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Podcast Lado Pessoal - José Luis Fernandes - CEO do Grupo HOPE

Com Millena Machado

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Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1

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Apresentado pela Millena Machado, Lado Pessoal vai te levar até o universo particular dos CEOs. Com um formato descontraído, você vai conhecer aspectos da vida pessoal, decisões impactantes, mudanças de localidade, e, ainda, qual música inspirou os momentos importantes na vida de cada um dos CEOs.

Transcrito:

PODCAST Nº 09 – julho/2022 (2ª temporada)

Legendas:

MM: = Millena Machado (Apresentadora do podcast, Lado Pessoal).

JL = José Luís Fernandes (Entrevistado)

Está no ar... Lado Pessoal, com Millena Machado, o Podcast de entrevistas da Rádio Antena 1! Vinheta da Antena 1.

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Música de introdução deste Podcast: Mrs. Robinson – Simon & Garfunkel

[0:00:21] - MM: Olá!!!.. Começa agora mais um Lado Pessoal, podcast Rádio Antena 1, que bate um papo sincero e também descontraído com os executivos mais admirados do Brasil. Eu sou Millena Machado e, hoje, revelando seu lado pessoal pra gente, o CEO do Grupo Hope, José Luís Fernandes... mais conhecido como Zé. Zé, seja muito bem-vindo!

[0:00:41] – JL: Muito Obrigado... Boa tarde! Agradeço muito o convite, estou muito honrado aqui por ter sido convidado por vocês pra participar desse momento, aqui.

[0:00:52] – MM: Ah... A gente também tá feliz com a sua participação, a gente quer que você seja bem espontâneo e revelador aí pra inspirar bastante a gente. E é por isso que eu já vou começar perguntando a você o que essa música que você escolheu pra abertura significa pra você, Mrs. Robinson do Simon & Garfunkel, que é uma dupla americana né?

[0:01:13] – JL: Isso!

[0:01:13] – MM: Essa música fala um pouco de religiosidade, né, ou totalmente, a gente podia dizer assim? Cada um interpreta de um jeito?

[0:01:17] – JL: Não; essa música, ela vem de um filme, é.... que é um.... acho que é A Primeira Noite de Um Homem, e eu me lembrei desse filme; e porque que me lembrei desse filme? Porque eu assisti esse filme na década de 70, por aí, portanto, devia ter lá na... estava na adolescência. E um dos assuntos que me mexeu muito nesses últimos meses, nesses meses da pandemia, foi a infância, a adolescência e a velhice, porque eu acredito que essas 3 faixas etárias, sofri muito com as imposições que nos foram criadas. Então eu quis lembrar alguma coisa, trazer alguma coisa

relativa a esse momento da adolescência, porque o meu sincero desejo é que a gente esteja virando esta página, portanto a gente volte a poder retornar ao cinema, poder a curtir música, se encontrar com os amigos e tudo mais. Tá! É por esta razão que eu escolhi essa música.

[0:02:25] – MM: Já que você se lembrou do filme, é... A Primeira Noite de Um Homem, né, hãmmm... vamos falar, então, rsrsrs... das noites e dos dias das mulheres né, que tem a ver com o seu negócio atual, a moda íntima feminina, você já está aí há 16 anos no Grupo Hope, ocupou diversas posições, entrou aí como consultor e, atualmente, é CEO. Hãm.... dezesseis anos é tempo suficiente pra entender a intimidade feminina ou você ainda teria dúvidas? Por exemplo, pra surpreender a sua esposa...rsrsrs... dar um presente mais íntimo? Rsrsrs...

