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Proposta de Biden para reduzir emissões de carbono é impraticável, alerta setor de energia dos EUA

Placeholder - loading - Símbolo da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) em no pódio em sua sede em Washington 11/07/2018 REUTERS/Ting Shen
Símbolo da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) em no pódio em sua sede em Washington 11/07/2018 REUTERS/Ting Shen

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Por Nichola Groom e Valerie Volcovici

(Reuters) - Proprietários de usinas elétricas dos Estados Unidos alertaram o governo do presidente norte-americano Joe Biden nesta terça-feira que seu abrangente plano para reduzir as emissões de carbono do setor elétrico é impraticável por contar demais com tecnologias caras ainda não testadas em escala.

O principal grupo comercial de serviços públicos, o Edison Electric Institute (EEI, em inglês), solicitou à Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, em inglês) revisões dos padrões propostos para usinas de energia, que dependem da ampla disponibilidade comercial de captura e armazenamento de carbono (CCS, em inglês) e hidrogênio verde de baixa emissão, acrescentando que a visão da agência 'não era legalmente ou tecnicamente' sólida.

“As empresas elétricas não estão confiantes de que as novas tecnologias que a EPA designou para servir como base para os padrões propostos para nova e existente geração baseada em fósseis satisfarão os requisitos de desempenho e custo nos cronogramas que a EPA projeta”, disse a EEI em um comentário público divulgado nesta terça-feira, no prazo da agência para feedback.

A resistência da EEI e de outros grupos relacionados à energia representa um grande desafio potencial para a agenda climática do governo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem como meta atingir o patamar de zero emissões líquidas até 2035 no setor de energia, fonte de um quarto das emissões de gases de efeito estufa no país. Essa meta é parte central da promessa de Washington de reduzir pela metade a produção de gases de efeito estufa nos EUA até 2030, como parte de um acordo internacional para combater as mudanças climáticas globais.

Proposto em maio, o plano da EPA limitaria pela primeira vez a quantidade de dióxido de carbono que as usinas podem emitir, após iniciativas anteriores serem derrubadas na Justiça.

Os limites propostos tanto para usinas novas quanto existentes pressupõem a disponibilidade da tecnologia CCS, que pode absorver o CO2 da chaminé de uma usina antes de ele atingir a atmosfera, ou o uso de hidrogênio como combustível. A agência afirma que a aprovação da Lei de Redução da Inflação no ano passado, que subsidia essas tecnologias, as torna viáveis e com bom custo-benefício.

Os grupos ambientais Clean Air Task Force e Natural Resources Defense Council disseram que a proposta 'fornece prazos generosos para implementação e conformidade e não causará problemas de confiabilidade se finalizada'.

O setor está particularmente preocupado com os padrões propostos para usinas de gás natural existentes, dizendo que seria difícil adaptar essas instalações às tecnologias de CCS ou de hidrogênio, devido a restrições de espaço e outras limitações.

O plano da EPA exigiria que grandes usinas a gás existentes funcionem pelo menos 50% do tempo para instalar a captura de carbono até 2035, ou operar de forma mista, com 30% de hidrogênio até 2032. A EEI pediu à agência que 'reproponha ou complemente significativamente' as regras propostas para as usinas de gás existentes.

(Reportagem de Nichola Groom em Los Angeles e Valerie Volcovici em Washington)

Escrito por Reuters

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