quando o personagem da música muda de planeta.

[0:08:22] – HL: Sim.

[0:08:24] – MM: Nesse caso, pelo que você está me contando, eu sinto que você está tendo a felicidade de fazer uma trajetória ascendente, que o seu melhor momento, seu maior desafio é sempre o atual. É por aí, você está nesse caminho?

[0:08:41] – HL: Ah, Millena, você pegou super bem. É... Sem dúvida sim, eu comparo a minha vida né, hoje eu estou com quase 50 anos, eu olhar o que era o Hugo aos 40, aos 30, aos 20, eu sempre falo pros meus filhos: “— olha, meus 20 foram muito melhor do que os meus 10”, porque às vezes eles vem reclamando, e eu falo: “— olha, a vida tende a ser melhor né, então os meus 30 foram melhor do que os meus 20, meus 40 melhores do que os meus 30, e eu tô vendo os meus 50 muito melhor do que os meus 40 né”, até porque a maturidade faz você enxergar aquilo que é importante, aquilo que realmente agrega pra você, aquilo que te dá prazer. Então, a gente acaba sendo mais seletivo e consegue, né, ter uma vida até mais prazerosa, porque a gente foca naquilo que, realmente, dá prazer. Do ponto de vista profissional, eu também encaro que meu trabalho atual é o mais interessante que eu já tive né, tenho uma equipe fantástica, uma equipe de.... que realmente, assim, torna o meu trabalho muito mais fácil, a gente está vivendo dentro da Owens um momento muito bom onde a...Ontem, por exemplo, nós tivemos um Investor Day, que é o anúncio de um investimento pra construir três novas fábricas no Brasil né, então, é algo fantástico, assim, poder viver esse momento de expansão, de investimento, e isso é fruto que passa uma equipe, numa empresa bem estruturada, bem legal; e o desafio é, realmente, de poder olhar o negócio de uma maneira geral; é olhar o todo e poder construir algo pro futuro né, e tentar, daqui pra frente esse legado que eu possa deixar pra companhia, pras pessoas e... pra minha vida.

[0:10:26] – MM: Vocês vão construir 3 fábricas aqui, no Brasil?

[0:10:31] – HL: Sim...

[0:10:31] – MM: Ah, que legal!

[0:10:31] – HL: É... a gente acabou de anunciar, nós devemos construir aí pra... O Brasil, hoje está com uma pauta de embalagens de vidro né, que são os nossos produtos, de garrafas, e o crescimento do mercado, teve até durante a pandemia, na pandemia o nosso mercado, felizmente, né, apesar da dificuldade com bares e restaurantes, o mercado de bebida, ele cresceu muito né, o mercado de cerveja cresceu, o mercado de vinhos né, teve um boom, porque as pessoas estão consumindo melhor, em casa, e quando as pessoas estão com um produto com mais valor agregado, geralmente esbarra nos vidros né; então, isso trouxe um boom pra nós de investimentos e, felizmente, hoje, a gente não consegue nem atender a demanda que todo esse mercado tem, e a boa notícia é que chegou essa semana aí foi a aprovação de investimentos, então estamos bem contentes aqui na empresa...

[0:11:24] – MM: Que maravilha!

[0:11:25] – HL: E eu estou muito satisfeito, que né, dadas as circunstâncias do Brasil, é uma notícia fantástica, são mais empresas...

[0:11:32] – MM: Quantas pessoas vocês vão contratar?

[0:11:36] – HL: Olha, isso deve gerar, pelo menos, uns 500 empregos...

[0:11:39] – MM: Ai, que legal!

[0:11:39] – HL: Então, já são.... É, muito bacana! Hoje nós temos aí, quase, 6000 pessoas trabalhando nas nossas unidades né, então... mas um fôlego aí pra gente poder ajudar um pouco o nosso país a alavancar, e essa oportunidade não falta.

[0:11:54] – MM: O Hugo, como é que é você como líder? Porque a Owens é uma empresa, né, americana, multinacional, com atuação global, vocês são líderes aí no segmento de embalagens de vidro, como é que você faz pra colocar todo mundo é... no mesmo ritmo, na mesma direção que você? Ou vou pegar mais um trechinho da música que abriu aqui pra gente, o título né, The Final Countdown, você é do tipo que gera expectativa: “— gente, vamos lá, ó, é a última vez que eu chamo vocês, hein, contagem regressiva, vai começar, atenção” ...Rsrs... Como é que é a sua liderança?