[0:02:59] – JL: Olha, eu acho que nesse período muita coisa vem mudando nos nossos... nos costumes né, nos hábitos, e muita coisa vem entrando em termos de respeito à mulher, né, de respeito à personalidade, à identificação da mulher. E eu acho que isso é uma das coisas que a gente vem procurando fazer, muito. É... Do meu lado, é... com certeza eu aprendi muito, venho aprendendo muito. É extremamente desafiante viver num mundo como esse, bastante desafiante, tá, mas ao mesmo tempo muito prazeroso, muito gostoso. A gente vai descobrindo a cada dia as novidades, a gente vai descobrindo ... muitas pesquisas nos ajudam no sentido de identificar os comportamentos, os desejos, expectativas... ahnn... e por outro lado, também, a gente precisa ter muita sensibilidade, a gente precisa saber muito ouvir os outros, né. A equipe nossa é uma equipe majoritariamente mulheres e a gente precisa saber muito ouvi-las pra poder fazer uma condução de um negócio tão desafiante como esse e de uma forma bastante positiva e harmônica.

[0:04:23] – MM: A roupa íntima, né, diferente de outros produtos, é algo que você tem que aturar...rsrsrs... Ou ela te abraça...rsrsrs... Ou você vai ter que ficar com aquilo até o momento de você poder voltar pra casa e trocar ou simplesmente arrancar, diferente de um sapato, de um casaco, uma comida que não te cai bem; é curioso isso, né? A gente trabalhar, ter que lidar com um produto que realmente vai ficar ali né, na pessoa né, ao longo do dia. Tem alguma coisa, assim, é... vou fazer um paralelo... eu sou bem ousada e criativa, você já percebeu...rsrsrs... nas perguntas aqui...rsrs... Tem alguma coisa em você que você percebeu e fala: “— poxa, tem que

conviver com isso, viu, sou desse jeitinho, não tem como eu trocar essa qualidade ou esse defeito é meu... meu jeito de ser, minha liderança é assim, rapaz!”

[0:05:20] – JL: Não... a gente vai mudando... a gente vai mudando com o tempo; a gente vai mudando, inclusive, com as circunstâncias, a gente vai aprendendo. Eu acredito que num determinado momento da minha vida eu era muito mais um fazedor, uma pessoa que tinha como missão fazer as coisas do que propriamente levar as pessoas pra que elas executassem. A partir de um determinado momento eu comecei a aprender de que o segredo e a... a grande atribuição, minha, como executivo, era justamente fazer com que as pessoas fizessem, com que as pessoas abraçassem aquelas causas, aqueles objetivos e, portanto, o motor, digamos assim, atônito, atônito, você Não precisava ser já aquele que ia na frente com a bandeira na... na frente da batalha com a bandeira; não. Você tinha agora é de levar as pessoas a executarem esse papel, a puxarem, cada um por si, a partir de... digamos assim, de um pacto, de uma composição, de uma combinação a respeito de que o que se buscava, quais eram os objetivos que se tinha e o quê que tinha de ser feito naquele momento. Então, assim, é... eu diria que é uma questão de maturidade, é uma questão de mudança, e também até uma questão, é... de comportamento, o tempo vem te levando com que as pessoas se comportem de forma diferente, e você, então, tem que se ajustar a esses novos tempos; enfim, é uma combinação.

[0:07:05] – MM: Uma vez eu ouvi dizer que você gosta de se colocar no lugar do dono, que você como executivo, você está sempre muito atento a isso, a esse ponto de vista dos acionistas, dos donos né, e aí nessa hora você sai de si mesmo.

[0:07:26] – JL: É, é verdade. Aí é o seguinte, eu sempre me coloquei e isso assim foi, acho que desde a minha primeira atribuição como uma pessoa responsável por uma determinada atividade, eu sempre me posicionei como dono. Agora eu vou te dizer uma coisa, eu não necessariamente me posicionei como “o dono”, eu me posicionei como “um dono”, o que significa que não, necessariamente, eu concordava com as ideias do dono, mas eu pensava como tal, né, e isso foi muito bom porque fez com que ou permitiu com que eu tivesse... é... expressasse as minhas opiniões de forma muito sincera, de muito aberta para os então responsáveis ou então donos da empresa, e que, desse embate, né, de dois donos, duas visões de dono, a gente chegasse num pacto de executar uma determinada tarefa. E sempre foi assim, eu sempre me olhei como se eu fosse o dono daquilo, ou ser responsável por aquele

negócio, a partir daí tentava entender os desafios que se impunham e tudo mais e, obviamente, tentava entender o outro lado pra gente chegar a um denominador comum pra poder executar, com sucesso, as operações ou os desafios que nos eram dados.

