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Republicanos deram grande guinada populista na era Trump, mostra pesquisa Reuters/Ipsos

Placeholder - loading - Apoiador de Donald Trump com camisa com fotos do ex-presidente em ato de campanha na Carolina do Norte 02/03/2024 REUTERS/Jonathan Drake
Apoiador de Donald Trump com camisa com fotos do ex-presidente em ato de campanha na Carolina do Norte 02/03/2024 REUTERS/Jonathan Drake

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Por Jason Lange e James Oliphant

WASHINGTON (Reuters) - A transformação do Partido Republicano é evidente em qualquer comício de Donald Trump: a multidão está repleta de eleitores da classe trabalhadora, muitos sem diploma universitário, que estão em sintonia com o ex-presidente dos Estados Unidos nos assuntos em que ele tem transformado a plataforma do partido, da imigração ao comércio e à política externa.

Uma análise de uma década de pesquisas Reuters/Ipsos mostra como o eleitorado republicano mudou em sua composição e pontos de vista. O clássico republicano abastado e com boa educação agora representa uma fatia menor do bolo.

Em seu lugar está um eleitorado republicano mais isolacionista, mais cético em relação à globalização, mais desconfiado em relação ao processo eleitoral e mais propenso a ver os democratas como uma ameaça do que quando Trump lançou sua primeira candidatura à Casa Branca em 2015.

Mesmo com Trump fora do cargo, a mudança está afetando a política no Congresso, onde os republicanos radicais da Câmara dos Deputados têm bloqueado por cinco meses os pedidos do presidente Joe Biden por mais ajuda para a Ucrânia, que luta contra uma invasão russa.

Há alguns anos, os republicanos eram tipicamente mais agressivos em relação à Rússia e as pessoas no topo do partido, como o candidato à Presidência em 2012, Mitt Romney, eram fortes defensores do livre comércio. Agora não é mais assim.

Algumas das mudanças são gritantes: um em cada cinco republicanos hoje diz que os EUA devem usar sua força militar com frequência para atingir objetivos de política externa, em comparação com um em cada três há uma década. Apenas a metade diz ter 'pelo menos alguma' confiança na integridade das eleições, em comparação com os dois terços que expressavam essa opinião anteriormente.

As mudanças refletem um eleitorado que tem se tornado mais populista, fomentado pelo populismo de Trump e influenciando o partido como um todo, disse J. Miles Coleman, analista do Centro de Política da Universidade da Virgínia.

'É difícil ver o (partido) voltando a indicar candidatos do tipo Mitt Romney', disse Coleman. Romney, que perdeu em 2012 para o democrata Barack Obama, no final deste ano se aposentará do Senado, juntando-se a um êxodo de republicanos da velha guarda.

A análise da Reuters sobre como a composição do eleitorado republicano mudou é baseada em um exame das respostas de mais de 130.000 adultos norte-americanos a pesquisas Reuters/Ipsos em 2016 e de mais de 14.000 entrevistados até agora em 2024, mais recentemente em uma pesquisa online nacional realizada de 7 a 13 de março.

A Reuters também analisou dezenas de milhares de respostas às pesquisas da Reuters/Ipsos sobre questões políticas que datam de 2014. Os números têm uma margem de erro de cerca de um a três pontos percentuais.

A rápida derrota dos rivais de Trump para a indicação presidencial republicana neste ano demonstrou seu controle sobre os eleitores do partido, mas a revanche de novembro entre Trump e Biden testará a amplitude de seu apelo.

Trump perdeu a eleição de 2020 por mais de 7 milhões de votos, um resultado que ele continua alegando falsamente que foi resultado de fraude. Ele também tem intensificado os ataques verbais ao sistema judiciário enquanto se prepara para quatro julgamentos criminais futuros.

Escrito por Reuters

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