[0:12:30] – HL: Rsrsrsrs... Não, bacana! Não, num líder eu acho assim, acho que tem que ter feedback, que você escute e.... se eu vejo que dá certo.... é realmente ter pessoas que você confia, pessoas que, muitas vezes, são melhores do que você, é [inaudível] existem as pessoas em cada áreas, assim, que são melhores do que eu nas suas áreas, e... e, a partir do momento que a gente dá uma clareza pra onde a gente precisa ir, quais são objetivos, dá um empowerment, dá a liberdade para que as pessoas possam trabalhar e, eu fico responsável para que o ambiente e os recursos estejam disponíveis para que as pessoas possam dar o melhor de si. Então, eu sempre me coloco como facilitador, alguém que busque os recursos, que luta pelos recursos, mas que dá a liberdade para que as pessoas inovem, para que as pessoas tomem decisões e suporte às pessoas nessas decisões, tomem riscos e... enfim, ela sabendo que o você fez, deu alinhamento, deu motivação, o resultado não tem a necessidade de eu ser aquele chefe que fica ali cobrando né, a.... a hora de entregar né, o time down, ou seja...rsrs... está acabando o tempo...; então, são poucas as vezes que eu preciso fazer um gerenciamento mais próximo. As pessoas, realmente, elas têm uma noção muito clara de cargo, o que precisa ser feito; então a equipe, realmente, ela acaba sendo gerida de uma forma muito é... com empower. E eu me considero assim, eu acho que é, realmente, dar liberdade, dar o suporte, estar junto, dar direção, mas, permitir que as pessoas, realmente, trabalhem num clima de cooperação, eu acho que essa palavra hoje, a gente tem que cooperar, ninguém mais consegue trabalhar: “ — ah, a minha área é muito boa; a outra área não”; todo mundo trabalha em conjunto, então, assim todo mundo tira o crachá da função, quando a gente fala, porque a gente quer o bem total da empresa; então, isso tem funcionado super bem.

[0:14:44] – MM: Olha! Essa dica é muito importante pra quem nos escuta e quer entender ou fazer alguma coisa diferente aí na sua área, você descreveu aí o que é a interdependência né, é... cada um tem seu trabalho...

[0:14:58] – HL: Sem dúvida!

[0:14:58] – MM: Um trabalho diferente, mas, é... na verdade está todo mundo no mesmo trabalho né, pelo mesmo objetivo...

[0:15:06] – HL: Ah, sem dúvida!

[0:15:06] – MM: Então, um fez menos, você completa...rs... O outro deixou de fazer, você faz em dobro hoje, né? Está com dúvida? Senta junto né, é essa coisa aí do bem maior; muito legal! Eu fiquei sabendo que o RH criou uma atividade pra você, e agora eu estou entendendo exatamente porquê; você é fácil de conversa, acessível né, gosta de se fazer entendido, então tem um raciocínio bem claro né, palavras assim também mais acessíveis, pra você traçar um papo reto com o pessoal da produção, é isso? E regado a muito café, porque você é fã de café... rsrsrs...

[0:15:46] – HL: Ah, é isso aí! Eu sou um fãzaço de café, se é uma bebida que eu adoro é o café. E... Não, o pessoal assim, na seção de pessoas o pessoal de pessoas [incompreensível] entenderem assim, eu sempre puxo as pessoas pra conversar, e é um cafezinho, né, então a gente estava pensando numa forma de se aproximar mais das fábricas né, até porque as fábricas estão espalhadas né, existem fábricas no Recife, Vitória de Santo Antão, no Rio de Janeiro, aqui em São Paulo, então como é que eu poderia tomar esse troço junto às pessoas? Até foi bolado antes da pandemia, porque a ideia era estar perto das pessoas mesmo, e bater um papo sem uma agenda definida, assim, sem apresentação, mas que a gente pudesse estabelecer essa conexão né, que a gente pudesse as pessoas verem: “— olha, o Hugo é um colega né, ele pode ser o presidente, mas ele não deixa de ser um colega que tem as mesmas inquietudes, tem as mesmas dúvidas, né, então vamos trocar”. E aí o café é uma forma fácil de a gente relaxar o ambiente né, de a gente ter uma... uma... clima bom, e aí o pessoal bolou, chama: “Papo Expresso com o Hugo”, né...

