Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Podcast Lado Pessoal - Philipp Shiemer - CEO global Mercedes Benz AMG

Com Millena Machado

Placeholder - loading - Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1
Podcast Lado Pessoal. Podcast semanal com Millena Machado. Crédito da imagem: Antena 1

Publicada em  

PODCAST Nº 18 (2a Temporada)

Apresentado pela Millena Machado, o podcast Lado Pessoal vai te levar até o universo particular dos CEOs. Com um formato descontraído, você vai conhecer aspectos da vida pessoal, decisões impactantes, mudanças de localidade, e, ainda, qual música inspirou os momentos importantes na vida de cada um dos CEOs.

Saiba mais sobre esse episodio: Millena Machado recebe Philipp Schiemer, da Mercedes-AMG

Legendas:

MM: = Millena Machado (Apresentadora do podcast, Lado Pessoal).

PS: = Philipp Shiemer (Entrevistado)

Está no ar... Lado Pessoal, com Millena Machado, o Podcast de entrevistas da Rádio Antena 1! Vinheta da Antena 1.

(Publicidade)

Música de introdução deste Podcast: Highway to Hell– Banda ACDC.

[0:01:25] - MM: Olá... Está no ar a segunda temporada do Podcast Lado Pessoal - Rádio Antena 1. Eu sou Millena Machado, e a partir de agora eu vou conversar... Vai ser um papo aberto, descontraído, sincero, sabe, com um dos executivos mais admirados do momento; ele é alemão de nascimento, mas tenho certeza que brasileiro de coração. Juntos, nós vamos agora descobrir o que pensa, como decide, o que inspira o CEO Global da Mercedes – AMG, Philipp Shiemer, mais conhecido como Shiemer. Seja muito bem-vindo, Shiemer!

[0:01:38] – PS: Muito obrigado! Bem-vindo a todos. É muito legal poder participar do seu...programa, e eu estou bastante curioso do que vai sair.

[0:01:46] – MM: Pois é, e a ideia aqui é você se abrir, hein, revelar o seu lado pessoal pra gente, contar, muito, o que é o seu dia a dia, o que te move, o que te inspira, a gente quer saber porque a gente acompanha a sua trajetória. E essa música que você escolheu pra abrir, aqui, o nosso papo, Highway do Hell do ACDC, é muito interessante, hein! Quer dizer que a vida é assim, é viver livremente, ir com tudo, é uma viagem só de ida? É assim que você faz no seu dia a dia?

[0:02:13] – PS: É... eu... como eu vivo não pode ser bem assim, mas eu acho que a... a minha vida de executivo, às vezes, é uma vida aonde você tem que passar por lados escuros ou lados difíceis, né, é uma estrada, não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona, e às vezes parece uma... uma Highway to Hell; às vezes parece, também, uma Highway maravilhosa né, mas então por isso eu acho que combina bem essa música.

[0:02:49] – MM: Ou seja, nem pneu furado te tira da estrada né? Porque você já, com muita experiência, usa um run flat, vai rodando, vai rodando? [risos]. Né?

[0:02:56] – MM: É um pouco assim. Eu acho que com o tempo, também, você ganha experiência e você sabe aonde você tem que mexer, mais é... eu acho que de uma certa maneira é olhar o mundo de uma maneira positiva e, para sempre, eu acredito que isso é uma característica, já, que eu tenho e me ajuda.

[0:03:24] – MM: Pois é! E você já morou em vários países né, na Alemanha, sua terra natal, no Brasil, na Áustria também, certo?

[0:03:30] – PS: Sim, sim, sim...

[0:03:32] – MM: E aí você, então, tem um espírito aventureiro, você tem uma curiosidade natural, uma empatia, também, gostar de conhecer novas culturas; da onde você tira, então, essa coragem, essa desenvoltura, essa liberdade, essa segurança pra estar em lugares diferentes, com pessoas diferentes, nada te mete medo não?

[0:03:51] – PS: Não, medo eu tenho como faz outras pessoas, mas eu acredito na minha vida que, quando você se aproxima das pessoas de uma maneira aberta dificilmente você... você está sendo recusado ou você não consegue se aproximar; isso, mesmo com a cultura asiática, japonesa, isso funciona, porque as pessoas, elas percebem quando você tem um interesse é... nas outras pessoas, na outra cultura. Uma vez que você mostra isso, isso tem me ajudado bastante. E, logicamente, nem tudo que eu gosto eu compartilho, mas eu sempre tento perceber a outra pessoa.