[0:08:56] – MM: Conta pra gente, mais ou menos, como é o teu dia a dia, a tua rotina. Então, assim, de manhã você costuma fazer o quê? Ao longo do dia, no trabalho, como é que você dá essas escapadas, você tem intervalos na sua reunião, à noite, no fim de semana, como é que é?

[0:09:10] – JL: É, a minha rotina é bem pesada, eu sou muito... eu tenho necessidade de algumas coisas pra funcionar bem.

[0:09:19] – MM: Ahn?

[0:09:19] – JL: Uma delas é tomar um bom café da manhã.

[0:09:23] – MM: Ai que delícia!

[0:09:23] – JL: Rs... Se eu não tomar um bom café da manhã eu não funciono bem. A outra coisa...

[0:09:25] – MM: Aí, como é que é teu café? Conta pra gente, porque a gente gosta de imaginar, pegar as dicas: é fruta, com proteína, você faz ovos pra você, por exemplo, como é que é, conta?

[0:09:35] – JL: Não, proteínas não entra no cardápio da manhã, mas entra frutas, entra iogurte, não abro mão, é... café e uma leitura de dois jornais, eu preciso ler dois jornais de manhã.

[0:09:53] – MM: Hãmmm! Você ainda lê impressos ou você lê no Ipad, no computador, como que é?

{0:09:59] – JL: Não; a pandemia me ensinou a ler pelo Ipad.

[0:10:03] – MM: [Risos] A pandemia te forçou a digitalizar... rs

[0:10:08] – JL: Isso aí, é isso aí. Eu aprendi, agora não desgrudo do Ipad. Achei... Aprendi que foi uma ótima solução, adoro e...e... então é minha leitura os dois jornais de manhã se dá pelo Ipad.

[0:10:23] – MM: Observei que você não falou em pãozinho, não come nem torrada?

[0:10:28] – JL: Ah, é raro; um dia sim, dia não, eu... Dia sim, dia não.

[0:10:31] – MM: Olá, tá vendo gente! Essas coisas são importantes pra inspirar as pessoas; porque às vezes as pessoas comem pesado, por exemplo, e não entendem porque não aguentam o dia todo; então, teu dia com esse café mais leve, mas reforçado né, em quantidade, pelo que eu estou entendendo, a leitura... Que horas, mais ou menos, você acorda e vai tomar esse café?

[0:10:48] – JL: É, acordo entre 15 pras 7h, esse é o horário que eu levanto.

[0:10:53] – MM: Tá bom, ótimo! Aí depois...

[0:10:55] – JL: Aí.... Aí começo o meu dia, começo o dia às 8h30m, por aí começa rotina, tá, dia de trabalho depois da leitura dos jornais e tudo mais, aí começo o meu dia, do qual eu tenho, assim, um grupo de... um conjunto de informações que eu procuro receber logo de manhã sobre o desempenho dos negócios, que eu gosto de ler, isso pra mim é algo mais, alguns indicadores, algumas... relatórios de desempenho, e aí começo as seções de reuniões e tudo mais; e acabo, eu procuro acabar meu dia, pelo menos 3 vezes por semana, fazendo exercício, tá.

[0:11:38] – MM: Ahhh....

[0:11:38] – JL: Isso é uma coisa, pra mim, também, muito importante, preciso fazer exercício, pelo menos 3 vezes por semana.