[0:16:58] – MM: Adorei!

[0:16:58] – HL: Expresso pelo café... [risos].... E aí uma vez por mês eu sento aí com um grupo não muito grande, né, a ideia era pra ter essa proximidade, é um grupo de 10 a 15 pessoas em cada fábrica, pra gente poder conversar. E é fantástico, assim, a gente tem ali... sempre eu tento... são duas horas e um pouquinho, mas o tempo nunca é suficiente, porque depois que a conversa engrena né, e... faz por temas não só internos nossos da Owen, mas também a gente fala de tudo, de política, de economia, as coisas relacionadas à comunidade em volta da fábrica né, então são assuntos [inaudível] à carreira né, dicas dos dois lados, o pessoal me dá muita informação, muita dica né, então, e.... principalmente estabelecer esse contato, porque hoje o mundo é muito conectado, hoje qualquer funcionário... eu brinco assim... dá um clic né, no Tim pra falar comigo, dá ali um cliquezinho de e-mail pra mandar uma dica, uma informação pra trocar, pra dar uma opinião, então é muito espaço pra essa conexão. Agora, as pessoas precisam se conhecer pra não ter essa barreira né, que eu lembro que, no passado né, a minha geração está rompendo esta barreira que, talvez, as gerações dos meus chefes tinham, essa distância, esse distanciamento que a liderança tinha das pessoas, eu acho que a minha geração está rompendo isso e... penso que está muito evidente ainda. Na Owens a gente tem um público né, muito diverso de idade, de gerações. Como é uma empresa industrial, uma empresa que fabrica um produto que é assim muito tradicional, que é o vidro, diferente das empresas de tecnologia, a gente tem pessoas de... que tem 30 anos de companhia com várias pessoas com poucos anos de companhia; então são experiências muito diferentes. O importante é a gente dividir, aproveitar essas experiências, essas trocas; então, quanto mais conexão a gente tem, mais conectividade, é um ganho pra todo mundo. Então, a gente tem promovido muitas desse tipo de iniciativa pra colocar as pessoas conversando e trocar.

[0:19:16] – Que legal... Que bom saber! Duas horas e meia, então, do seu mês, né, da sua jornada de trabalho mensal, você dedica ao papo com as fábricas. Você aí que nos escuta, achando que 10 minutos são suficientes, meia hora tá mais do que bom, olha só, hein! O presidente de uma empresa está dizendo que dedica duas horas e meia; quer dizer, duas horas e meia no ao vivo, se preparou antes, depois vai amarrar tudo aquilo né; é muita dedicação né, é realmente acompanhar o negócio de perto! Essa é uma outra dica, aqui, importante!

[0:19:49] – HL: É. E outra coisa, Millena, além dessa iniciativa, eu acho que é assim, aquilo que eu comentei de você dar diretriz, dá o caminho de aonde quer chegar, então assim, uma boa parte, e até mais do que esse momento, assim, eu dedico conversando com as pessoas, pra isso tem vários fóruns; por exemplo, hoje à tarde a gente tem uma reunião com a liderança. Então, uma vez por mês, uma tarde, 4 horas, a gente revisa todos os números, todas as metas, com toda a liderança; tem um grande aí de base que é um grupo de 30, 40 pessoas, que a gente se alinha todo mês. E nós temos, também, uma outra reunião, que chama Face to Face que hoje é por time, tudo por time, e engloba boa parte dos funcionários, e também, a gente mostra resultados, como a companhia está indo; então é muito importante essa comunicação. Porque as pessoas tendo a direção aí cada um sabe o que tem que fazer e pra onde tem que remar.

[0:20:45] – MM: Ai que bom... que bom! Adoro quando os executivos vêm aqui e valorizam a comunicação; minha área né... Rsrsrsrs....

