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Queiroga não cita isolamento e diz que medidas simples podem evitar parar economia

Placeholder - loading - Futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga 16/03/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga 16/03/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu nesta terça-feira o uso de máscara e lavar as mãos como medidas preventivas contra a Covid-19 que podem evitar a paralisação da economia e, ao reconhecer que não vai fazer 'nenhuma mágica', disse que espera combater a pandemia com contribuições baseadas no melhor da evidência científica.

'Conclamar a população que utilize máscaras, são medidas simples de bloqueio ao vírus, que lavem as mãos, usem o álcool. Eu estou repetindo, todos vocês já sabem disso, mas só para reafirmar essa posição que são medidas simples, mas que são importantes, porque a gente pode com essas medidas evitar ter que parar uma economia de um país?', disse Queiroga em pronunciamento ao lado do ministro Eduardo Pazuello, a quem substituirá no cargo, após reunião com a equipe do ministério.

Queiroga, entretanto, não fez uma defesa do isolamento social ou de medidas mais drásticas de restrição da circulação de pessoas que estão sendo adotadas por governadores e prefeitos nos últimos dias em razão do agravamento da crise sanitária no país e o colapso em hospitais e outras unidades de saúde. O presidente Jair Bolsonaro é um crítico desse tipo de medidas, alegando que os prejuízos econômicos são mais sérios do que o próprio vírus.

'É preciso unir os esforços de enfrentamento da pandemia com a preservação da atividade econômica, para garantir emprego, para garantir renda e para garantir recursos para que as políticas públicas de saúde tenham consecução', disse o futuro ministro.

Declarando ter sido convocado na véspera por Bolsonaro, o médico cardiologista admitiu que o país vive uma 'nova onda' da pandemia com muitas mortes, e disse que é preciso melhorar a qualidade da assistência de saúde do sistema público, apesar de ter elogiado o trabalho do SUS.

Mas Queiroga --o quarto ministro da área na pandemia e a segunda opção após a médica Ludhmila Hajjar ter recusado o convite-- disse estar ciente da 'grande responsabilidade' que tem e que sabe que não vai fazer sozinho 'nenhuma mágica' e que não resolverá os problemas de saúde pública do Brasil.

Queiroga afirmou também que pretendia levar uma 'palavra de alento' para aqueles que perderam familiares para essa 'doença miserável' e de outras doenças que também afetam a população brasileira.

Nesta terça-feira, o Brasil atingiu um novo recorde de mortes por Covid registradas em um único dia, com mais 2.841 óbitos, totalizando mais de 282 mil vidas perdidas em um ano de pandemia.

O futuro ministro --que não informou quando vai efetivamente assumir o cargo-- afirmou que a pasta que vai comandar está muito empenhada em trabalhar de forma harmônica e em parceria para garantir a imunização de todos os brasileiros de uma maneira eficiente.

Essa é uma das principais queixas de autoridades regionais e parlamentares, no momento em que o país vacinou somente 2,4% da população acima de 18 anos com duas doses --menos de 4 milhões de brasileiros--, ao mesmo tempo em que ostenta os piores índices de mortes e de casos por Covid-19 no mundo atualmente.

CONTINUIDADE

Ao se manifestar antes de Queiroga, o Pazuello disse novamente que não se trata de uma transição, mas de uma soma -- na linha com o que ele e Bolsonaro disseram na véspera e o novo ministro, mais cedo.

'Não é uma transição, é um só governo. Continua o governo Bolsonaro, continua o ministro da Saúde', destacou.

Queiroga e Pazuello vão participar na quarta-feira de um ato de entrega na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do primeiro lote de doses da vacina da AstraZeneca fabricadas no país.

(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)

Escrito por Reuters

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