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Polícia do Paraná descarta crime político em assassinato de petista por bolsonarista em Foz do Iguaçu

Placeholder - loading - Velório de Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, no Paraná 10/07/2021 REUTERS/Christian Rizz
Velório de Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, no Paraná 10/07/2021 REUTERS/Christian Rizz

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Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Civil do Paraná descartou que o assassinato do militante petista e guarda municipal Marcelo Arruda pelo agente penal federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro Jorge Guaranho tenha sido um crime político ou um delito de ódio, informou a corporação ao anunciar a conclusão do inquérito sobre o caso, nesta sexta-feira.

De acordo com a delegada Camila Cecconello, que comandou a força-tarefa policial responsável pela apuração do crime ocorrido no fim de semana, não há elementos no inquérito que permitam qualificar o assassinato como crime político, embora ela tenha afirmado que depoimentos colhidos apontam que Guaranho foi ao local para provocar Arruda por causa de sua festa de aniversário de 50 anos, que tinha como temas o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Guaranho chegou ao local da festa, um clube em Foz do Iguaçu, gritando o nome de Bolsonaro e tocando músicas alusivas ao presidente e também apontou uma arma aos participantes da festa, de acordo com a polícia. Após uma discussão com Arruda, ele deixou o local prometendo voltar.

Quando retornou, disparou contra o guarda municipal, que era dirigente do PT na cidade, e também foi alvejado por disparos de revide dados por Arruda, mostraram vídeos de câmeras de segurança do local. Guaranho está hospitalizado em estado grave por causa dos ferimentos desde então.

Segundo a delegada, a volta de Guaranho ao local da festa e o assassinato de Arruda ocorreram não por divergência política, mas pelo fato de o agente penal ter se sentido humilhado na discussão com o petista.

'Ele foi lá no intuito de provocar a vítima. Então nesse primeiro momento fica muito claro que houve uma provocação e uma discussão em razão de opiniões políticas. Agora, quando ele retorna para casa e resolve voltar, não há provas nos autos suficientes que ele voltou porque ele queria cometer um crime de ódio contra uma pessoa ou pessoas de outro partido político que não o dele', afirmou a delegada em entrevista coletiva em Foz do Iguaçu.

'O que nós temos é o depoimento da esposa que diz que ele alegou que iria voltar porque se sentiu humilhado, porque a vítima teria jogado pedras e terra dentro do carro e acertado a esposa e o filho dele. Então, o que nós temos dentro do inquérito é a alegação da esposa, não temos a alegação da subjetividade desse autor. É difícil nós falarmos que há o crime de ódio, que ele matou pelo fato de a vítima ser petista', acrescentou.

A delegada disse que Guaranho foi indicado por homicídio qualificado, devido à motivação torpe, e por causar perigo a outras pessoas que estavam na festa no momento dos disparos.

O Ministério Público do Paraná informou que, com o recebimento do inquérito policial, trabalhará na elaboração da denúncia contra Guaranho, sem dar mais detalhes.

Em nota, advogados constituídos pela família de Arruda para acompanharem o caso disseram que ainda não tiveram conhecimento do relatório policial oficialmente, mas, com base nas informações veiculadas na imprensa, avaliam que o documento 'é recheado de contradições e imprecisões que demonstram a deficiente formação do mesmo'.

'Por certo, a necessária continuidade das investigações demonstrará que a nossa convicção quanto as motivações políticas do assassinato', afirmaram.

Escrito por Reuters

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