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Queda de avião da Ethiopian Airlines mata 157 pessoas

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Por Duncan Miriri e Maggie Fick

NAIRÓBI (Reuters) - Um avião da Ethiopian Airlines para Nairóbi caiu minutos após a decolagem neste domingo, matando todos as 157 pessoas a bordo e levantando questões sobre a segurança do Boeing 737 MAX 8, um novo modelo que também caiu na Indonésia em outubro.

O voo deixou o aeroporto de Bole em Adis Abeba, capital da Etiópia, às 8h38, horário local, antes de perder o contato com a torre de controle poucos minutos depois, às 8h44.

“O piloto mencionou que teve dificuldades e que queria voltar”, disse o presidente-executivo da Ethiopian Airlines, Tewolde GebreMariam, em coletiva à imprensa.

“Não há sobreviventes”, tuítou a companhia aérea, junto com uma foto de Tewolde segurando destroços dentro de uma enorme cratera no local do acidente.

Passageiros de 33 países estavam a bordo, disse Tewolde.

Entre os mortos estão cidadãos quenianos, etíopes, norte-americanos, canadenses, franceses, chineses, egípcios, suecos, britânicos, holandeses, indianos, eslovacos, austríacos, suecos, russos, marroquinos, espanhóis, poloneses e israelenses.

Pelo menos quatro trabalhavam para as Nações Unidas, disse a companhia aérea, o que foi confirmado pelo diretor do Programa Mundial de Alimentos da ONU.

Nos aeroportos de Nairóbi e Adis Abeba muitos parentes de passageiros desesperados estavam buscando informações.

“Estamos apenas esperando pela minha mãe. Só estamos esperando que ela tenha pegado um voo diferente ou esteja atrasada. Ela não está atendendo o telefone”, disse Wendy Otieno, segurando o telefone e chorando.

A aeronave, um Boeing 737 MAX 8, é do mesmo modelo que caiu no Mar de Java pouco depois da decolagem de Jacarta, em 29 de outubro, matando todas as 189 pessoas a bordo de um voo da Lion Air.

A causa da queda ainda está sendo investigada.

Um alto funcionário do governo dos EUA disse que era cedo demais para dizer se havia alguma conexão direta entre os dois acidentes, mas que rever a questão estaria entre as principais prioridades para os investigadores.

O 737 é o avião de passageiros moderno mais vendido do mundo e é considerado um dos mais confiáveis da indústria.

A nova aeronave da Ethiopian não tinha registro de problemas técnicos e o piloto tinha um “excelente” registro de voo, disse Tewolde em uma coletiva de imprensa.

“Nós recebemos o avião em 15 de novembro de 2018. Ele voou mais de 1.200 horas. Havia voado de Joanesburgo mais cedo esta manhã”, ele disse.

“VELOCIDADE INSTÁVEL”

O voo ET 302, registrado sob o número ET-AVJ, caiu perto da cidade de Bishoftu, a 62 km a sudeste da capital, Adis Abeba, com 149 passageiros e oito tripulantes a bordo, disse a companhia aérea.

O voo teve velocidade vertical instável após a decolagem, disse no Twitter o site de rastreamento de voos Flightradar24.

A aeronave se despedaçou em diversos fragmentos e foi severamente queimada, disse um repórter da Reuters que estava no local. Roupas e objetos de uso pessoal estavam espalhados pelo campo onde o avião caiu.

Não ficou claro o que causou a queda. A Boeing enviou condolências às famílias e disse que estava pronta para colaborar com as investigações.

FAMILIARES ANGUSTIADOS

No aeroporto de Nairóbi, muitos parentes de passageiros estavam esperando no portão há horas, sem informações das autoridades aeroportuárias. Alguns foram informados do acidente pelos jornalistas.

Robert Mutanda, de 46 anos, esperava que seu cunhado viesse do Canadá.

“Não, nós não vimos ninguém da companhia aérea ou do aeroporto”, disse ele à Reuters às 13h, mais de três horas após a perda de contato com o voo. “Ninguém nos disse nada, estamos aqui apenas esperando o melhor.”

Autoridades quenianas só chegaram ao local às 13h30, no horário local.

James Macharia, secretário de gabinete para os transportes, disse que soube do acidente pelo Twitter.

As famílias foram levadas ao hotel Sheraton de Nairóbi, mas disseram que ainda estão esperando informações dos funcionários da companhia aérea oito horas após o acidente.

ETHIOPIAN AIRLINES

De acordo com as regras internacionais, a responsabilidade por liderar as investigações é da Etiópia, mas o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB) também vai participar, porque o avião foi projetado e construído nos Estados Unidos.

Representantes da Boeing e da fabricante de motores CFM, uma joint venture entre a General Electric e a francesa Safran SA, vão aconselhar o NTSB.

A estatal etíope é uma das maiores companhias aéreas do continente em tamanho de frota. O avião estava entre seis dos 30 Boeing 737 MAX 8 encomendados pela companhia, que está em rápida expansão.

A frota continuará operando, uma vez que a causa não está clara, disse o CEO.

Seu último grande acidente foi em janeiro de 2010, quando um voo de Beirute caiu logo após a decolagem, matando todas as 90 pessoas a bordo. Os libaneses disseram que foi uma falha do piloto, o que foi contestado pela companhia.

(Reportagem adicional por Hereward Holland, Omar Mohammed, Katharine Houreld, Aaron Maasho, Tiksa Negeri, Tim Hepher, Jamie Freed, Allison Lampert e Jane Merriman)

Escrito por Thomson Reuters

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