[0:11:43] – MM: Que exercício que você gosta de fazer?

[0:11:44] – JL: Correr.

[0:11:46] – MM: Olha!

[0:11:48] – JL: Correr e caminhar, são as duas coisas, é.

[0:11:50] MM: Ah, que legal, que legal! Aí no fim de semana é o horário que você dedica mais à família, porque você é casado né?

[0:11:57} – JL: Final de semana me dedico.... é, 100% à família... e aos amigos, e agora rezar pra um tempo muito especial para os meus netos...

[0:12:11] – MM: Ah, que legal!

[0:12:11] – JL: A minha neta, especificamente, que está com 3 anos, o outro ainda está muito pequenininho, então ainda não tem muito... não está ainda muito na minha agenda, só mais olhar, agora, a minha netinha está na agenda que pelo menos uma manhã eu quero passar com ela o tempo todo.

[0:12:25] – MM: Ahh... que bom!

[0:12:28] – JL: E também são nesses finais de dia e nesses finais de semana que eu gosto muito de encontrar com os amigos, é.... conversar com eles, trocar ideias, visitá-los e tudo mais; isso mesmo.

[0:12:44] – MM: E a árvore, já plantou? Rs

[0:12:47- JL: Árvore já plantei, árvore já plantei.

[0:12:49] – MM: Ah, então está 100% realizado!

[0:12:52] – JL: Já, já tenho várias árvores plantadas. A gente tinha um bosque numa... numa indústria que eu trabalhei, a gente transformou um grande espaço num bosque, e a gente costuma a levar todos os convidados nossos a plantarem uma árvore nesse bosque. E eu brincava que quando os negócios não iam bem com aquele convidado, e falava; “— tira a árvore dele”. [Risos]. Eu vou dizer muita gente de fora ficava super encantado com a ideia de plantar árvore, depois eles mandavam mensagem perguntando: “— como tá a árvore, etc., etc.,” e aí eu brincava com o pessoal: “—negócio não tá indo bem? Tira a árvore dele”.

[0:13:37] – MM: [Risos] Ou liga pra ele e fala: “—que tem que vir aqui, aguar, a tratar da terra”, né? Tem que manter, se ele quer uma árvore frondosa... rsrsrs

[0:13:46] – JL: Isto mesmo, tem de cultivar. Mas, tirando.... você perguntou do... você falou do livro, sim, é... não é um livro, é um... “memórias”, e na verdade eu tinha ganho um... um caderno da minha neta que era: “Avô, me conta a sua história”.

[0:14:04] – MM: Adorei a ideia!

[0:14:04] – JL: E a partir daí, isso me serviu de inspiração, e eu resolvi escrever mesmo, aí eu comecei contando, assim, a minha história de.... enfim; quando eu me lembro que eu era criança, das histórias dos meus avós, dos meus tios, dos meus pais, enfim, e aí da minha escola, e conto do meu irmão, enfim; aí fui contando toda a minha história até o momento que eu me caso, aí eu parei.

[0:14:28] – MM: Rsrsrs.... Agora, dessas suas lembranças, qual que mais marca, assim, você, que você percebe que...: “— olha, essa experiência me formou como pessoa; ah, dessa vivência que eu tive, poxa, eu consigo aplicar ensinamentos ou sentimentos que eu percebi a racionalidade até hoje”; o quê que... Devem ter muitas

lembranças, mas tem alguma que você... que mais te marca, assim, que você acha que mais te... te construiu?

[0:14:56] – JL: É, todo mundo tem lembranças de infância né, tem lembranças de amigos, de parentes e tudo mais; a gente sempre tem uma marca, imagino eu né, que todos nós temos uma marca muito forte dada pelos nossos avós né; eu tenho uma lembrança muito especial... é... de tios meus...

[0:15:23] – MM: Hum...!