[0:04:41] – MM: Quando você esteve no Brasil pela primeira vez foi a trabalho?

[0:04:45] – MM: Foi a trabalho; sim, foi, de uma certa maneira por acaso, eu queria trabalhar, realmente, fora da Alemanha, e eu sabia falar espanhol, e aí no ofereceram um lugar, eu acho que foi na Argentina ou no Brasil, aí eu falei: “— puxa vida, Brasil, eu vou aprender mais uma língua, Brasil me parece mais... maior com mercado; então eu vou para o Brasil. Não foi simples a coisa do Brasil; na época isso era 1991, então [...?], então, cheguei um pouco... ah... cheguei realmente muito aberto aqui e fui muito bem recebido. Então, isso... e eu gostei, sabendo das dificuldades aqui que o Brasil tem, também, fiquei sabendo da.... vamos falar da...da diversidade, das dificuldades, das oportunidades também, e aí, por isso, eu... eu gostei sempre de trabalhar no Brasil.

[0:05:48] – Ah... que bom! Nossa, ficou claro pra mim como você é capaz de criar as suas próprias oportunidades né, porque te ofereceram uma escolha, Brasil ou Argentina, e você foi direto como você descreveu né, no maior, na língua que você não sabia falar...rs... no país que tinha mais diversidade, né?

[0:06:05] – PS: É.. é...

[0:06:06] – MM: Quer dizer, você está muito aberto pra isso, pra essa questão né, de realização, muito realizador você é.

[0:06:11] – PS: Sim.

[0:06:11] – MM: O que que te move a novos desafios, simplesmente o desconhecido ou tem alguma coisa a mais dentro de você que fala: “— hum... preciso fazer isso?”

[0:06:20] – PS: Não, eu sempre procurei possibilidades ou casos aonde eu poderia modificar ou fazer alguma coisa né; aonde eu poderia visar o cargo, de uma certa maneira, aonde eu poderia deixar a minha marca. Então, cargos aonde era pura administração de uma função, isso não é muito o meu estilo né. Meu estilo, realmente, é... é mais em... E por ter esse me cargo com tarefas difíceis, como [...?] como eu tive que fazer no Brasil, mas, estruturação é difícil é...é duro, muitas vezes, mas também oferece possibilidades de criar uma coisa nova e isso sempre me motivou bastante.

[0:07:10] – MM: Shiemer, você é o primeiro CEO Global que a gente recebe aqui no nosso podcast. Estou tão curiosa pra saber como é que é esse poder de mandar no mundo? Rsrsrsrs

[0:07:20] – PS: É. Mandar no mundo é sempre um pouco relativo, mas, logicamente, você, nas suas posições, você tem que pensar muito mais globalmente do que localmente, isso é uma mudança que eu comparo esse trabalho aqui no Brasil, algo que fosse realmente específico e há muito mais no mercado local. Numa função global você tem que olhar muito mais as relações internacionais ou as situações dos demais países, e você sempre tem que achar um meio, um compromisso para criar um produto ou uma campanha de marketing ou uma ação de venda; então, isso é um desafio maior, né, sem dúvida. Você tem que ser muito mais conectado né e tal, você tem que saber com quem falar, e isso é muito importante, pois não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, mas então você tem que ter contatos em todos os teus mercados, tem que estar e escutar essas pessoas né, se for necessário. Mas, é... como... mesmo a minha vida aqui tendo uma existência própria, tenho muita conexão com a matriz, como as [inaudível] têm automóveis; então, a gente tem os contatos, e eu tenho esses contatos, conheço as pessoas, então, por isso é possível de fazer.

[0:08:52] – MM: Agora, como é que fica a sua agenda, porque o mundo tem tantos fusos horários né? [risos]... Você dorme picadinho ou tem dia que você acorda mais cedo, outro dia que você dorme mais tarde, como é que faz pra falar com as regiões, então?

[0:09:06] – PS: Não, mas aí a gente acha um jeito, agora, você tem razão né, com a China, por exemplo, sempre foi um mercado grande pra nós, a gente só pode falar ou de manhã cedo ou à noite; mas isso funciona, e também as reuniões que nós temos normalmente, a gente tenta ... tem muita eficiência, a gente pode preparar muita coisa, então as reuniões são de meia hora, uma hora, então a gente consegue fazer isso. Logicamente, também, você tem que ter as pessoas nas regiões que você confia e que façam um trabalho, que se preparam, mas com esta estrutura você consegue administrar isso.

