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Polícia boliviana lança gás lacrimogêneo em mais um dia de protestos contra resultado eleitoral

Placeholder - loading - Apoiadores de presidente da Bolíva, Evo Morales, fogem de gás lacrimogêneo em La Paz 29/10/2019 REUTERS/Kai Pfaffenbach
Apoiadores de presidente da Bolíva, Evo Morales, fogem de gás lacrimogêneo em La Paz 29/10/2019 REUTERS/Kai Pfaffenbach

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Por Vivian Sequera e Daniel Ramos

LA PAZ (Reuters) - Os protestos contra os resultados da eleição presidencial da Bolívia voltaram a convulsionar La Paz nesta terça-feira, quando a polícia disparou gás lacrimogêneo e o governo convidou o principal candidato de oposição a participar de uma auditoria da apuração.

A suspensão temporária da publicação dos resultados de uma contagem eletrônica da votação presidencial de 20 de outubro provocou protestos e greves que fecharam estradas, escolas e empresas em todo o país por mais de uma semana.

O presidente Evo Morales, um político de esquerda que busca um quarto mandato consecutivo, acabou sendo declarado vencedor no primeiro turno, o que provocou acusações de fraude por parte do candidato da oposição Carlos Mesa e de seus apoiadores.

Em La Paz, manifestantes da oposição montaram barricadas com tábuas de madeira e chapas de metal, enquanto policiais de choque se alinharam em algumas ruas separando os apoiadores de Morales dos manifestantes de oposição ao presidente.

Gás lacrimogêneo foi usado em pelo menos dois locais para dispersar os manifestantes nesta terça-feira.

Morales, que está no cargo há quase 14 anos e é o líder a mais tempo no poder na América Latina, disse que a Organização dos Estados Americanos (OEA) auditará as eleições, e que aceitará disputar um segundo turno se forem encontradas irregularidades.

O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) e Morales negam qualquer fraude eleitoral.

'Nós, da maneira mais transparente e segura, confiantes na soberania do povo, convidamos uma auditoria internacional', disse o vice-presidente Álvaro García a repórteres nesta terça-feira.

'Convidamos a OEA e os países irmãos a esclarecerem qualquer dúvida sobre a campanha maliciosa do candidato derrotado, que se recusa a aceitar a decisão do povo boliviano', afirmou García.

'Queremos pedir a Carlos Mesa, o candidato derrotado, para participar da auditoria', acrescentou. 'Aguardamos uma resposta rápida e afirmativa'.

Com 84% dos votos apurados em 20 de outubro, os resultados mostravam que Morales provavelmente iria para um segundo turno com Mesa. No entanto, quando a apuração foi retomado após quase 24 horas de interrupção, Morales havia conseguido a vitória diretamente.

A contagem final deu ao presidente 47,08% dos votos contra 36,51% de Mesa, uma diferença pouco acima da margem de 10 pontos necessária para evitar um segundo turno.

(Reportagem adicional de Monica Machicao)

Escrito por Reuters

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