[0:15:23] – JL: É... de um tio chamado Reinaldo e da esposa dele, que era irmã da minha mãe, chamada Vininha, e esses dois, esse casal, eles eram fazendeiros no interior de São Paulo, eu morava em São Paulo, e eu adora ir pra essa fazenda. É... primeiro porque eles me recebiam como... como rei, né; segundo que a fazenda, pra mim, era um mundo maravilhoso, completamente diferente da vida na cidade, e a fazenda deles, claro, aos meus olhos, né, naquela época, era um lugar mágico. Eles tinham...eles geravam energia própria pra casa através de cata-vento — tô falando disso lá de trás —.

[0:16:17] – MM: Nossa!

[0:16:17] – JL: Eles tinham lá um sistema de captação d’água é... pra abastecer a casa, que era um sistema de aríete que tombava água pra dentro da casa e essa água era aquecida pelo fogão à gás... fogão à lenha, e você tomava um banho, então. Enfim, tinha muita coisa gostosa, muita coisa agradável, mas tinha... eu sentia que era um mundo maravilhoso né, que me despertava pra um monte de coisas, e eu sempre fui uma pessoa muita curiosa, então, isso me despertava muito, mas tinha, assim, um lado humano deles, porque eles, especialmente ele, meu tio Reinaldo, era uma pessoa que adorava, e eu era criança, chata, fazia pergunta de tudo, né, como nasce, como planta, porque isso, porque aquilo, e ele tinha uma paciência fantástica de esclarecer tudo, de me contar as histórias, a gente sentava e ficava olhando pro céu naquela escuridão vendo as estrelas, e ele ficava me contando tudo, me explicando tudo aquilo que eu perguntava e tudo mais, e com isso eu aprendi muita coisa, eu aprendi muito a observar simples sinais na vida, nas pessoas do campo, aprendi a olhar muito, que era uma coisa que esse meu tio tinha, que era o respeito ao meio ambiente, tô falando coisas lá de trás, essa palavra, talvez, nem fosse tão falada, mas eu me lembro que ele tinha um carinho muito grande pela terra e tudo

mais; enfim, foi um momento, assim, muito legal, muito gostoso, e curioso, meu tio faleceu a pouco tempo atrás, e até recentemente eu ia visitá-lo e ele me recebia com uma alegria enorme, tá, e ele adorava sentar comigo num cantinho e contar as histórias dele, o que ele estava fazendo, etc.; era muito gostoso, muito gostoso esse aprendizado que eu tive que surgiu na infância né, mas que, na verdade, vinha até a pouco tempo atrás; foi muito gostoso.

[0:18:20] – MM: Olha só! Quer dizer, e curiosamente, depois no futuro, você se envolveu em dois segmentos que, hoje, se posicionam muito em favor em busca da sustentabilidade do negócio né. Com relação à moda a gente vê as marcas de moda buscando materiais recicláveis, também criando soluções pra reutilização das peças; vocês têm um projeto super bacana, atualmente, que fala muito sobre isso, que é a doação de roupa íntima, chamada até “Doe Esperança”, a doação de roupa íntima e vocês higienizam e distribuem pra moradores de rua, ham... vocês também estão em busca de materiais renováveis pra construção das peças, e você também trabalhou como CEO na Caloi!

[0:19:16] – JL: Isso mesmo!

[0:19:16] – MM: Que é uma... Hoje, falar de mobilidade é... tá na moda também né? Rs... Então, poxa, seu passado construiu você nesse sentido. Quando você, por exemplo, era CEO da Caloi, você imaginava esse apelo todo que teria essa questão da mobilidade sustentável, da mobilidade limpa, o boom da bicicleta, a importância que a bicicleta ganharia?