[0:09:51] – MM: Entendi. Atualmente você está baseado na Alemanha né? Você mora aí né?

[0:09:56] – PS: Sim, sim...

[0:09:57] – MM: É...

[0:09:58] – PS: Sim, eu moro na Alemanha, trabalho na Affalterbach, que é a sede da AMG, é uma cidadezinha perto de Stuttgart, e nós estamos aqui.

[0:10:08] – MM: É. E além do trabalho de CEO você também tem um trabalho de conselheiro, atualmente né, com a Gol Linhas Aéreas, certo?

[0:10:16] – PS: Isso! Sim, sim, sim...

[0:10:17] – MM: É, pois é! E teve um tempo que você se dedicou, também, pra Câmara de Comércio entre Brasil e Alemanha, também, né? Você faz mágica com teu dia! Rsrsrs...

[0:10:17] – PS: Não, eu era presidente da Câmara Brasil-Alemanha e, hoje, eu sou... eu também sou... faço parte do board da Mercedes time, Mercedes com time, então o time da Fórmula 1 da Mercedes, eu sou... eu faço parte do board dessa empresa, é uma empresa propriamente que foca nesse negócio, e eu faço parte do board também.

[0:10:53] – MM: Aliás, parabéns, né, à equipe Mercedes na Fórmula 1. Então, quer dizer, tua vida é mais complicada do que eu estava imaginando né, e tem dia não tem 24 horas, com certeza! Rsrsrsrsrs... Você...

[0:11:06] – PS: É, mas o... Mas aí eu acho sempre importante tentar procurar o equilíbrio né; isso é importante pra mim. Então, eu... eu sei os meus limites , eu sei até que horas eu sou produtivo, e eu também sei quando eu preciso fazer ou ligar o off, né.

[0:11:27] – MM: Sim, sim... Por o pé no freio e depois voltar a acelerar né?

[0:11:32] – PS: Isso, exatamente assim.

[0:11:32] – MM: Como é que é, então, o seu dia a dia? Além de trabalhar, que outras atividades você coloca pra gerar esse equilíbrio e espairecer você mentalmente? E... como que é o teu fim de semana, conta um pouquinho pra gente da sua agenda, como é que você se organiza?

[0:11:45] – PS: Não, eu tento de... Eu levanto relativamente cedo, entre 5h30m – 6h da manhã, aí eu, 3 vezes por semana eu tento fazer esporte, né, 45 minutos eu corro um pouco, faço um pouco de ginástica...

[0:12:08] - MM: á!

[0:12:08] – PS: Aí.. ahnnn... aí eu começo o trabalho que, normalmente, vai das 8h até...7h – 8h, normalmente, aí, o dia é bastante... vamos falar assim, bastante rsrsrs...

[0:12:24] _ MM: Puxado...

[0:12:24] – PS: Igual médico... bom; Igual médico né, a cada meia hora tem um assunto né, mas eu tento ser bastante eficiente nisso né, eu não gosto de [...] as estações, eu gosto de chegar rapidamente no ponto, fazer realmente eficiente e aí, aos fim de semana eu tento não trabalhar, tá; às vezes eu tenho que fazer uma viagem a trabalho, alguma coisa assim, mas eu tento, realmente, reservar os fins de semana para não trabalhar. E eu sou disponível, então, uma empresa fico sempre assim... pode acontecer alguma coisa, mas... Eu tenho que estar disponível mas eu tento não trabalhar. Então, esse.... é reservado para, então, família e amigos, fazer passeios se for possível. Há dois fins de semana passados eu fui esquiar...

[0:13:19] – MM: Olha.... Que delícia!

[0:13:22] – PS: Então, eu faço sempre assim, também tenho que dormir né? Mas eu fico, então, assim, sempre a me equilibrar, e tenho sempre as brechas onde eu posso me desligar do trabalho.

[0:13:35] – MM: Pois é, você falando me veio agora uma coisa na cabeça; os feriados geralmente são locais né, fim de semana é universal, sábado e domingo em todo lugar do mundo; agora, pelo jeito feriado você não deve conseguir emendar, então, feriado num lugar, no outro tá todo mundo a todo vapor né, o resto do mundo a todo vapor, de segunda à sexta é direto, então mesmo?