[0:20:58] – HL: Sua área, é isso aí...rsrsrs

[0:21:00] – MM: Adoro!

[0:21:02] – HL: Área de comunicação é muito importante. Tenho visto aqui pela nossa comunicação, a gente tem podcast interno...

[0:21:06] – MM: Olha!

[0:21:07] – HL: Temos vídeo interno.... É, tem muita coisa bacana, e tem aquelas comunicações tradicionais, mural, tudo, mas cada vez mais a gente vai por esse caminho. Então, a gente tem um podcast semanal, sai toda segunda e é muito bacana, porque o pessoal sempre dá uma mensagem, uma mensagem de segurança, uma mensagem qualquer, né; eu várias vezes gravo, a gente grava um audiozinho pequenininho ali, um minuto, e aí o Victor, que é o nosso responsável por... a comunicação interna, ele faz, monta um podcast bem bacana, com música, bem interativo e... e a aceitação foi fantástica, tanto que o podcast fez um sucesso, são as “Vidradas da Semana”.

[0:21:49] – MM: Rsrsrs.... Que legal! Gostei.... Parabéns! Gostei, gostei mesmo.

[0:21:55] – HL: Legal!

[0:21:55] – MM: O Hugo, eu costumo perguntar pros executivos que participam aqui do Lado Pessoal, qual o esporte que eles se dedicam, e eu já sei qual o esporte que você mais gosta, é o basquete.

[0:22:05] – HL: Ah, é verdade.

[0:22:05] – MM: Você é o meu primeiro convidado que fala de basquete.

[0:22:09 ] – HL: É mesmo? Olha só!

[0:22:10] – MM: É... Olha que interessante! Aí eu queria que você contasse um pouco da relação com o jogo, das regras, das lições que você aprendeu com o jogo, sei que você joga desde criança, quase profissional você foi né, como o seu dia a dia na vida pessoal ou na vida profissional; que tipo de relação dá pra fazer? Porque não deixou de ser uma dica bacana, também, pras pessoas que querem ascender na carreira executiva se dedicar a um esporte e fazer paralelos, né?

[0:22:34] – HL: É, sem dúvida! Eu acho que o esporte, assim, é... os valores que o esporte tem e coloca na vida, isto é muito evidente; até ser... está sempre fazendo essas analogias aí com o futebol pra explicar liderança, esse tipo de coisa. E comigo foi bem isso assim, acho que o esporte, ele, primeiro: ele trouxe uma disciplina né, acho que, talvez, pra você chegar em resultados você precisa ter disciplina, ahn... desprendimento porque não dá pra você chegar num bom nível sem você deixar de fazer outras coisas, então você tem que aprender a fazer isso bem e.... e usar técnicas, porque um esporte coletivo, num esporte em que você depende de muitos, você trabalha em equipe né, você, mesmo tendo uma estrela, duas, no time, se você não tem um bom conjunto, né, um time não ganha, né? Então, olhando pra NBA aí, que é a liga mais conhecida, sempre você sente nos campeões saírem com uma ou duas estrelas, mas se você não tem um time ah.... que tem um banco muito bom, que tem um técnico que tenha realmente a aceitação do time, controle do time, e um recurso e um ambiente né, a estrutura, o time não vira campeão. Então, assim, o basquete, ele é uma boa analogia pra o mundo corporativo né, e cada vez mais a gente precisa dessa interdependência que a gente conversou, mas, requer, obviamente, disciplina, muito trabalho, muita... ah..... abstinência em outros prazeres pra ter um resultado, assim. E o esporte é fantástico, né, o esporte sempre é bom.

[0:24:24] – MM: Sabe o que eu fiquei pensando? Eu não sei nada de basquete, tá, assim, assisto raramente, assim, mas eu me lembro de ter aprendido algumas regras na escola; então assim, tem que andar com a bola sempre quicando né? Não pode abraçar a bola e sair; não é verdade?

[0:24:37] – HL: Não, não pode pegar e sair correndo [risos].