[0:19:41] – JL: Naquela época a gente falava muito disso, a gente falava muito da questão da mobilidade, da possibilidade da.... da bicicleta como meio alternativo de transporte, já havia muitos movimentos no Brasil, muita gente se movimentando, muita gente bacana se movimentando em prol do uso da bicicleta como meio de transporte, mas obviamente ela não tinha a magnitude que ela tem hoje, tá! O Rio, por exemplo, naquela época, já estava bem na frente, com várias ciclofaixas e tudo mais. Um dos temas que a gente apoiou muito naquela época era o “Dia sem automóvel”, esse foi um movimento que a gente tentou apoiar bastante dentro do limite do que foi possível na empresa, porque a gente sentia que... enfim, um dia esse tema iria ficar... virar realidade né, ou cada vez mais virar uma realidade como tá virando, como tá ganhando expressão, felizmente. Com relação ao que você colocou com a nossa...

com a Hope né, o “Doe Esperança”, o que é o nosso objetivo? É criar nas nossas lojas, nas nossas lojas de monomarcas, as nossas franquias, a possibilidade que você doe peças que você já não use mais, que essas peças possam ser higienizadas, serão higienizadas por nós, obviamente, isso é uma responsabilidade nossa, e a gente pretende doá-las pras pessoas de rua, pras pessoas necessitadas. Uma informação que a gente tem é que roupas/peças íntimas, além de água, alimentos, enfim, peças íntimas é uma das questões que as pessoas sentem mais carência, mais necessidade; então, esse é o movimento que a gente vem fazendo.

[0:21:43] – MM: A gente pode levar já na loja?... Oi... desculpe te interromper; é que é uma iniciativa tão boa. A gente pode já levar nas lojas? Porque vocês têm uma presença no Brasil inteiro né, são mais de 200 pontos, envolvendo franquias, inclusive; é só a gente levar de qualquer marca vocês aceitam?

[0:21:46] – JL: Qualquer marca, não temos resistência à nenhuma marca, nós estamos em projeto piloto, nós estamos desenvolvendo isso em São Paulo, e agora nós vamos começar a expandir isso pra todo território nacional. O objetivo é isso, qualquer marca, não tem distinção nenhuma de marca, nós queremos, justamente, é criar uma segunda vida pra essas peças para as pessoas que têm necessidade de uso numa situação limite que isso importa.

[0:22:33] – MM: Nossa! Muito original e importante, relevante essa ideia... Parabéns!

[0:22:40] – JL: É, muito legal, muito legal! Acho que o nosso time constrói algumas soluções muito bacanas, muito interessantes, e acho que essa.... eu acho que o nome “Doe Esperança” também é muito bacana.

[0:22:52] – MM: Também...Também gostei, que tem a ver com a marca, com a tradução do nome da marca né, do inglês pro português.

[0:22:58] – JL: Isso mesmo!

[0:22:58] – MM: O Zé, olha como a hora voa! Tá na hora de a gente oferecer uma música, acredita, pra encerrar o nosso podcast? Mas antes, antes de eu contar pras pessoas que música é essa.... quem é que toca, canta essa música... Ah! Eu achei uma curiosidade sobre a Banda, sabia, que você escolheu pra encerrar a música... Olha só! A curiosidade é a seguinte: durante os 5 primeiros minutos da primeira apresentação dessa Banda, no programa Ed Sullivan, lá nos Estados Unidos, em

1964, não houve registro de assalto ou homicídio, todo mundo ligado na TV. Você era um Beatles maníaco ou ainda é considerado um Beatles maníaco? Rsrsrsrs

[0:23:37] – JL: Rs... Sou um Beatles maníaco. Mas, enfim, curto muito as músicas deles, curto muito o que eles fizeram.... por aquele momento histórico, acho que eles marcaram né, não só pela música, mas pela música, pela forma de se vestir, é.... enfim, comportamento deles marcou uma revolução nos usos no mundo né; então eu curto muito esse momento e, obviamente, eu fazia parte desse momento, estava lá vivendo esse momento; mas não sou, necessariamente, um Beatles maníaco.

[0:24:22] – MM: Rsrsrs... Escolheu por acaso, então, essa música pra terminar, muito pela letra, então, provavelmente, nem tanto pela Banda.