[0:13:56] – PS: É bastante direto, mas vamos falar a verdade, hoje, com estes aparelhos...

[0:14:01] – MM: Celular... Uhum...

[0:14:01] – PS: Você está ligado a qualquer lugar do mundo e se for necessário, também você faz uma vídeo conferência ou um telefonema na estação de esqui, em meia hora dá.

[0:14:15] – MM: Rsrsrs... Verdade. Têm muitas facilidades hoje, né? Olha só o que me veio à cabeça, se você pudesse criar um feriado, como se chamaria esse feriado? Eu até tenho um palpite... o que você acha, assim, se você pudesse decretar um feriado aí, seria dia do quê? [Risos].

[0:14:29] – PS: Agora você me pegou... Se você tem um palpite, você sabe mais do que eu...

[0:14:35] – MM: Eu tenho...rsrs... Posso dar o meu palpite, de qual seria o seu feriado?

[0:14:38] – PS: Pode, pode...

[0:14:38] – MM: Com esse pique que você demonstrou, essa energia, essa garra toda, o feriado que você criaria seria - o dia da melhoria contínua – “Hoje a gente vai trabalhar um pouquinho mais pessoal... A gente vai ser um pouquinho melhor” rsrsrs.

[0:14:51] – PS: Não!

[0:14:52] – MM: Não?

[0:14:52] – PS: No feriado a gente vai se divertir um pouco mais.

[0:14:54] – MM: Ahhhhh... Bacana...! Então errei! Bola fora... rsrsrs

[0:15:00] – PS: Exatamente!

[0:15:01] – MM: O dia do da diversão um pouco mais, do lazer. Muito bem!

[0:15:05] – PS: Exatamente!

[0:15:05] – MM: Bom, você gosta muito de carro, acredito eu, né?

[0:15:09] – PS: Sim.

[0:15:09] – MM: Porque a sua trajetória profissional tá toda embasada no segmento automotivo. Além de pilotar carro, já vou até chamar assim, já que você faz parte do aí do board da equipe de Fórmula 1, você pilota fogão, também, por exemplo? Rsrsrs

[0:15:26] – PS: Rs... Ah, isso... me pegou; eu não sou um Chef, eu não sou chefe de cozinha, mas eu gosto de cozinhar, eu gosto de comprar, eu gosto de ir no mercado, eu gosto dos cheiros, sabe, eu gosto da... [...?] então, dessa situações pequenas e experimentais, eu gosto e, de vez em quando eu também vou no fogão, tá, e experimento alguma coisa.

[0:15:50] – MM: Ahhh... E fazer alguma coisa, você se arrisca?

[0:15:54] – PS: Eu me arrisco né; logicamente eu ... como eu não cozinho todo dia, então eu não tenho... eu não... a minha habilidade em cortar a cebola, por exemplo, não é... não beira o perfeccionismo, mas eu consigo. Agora eu tenho algumas receitas que eu gosto de fazer, e às vezes também experimento alguma coisa, se eu leio alguma coisa, às vezes, aí eu vou anotando e aí vou tentando fazer em casa.

[0:16:21] – MM: Ai que bom...!

[0:16:22] – PS: É mais diversão, mais diversão.

[0:16:24] – MM: Sim, sim. Mas eu fiquei curiosa, jornalista você sabe como é que é. O quê então te abre a vontade ir pro fogão, seria cozinhar massa, risoto, fazer assados, churrasco... o que você gosta mais, assim, quando você se arrisca?

[0:16:36] – PS: Não, você já...., você já pegou é tudo, você já citou tudo...[risos]. Então, essas coisas é.... Eu gosto, sei lá, tem algumas, eu gosto bastante de fazer um cordeiro ao molho da casa, que aqui é como nós chamamos, que é uma receita que a minha mãe sempre cozinhou, então eu gosto de cozinhar; mas eu também gosto muito de cozinhar massa, o molho, eu gosto de fazer molho, eu gosto muito, bastante de experimentar condimentos ne, diferentes, pra saborear coisas diferentes, eu gosto de fazer; as minhas duas filhas são veganas, não são vegetarianas, veganas, então às vezes eu também tenho que fazer alguma coisa vegana, vegetariana, então são essas coisas.

[0:17:30] – MM: Ah é, você tem duas filhas; qual a idade delas?

[0:17:32] – PS: É 21 anos e 18.

[0:17:36] – MM: Nossa... São mulheres já!