[0:24:40] – MM: Então, isso é uma coisa que me chamou atenção, quer dizer, você no dia a dia, não você Hugo, mas as pessoas que nos escutam no dia a dia, é importante, talvez, se atentar pra isso, tem que ter... todo dia estar produzindo alguma coisa. Essa questão dos pontos com as cestas, também, dependendo da distância, de você até o último minuto poder pontuar e tal e não sei o quê, isso também é uma coisa que me chamou atenção né, cada momento do seu dia, pequenas vitórias, pequenos pontos, né?

[0:25:05] – HL: Perfeito! Olha, o basquete, geralmente, né, quando ele é feito em alto nível [incompreensível?], ele é decidido nos últimos minutos. Muita gente acha chato porque os primeiros tempos eles são meio monótonos né, o time vai lá, você passa na frente, tudo; mas é um jogo de muita estratégia. Então é um jogo de constância, que nem você falou, tem que ir mantendo, mantendo, mantendo o ritmo; mas, por quê? Porque em poucos minutos o jogo pode virar e um time que veio ganhando o jogo inteiro pode chegar no último minuto e ele perder, porque ele se acomodou, né, porque ele vinha bem, então a gente vê claramente que o time... aí a gente fala: “— o time cansou?” Mas, na verdade, mentalmente, o time se acomodou né, o time viu lá: “— ah, a vitória está quase na mão”, e aí o outro time tira forças e onde consegue passar. Então, assim, é um esporte muito intenso porque você tem que manter a estratégia muito.... forte e ter uma consistência, ao longo do tempo, muito forte, pra que você chegue, quando ali está faltando 10 segundos, o jogo vira em 2, 3 segundo; têm jogos históricos assim, que viraram em 3 segundos, né; a bola para, o time monta uma estratégia e com dois passos você consegue virar o jogo, faz uma cesta de 3 e vira o jogo e ganha campeonato né, e perde totalmente a lógica que estava. Então, é.... E assim, no mundo corporativo, na nossa vida, isso é verdade, tem que ter consistência, você tem que estar todo tempo tentando ser consistente pra dar um início forte e chegar no final e ganhar.

[0:26:50] – MM: Muito bem!

[0:26:51] – HL: Foi bacana essa analogia. Eu não tinha pensado nisso, mas faz todo sentido.

[0:26:52] – MM: Rsrsrsr... Eu adorei, dá até pra encaixar umas dinâmicas aí na empresa né? Bota todo mundo na quadra! Rsrsrs...

[0:27:01] – HL: Ah... tranquilamente! É isso aí.

[0:27:04] – MM: Hugo, eu sei que você é casado, tem 3 filhos, é... no começo do nosso papo você estava falando sobre as melhores idades né, a melhor idade é sempre a atual; quantos anos você gostaria de viver, hein? Fiquei curiosa...

[0:27:16] – HL: Olha, se deixar...rsrs... Como dizem aí os especialistas, acho que a gente vai viver, agora, pra sempre, estão achando uma fórmula aí, não acredito nisso, mas se pudesse eu viveria ainda muito tempo; eu gostaria ainda assim. Mas olhando algo mais real, assim, eu gostaria de, pelo menos, ter a chance de... ver meus netos, de ver as futuras gerações, assim. Eu acho que, hoje eu já vivo num mundo muito legal que é ver meus filhos crescendo, estão na faixa de 13 a 18 anos né, também cada fase é muito.... Eu vou falando pra eles que eu vou gostando deles cada vez mais né. A minha esposa, às vezes, fala: “— ah, eu queria que eles fossem nenéns, era tão bom, né”. Mas eu não, eu curto cada vez que eles, né, vão crescendo, já tem um na faculdade, tem um que tá virando adolescente agora, então é muito prazeroso. Eu gostaria sim, de ter a chance de vê-los né, pra poder curtir aí essa fase também deve ser uma delícia, de ficar avô, de...curtir isso; deve ser muito bom.

[0:28:19] – MM: Uns 100 anos, vai, pelo menos. Rsrsrs

[0:28:22] – HL: Cem anos, certo; 100 anos já estou dentro! Meu sogro costuma dizer que ele vai negociando, acho que é em cada 5 anos ele vai negociando com Deus mais 5 anos, né, ele já está nos oitenta e pouquinho ali, ele falou: “—ah, já estou negociando mais 5”.