[0:24:27] – JL: Muito pela letra.

[0:24:28] – MM: Entendi.

[0:24:30] – JL: Muito pela letra; muito pela letra, isso mesmo!

[0:24:32] – MM: Vamos falar um pouquinho da letra, então, antes de eu contar pro pessoal o nome da música. Hãm... Bom, eu vi a letra, fiquei pensando.... Vou te fazer umas perguntas: você tem medo de envelhecer?

[0:24:46] – JL: Não!!! Não, não não, de jeito nenhum... De jeito nenhum! Eu estou dois anos à frente dessa música.... [risos].

[0:24:58] – MM: Mas já! Não parece, rapaz! Vou explicar pro pessoal que nos escuta, vocês estão ouvindo só o áudio, mas a gente faz, grava essa entrevista aqui com apoio de imagem, um olhando no outro, entrevistar e entrevistado; então você já tem 2 à frente dessa música, é?

[0:25:12] – JL: Isso mesmo!

[0:25:15] – MM: Não parece... Parabéns! rsrs

[0:25:15] – JL: Não, não tenho não, não tenho medo da idade não; obviamente só agradecer a Deus por ter saúde, porque... é ... capacidade de.... de me cuidar, de me tratar e tudo mais. É... E vejo com muita alegria; aliás, isso é um tema que eu penso muito; quando a gente fala de expectativa de vida né, e quando a gente retroage, a gente fala: — a expectativa de vida no Brasil era

quarenta e poucos anos Há 30 anos atrás ou alguma coisa assim, e hoje a expectativa de vida está na faixa de setenta, se não me engano, setenta e poucos anos, e as projeções é que a expectativa de vida está cada vez mais crescendo, natural né. Então assim, um dos temas que eu penso muito, é como as pessoas precisam se reinventar pra poderem viver com qualidade, não só qualidade financeira, qualidade de saúde, mas também qualidade no sentido de se sentirem úteis, de contribuírem com a sociedade, de atuarem na sociedade naquelas coisas que os atrai. Eu acho que...

[0:26:35] – MM: Você já pensa na sua segunda carreira?

[0:26:36] – JL: Rs... Tem, tenho sim, tenho vários projetos pra minha segunda carreira. Primeiro, tenho um projeto, é importante, não posso deixar de dizer, que é de pensar no encerramento dessa minha carreira, né, assim como a gente executa bem a carreira, a gente precisa pensar, também, no encerramento dessa carreira.

[0:27:00] – MM: Tá...

[0:27:00] – JL: Né? E o encerramento dessa carreira, pra mim, passa por um processo de aperfeiçoamento do sistema de governança do lugar onde você está e num processo de preparação de sucessores e líderes; sucessores pra executarem melhor as atividades do que eu executei até então.

[0:27:19] MM: Uhum...

[0:27:19] – JL: Tá? Isso pra mim é... é inegociável, são dois temas, assim, muito importantes. Depois, obviamente, tem a sua segunda vida: o que você vai fazer a partir dái? Né?

[0:27:34] – MM? Uhum.... Uhum....

[0:27:34] – JL: E aí eu tenho um projeto, que eu sei que é projeto, eu tenho já alguns empreendimentos pessoais, tô tocando...

[0:27:41] – MM: Ai, que bom!

[0:27:41] – JL: E eu quero acelerá-los, quero fazer com que eles fixem e corram, estão se desenvolvendo, graças a Deus, mas eu quero torná-los mais legais ainda, mais bacana ainda. É... tem um tema que eu gostaria muito de fazer, que era de contribuir com jovens empreendedores, ajudá-los de alguma forma...

[0:28:04] – MM: legal!

[0:28:04] – JL: É...No sucesso de seus negócios... E isso é uma coisa que eu tenho muita vontade de fazer. Acho que tenho uma bagagem interessante pra compartilhar com algumas outras empresas no sistema de governança, de companhia, de conselheiro de administração.