[0:17:39] – PS: Mulheres, sim, sim...

[0:17:40] – MM: Que legal! Elas já escolheram o que querem fazer de profissão, tudo, já estão encaminhadas?

[0:17:46] – PS: Estão. Uma, a menor de 18 anos, está terminando a escola agora né e vai começar a faculdade depois, e a maior está estudando informática, então, ciência da computação, então elas já estão estudando.

[0:18:01] – MM: Que moderna, né, a profissão do futuro! Que legal!

[0:18:06] – PS: É legal... bastante puxado, é realmente. Eu, quando às vezes ela me mostra o que ela tem que estudar, eu já não consigo acompanhar nem a introdução, mas é, eu tenho que tirar o chapéu.

[0:18:22] – MM: É, a diferença geracional né, é muito curioso isso, essa nova geração já nasceu toda digitalizada no vocabulário, na maneira de ser, e isso é muito interessante. Ô Schiemer, o que aconteceu no melhor ou nos melhores dias da sua vida, nos dias que você estava, assim, muito feliz?

[0:18:44] – PS: Não, eu acho que o melhor dia da vida, sem dúvida, foi o nascimento das filhas, isso... eu acho que não tem sentimento melhor do que isso né, então, sem dúvida esses foram os melhores dias da vida, sem dúvida.

[0:19:02] – MM: Ah, imagino, imagino, eu imagino a emoção. Eu fiquei sabendo... você me contou que corre, mas eu fiquei sabendo que você gosta de jogar tênis também, sério?

[0:19:12] – PS: Sim, sim, é, eu gosto. Eu sou....eu sou aficionado, não sou tão bom como eu sou aficionado [risos].

[0:19:19] – MM: Ah, então, você... É... Porque geralmente os fãs de tênis gostam de viajar pelo mundo, acompanhando os torneios; se você é aficionado, então, já deve ter ido a vários torneios?

[0:19:31] – PS: Eu fui a vários torneios, já tenho alguns amigos, até brasileiros, que nós já fomos uma vez juntos no Aberto dos Estados Unidos, fomos lá no Campeonato no Rio né, no Rio Oppen, então eu gosto de... realmente de ver. Mas eu gosto mais de jogar.

[0:19:56] – MM: Rsrsrs... E fazendo uma analogia, as regras do tênis ou a estrutura desse esporte, o que mais te encanta, assim, que você curte, que você sem perceber ou você já percebeu, é como você também lida, traça a estratégia da sua vida?

[0:20:13] – PS: Não, eu acho que o tênis também é... logicamente você precisa ter esse talento, você precisa ter esse talento senão não consegue jogar. Agora você também precisa treinar, porque sem treino, no tênis, talento sim ou não, não é suficiente; você precisa ter uma cabeça bastante fria, e isso eu gosto no tênis porque se você não consegue desligar a sua cabeça, você não tem chance nenhuma. Se você está com a cabeça em outro lugar, você perde no tênis. E, no tênis, também é assim, você consegue compensar muita coisa com resiliência, se você.... você pode perder um ponto, mas isso não quer dizer que você perde o jogo. Então, você tem que acreditar, se você acredita, no tênis, muita coisa é possível. Então, a cabeça é muito importante, é muito importante no tênis.

[0:21:17] – MM: Nossa, gostei de tudo isso que você falou aí; acho importante até quem nos escuta, que está aí passando por momentos de reflexão profissional ou pessoal, tá um pouco perdido ou inseguro, com essa pandemia que se arrasta né, a questão da guerra também entre Rússia e Ucrânia, quantas incertezas né; de repente se a pessoa se apega a algum esporte e foca nisso, se compromete, tira lições do esporte e consegue transportar pra vida, pra lidar com uma outra estratégia.

[0:21:47] – PS: Sim. É, eu acho que o esporte ensina muita coisa. Antigamente eu jogava bastante, na Alemanha, Handebol né, e futebol também, e também é assim, no esporte você aprende que como time, nem sempre o melhor jogador ganha, quem ganha é o melhor time e ganha também o melhor colocado no campo, quem tem o melhor empoçamento, né?

[0:22:14] – MM: Uhum...

[0:22:14] – PS: Então, são coisas que você também percebe na vida, se você não consegue montar um time bom em volta de você, você não consegue nada como equipe.