[0:28:36] – MM: Gostei!

[0:28:36] – HL: Então, eu vou... Por enquanto eu estou negociando um período maior né!

[0:28:40] – MM: É... rs

[0:28:40] – HL: Com o tempo eu vou negociando mais.

[0:28:43] – MM: [Risos] Adorei! Hugo, olha só como o tempo voa! Está na hora de a gente encerrar. Que delícia de bate papo com você!

[0:28:49] – HL: Nossa, bom mesmo! É verdade, Millena, muito legal mesmo.

[0:28:53] – MM: Olha, você sabe que no finalzinho a gente dá oportunidade, também, de vocês recomendarem uma música, seja pra reflexão ou oferecerem uma música, ou simplesmente escolherem uma canção aí pra gente encerrar com uma mensagem bacana, e eu sei que você escolheu I Want To Know What Love Is, da banda Foreigner, é uma banda de rock americana, a gente começa com rock e encerra com rock...rsrs

[0:29:16] – HL: Sim... sim, é...

[0:29:25] – HL: Ah, que legal! Olha, essa música, pra mim, é a cara da Antena 1, né... Quando eu escuto a Antena 1, pra mim, Foreigner é a banda que vem na minha cabeça, assim, esse release, essa música mais leve, mais gostosa, prazerosa; eu amo Foreigner, acho uma banda super legal. E aí eu vou oferecer essa música pra minha esposa, que é uma pessoa fantástica, minha companheira de 35 anos né... rsrs...

[0:29:48] – MM: Ahh... Que legal!

[0:29:48] – HL: Vou oferecer pra ela... eu acho uma música....

[0:29:49] – MM: Como ela se chama?

[0:29:50] – HL: Adriana...

[0:29:51] – MM: Adriana...

[0:29:51] – HL: É minha companheira, minha colega de faculdade, tem uma produtora de vídeo, empresária aí de bastante sucesso, e eu vou oferecer pra ela porque ela é uma pessoa fantástica, assim, pra minha vida, e essa música também é a cara da gente, do nosso amor... rs

[0:30:12] – MM: Ah, que bom! Amor verdadeiro, amor intenso, amor que dura né, um amor que une as pessoas.

[0:30:20] – HL: É isso aí, é isso aí, Millena.

[0:30:20] – MM: Ah... Maravilha! Hugo, obrigada pela sua participação aqui com a gente, foi muito legal! rsrs

[0:30:27] – HL: Não... Obrigado você! Te agradeço o convite, novamente, e... Obrigado, viu, Millena, de repente têm outras oportunidades.

[0:30:27] – MM: Tomara! Tomara que sim. Olha, eu desejo pra você cada vez mais sucesso, mais realizações pessoais, que você também tenha cada vais mais reconhecimento profissional, buscar as oportunidades eu já vi que você sabe buscar, você está sempre atento, se preparando, já preparado, é corajoso né, vejo que você coloca a sua alma em tudo que você faz, vive com intensidade, e também você mostrou aqui pra gente, com disciplina, com estratégia; legal esse equilíbrio que você, naturalmente, encontrou aí pra sua vida, e você contou coisas interessantes pra gente, assim, do seu dia a dia como líder, e também como pessoa, que eu tenho certeza vão inspirar muita gente. Eu acho que... Olha, hoje já vai ser diferente pra quem está escutando a gente, porque pegou muitas dicas com você. Muito obrigada, viu!

[0:31:21] – HL: Ah, que bom! A ideia é essa, poder impactar positivamente as pessoas.

[0:31:27] – MM: Muito bem! Então, até breve, Hugo, um beijo!

[0:31:29] – HL: Até mais, Millena, um beijo! Tchau, tchau!

[0:31:31] – MM: Tchau, tchau! Gente, esse podcast com o lado pessoal de Hugo Ladeira, o presidente da Owens Illinois pra América Latina, vai ficar disponível... pra você escutar quantas vezes você quiser e compartilhar também, né? Então faça isso! Você já sabe, coisa boa a gente tem que compartilhar; ecute e compartilhe à vontade! A gente se encontra, então, no próximo podcast? Espero que sim, hein! Um beijo! Até lá!

Escrito por Millena Machado

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