[0:28:18] – MM: Como conselheiro... É... Uhum, com certeza!

[0:28:21] – JL: Isso! Acho que tem muita coisa legal, eu acho que eu poderia contribuir; enfim, tem bastante coisa pra fazer.

[0:28:27] – MM: Rsrsrs... Está só começando, né, o 2º round...rsrs

[0:28:30] – JL: A agenda está cheia. É isso aí... A agenda está cheia.

[0:28:30] – MM: Quer dizer, ainda nem começou, nem começou, você está fechando ainda o primeiro... é.... Adorei!

[0:28:39] – JL: Isso mesmo! Isso é uma coisa importante, encerrar o primeiro da melhor forma possível.

[0:28:44] – MM: Muito bem! No seu tempo né, já vi que você, também, leva a vida assim, com essa... com essa naturalidade, o tempo ao tempo, não está se colocando uma data pra começar ou pra terminar, porque isso é um hábito também, tem pessoas que funcionam assim: “— ah, aqui eu vou ficar 5 anos”; “— isso aqui eu vou ficar fazendo 10 anos”; “— Ih, esse curo aqui é muito longo, quero uma coisa mais prática”; tem gente que toma decisões com relação ao tempo, e eu percebo que você toma as suas decisões com relação ao propósito, você busca muito mais o sentido naquilo, né, no legado ou alguma coisa assim, do que, de fato, em quanto tempo vai... vai levar, você vai ter que investir ou

quão duro vai ser esse trabalho que você vai... vai executar né, suas escolhas têm outras bases.

[0:29:30] – MM: Isso mesmo! Têm outras bases, mas tem uma.... um senso de responsabilidade muito grande; eu acho que a gente tem que aprender a construir negócios e a gente tem de a aprender a perpetuar esses negócios. Novamente, a gente falava de senso de dono, né, o dono também precisa saber criar o seu sucessor, ele pode até continuar a ser dono, mas ele precisa aprender a criar um executivo que dê perpetuidade ao seu negócio, né. Ou precisa preparar os seus sucessores, até familiares, para que deem continuidade ao seu negócio. Aqui o princípio é o mesmo, né, você tem uma série de pessoas que vivem no entorno desse negócio, então você precisa, também, saber sair de cena, mas garantir que aquele negócio se mantenha e que continue gerando oportunidade pra tantos empreendedores que acreditam naquele negócio, pra tantos profissionais que atuam entorno daquele negócio. Espero, sinceramente, com muito mais sucesso do que o que nós fizemos até hoje.

[0:30:41] – MM: Ah, vai dar tudo certo, eu tô sentindo! Vamos, então, por pra tocar a música que você escolheu? A música que você escolheu foi When I’m Sixty Four, dos Beatles!

[0:30:49] – JL Isso mesmo!

[0:30:51] – MM: Foi muito legal te receber aqui, viu, Zé! Obrigada pela participação. Desejo que todos os seus sonhos se realizem, que seus planos se concretizem do jeitinho que você está planejando, que você possa curtir sua família, seus amigos, com muita saúde e com esse sentimento de realização que você tem aí, de satisfação, que ele se perpetue, viu! Obrigada pela participação.

[0:31:11] – MM: Muito obrigado pelo convite, muito obrigado pelo momento, só recomendo que você altere o tempo, só pra gente poder ganhar um pouquinho mais de tempo porque a conversa foi muito gostosa!

[0:31:25] – MM: [Risos]... Gente, esse podcast vai ficar disponível pra você escutar quantas vezes você quiser, e compartilhar também né! Então, faça isso, você já sabe, coisa boa a gente tem que compartilhar; escute e compartilhe à vontade. A gente se encontra, então, no próximo podcast? Espero que sim, hein! Um beijo! Até lá!

Escrito por Millena Machado

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