[0:22:23] – MM: Verdade. E no caso do tênis que, às vezes é em dupla, mas muitas vezes individual, ficou claro aí pelo seu exemplo né, a pessoa está com a cabeça em outro lugar, ou seja, já perdeu o foco, já era, cuidado! Perde um ponto, perde um ponto, de repente perdeu a partida, né.

[0:22:37] – PS: É. E você pode ser muito melhor do que o outro, se você recua um pouco, você perde o foco, você perde.

[0:22:48] – MM: Ô Shiemer, nos seus maiores sonhos, o carro também aparece? Você vai de carro nos seus sonhos? Rsrs... u você... se usa o carro nos seus sonhos, se o carro faz parte dos seus sonhos, assim? Conta pra mim como é que ele é, ele é a combustão, ronca, aquele motorzão, ou ele já é elétrico? Rsrsrsrs...Qual é o seu maior sonho?

[0:23:07] – PS: Bom, eu sou da geração, aonde para nós, o carro sempre significava liberdade. Eu sei que, hoje, para muitas pessoas, principalmente para os jovens, isso mudou um pouco o significado, mas quando eu era jovem, a ambição de todo mundo era ter um carro, e a minha também, porque isso significava liberdade né; a gente, de repente podia viajar; na época a gente não voava tanto quanto hoje, pra voar era muito mais difícil. Então, a chance de você se movimentar, definitivamente, foi ter um carro, isso era a ambição. Então, e para mim, eu sempre gostei muito e continuo gostando de fazer uma viagem no carro, porque você vive muito, você consegue entender um lugar muito melhor; se você voa de avião de um lugar para o outro, hoje você passa na Alemanha e você pensa que passa em Portugal; em duas horas, por exemplo, 3 horas, você está lá, mas você não fez essa.... a sua cabeça não fez esta mudança, e se você vai de carro você passa por um lugar e você vai assimilando a mudança. Então, eu gosto do carro, pra mim tem muito a ver com conhecer o lugar, de passar por... e, realmente, observar coisas tão... eu gosto de... Para mim, se você me fala o sonho de viagem, para mim nunca seria um sossego, seria muito mais uma viagem de carro pela América do Sul, por exemplo, viajando de carro e conhecendo assim os lugares.

[0:24:48] – MM: Que legal... Que legal! Adorei saber. Até porque esse seu sonho de ter um carro você já realizou, e ultimamente realiza mais grandemente, você deve ter um carrão, que voa!....[Risos]. E bem luxuoso né?

[0:25:03] – PS: Sim, sim....

[0:25:03] – MM: Um Mercedes AMG, poxa! Esse, você sonhava em ter um desses um dia, lá atrás?

[0:25:09] – PS: Não, Se eu fosse falar a verdade, nunca, nunca que eu ia pensar; quando eu era jovem isso era... impensável, impensável. Mas é, a vantagem de trabalhar numa marca como a Mercedes, e mais ainda na AMG, realmente, você sempre trabalha com os melhores, e isso é fantástico, e isso motiva todos os dias, isso é realmente uma coisa muito bacana.

[0:25:36] – MM: Ai que delícia! Eu já tive essa experiência, já rodei num AMG... Fantástico...Fantástico! Adorei!

[0:25:40] – PS: Muito bom, muito bom!

[0:25:41] – MM: Olha, gostei dessa parte da nossa conversa que você valoriza tanto o esporte, assim. Tem algum esportista, alguma personalidade, assim, não precisa ser esportista, mas que você acompanhou a vida ou que você admira muito, de repente assim, poxa, se eu tivesse oportunidade de encontrar, você encontraria, falaria alguma coisa, tem alguém assim que te chama atenção, que te inspira?

[0:26:05] – PS: Ah, tem, tem, tem bastante pessoas, mas uma pessoa eu acho que é.... para mim, é um dos maiores esportistas de todos os tempos, é um boxeador, é o Muhammad Ali, esse é um... Eu era... era... tinha 7 – 8 anos quando o meu pai me acordava de manhã pra assistir as lutas de boxe dele, e.... as lutas que ele fez, a vida que ele levou, a pessoa que ele era, mesmo quando ficou doente no final, é um exemplo de pessoas, é uma pessoa que eu realmente gostaria de ter, pelo menos uma vez, ter apertado a mão, porque é uma grande pessoa.

[0:26:55] – MM: Pois é; ele faria 80 anos esse ano, né, se se mantivesse vivo.

[0:27:00] – Sim, sim...

Escrito por Millena Machado

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. podcast lado pessoal philipp …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.