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Russa é condenada a 27 anos de prisão por entregar bomba a blogueiro pró-guerra

Placeholder - loading - Darya Trepova, condenada por entregar bomba a blogueiro russo pró-guerra, que morreu no atentado. 25/01/2024 REUTERS/Anton Vaganov
Darya Trepova, condenada por entregar bomba a blogueiro russo pró-guerra, que morreu no atentado. 25/01/2024 REUTERS/Anton Vaganov

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SÃO PETERSBURGO, Rússia (Reuters) - Uma jovem russa foi condenada nesta quinta-feira a 27 anos de prisão por entregar uma bomba que explodiu nas mãos de um blogueiro pró-guerra no ano passado, matando-o.

Darya Trepova, de 26 anos, foi condenada por uma corte de São Petersburgo por terrorismo, manipulação de explosivos e uso de documentos falsos relacionados com a morte do blogueiro Vladlen Tatarsky.

Ela não demonstrou emoções ao ser condenada. Segundo a imprensa russa, a sentença foi a mais dura já proferida a uma mulher na história moderna do país. Sua defesa afirmou que irá recorrer da decisão.

Tatarsky foi morto por uma bomba escondida dentro de uma estatueta com sua própria imagem, entregue a ele por Trepova como um presente em uma cafeteria de São Petersburgo, onde ele discursava.

Trepova afirma ter sido vítima de uma armação, e pensou que a estatueta continha um dispositivo de escuta, não uma bomba. Ela afirmou no tribunal que agia sob ordens de um homem na Ucrânia que conhecia como 'Gestalt', que mandou dinheiro e instruções para ela durante meses antes do atentado na cafeteria.

'Eu sinto grande dor e vergonha por minha credulidade e ingenuidade terem levado a consequências tão catastróficas. Eu não queria machucar ninguém', disse ela no tribunal, dirigindo-se às pessoas que ficaram feridas no atentado que pediram grandes indenizações a ela.

'Sinto especialmente dor e vergonha pelo fato de um ato terrorista ter sido efetivado pelas minhas próprias mãos.'

A defesa argumentou que Trepova também era vítima, porque estava sentada a alguns metros de Tatarsky e poderia ela mesma ter morrido ou ficado ferida.

A promotoria, por outro lado, afirmou ela sabia da bomba e que 'agiu deliberadamente com o objetivo de desestabilizar a Federação Russa e desacreditar a operação militar especial', referindo-se ao nome oficial dos esforços de guerra perpetrados por Moscou na Ucrânia.

Depois da explosão da bomba, Trepova disse ter entrado em pânico. Sabendo do risco de ser presa, ela ignorou uma instrução de 'Gelstalt' de ir para o aeroporto e tomar um voo.

Em vez disso, ligou para o seu marido, que pediu a um amigo, chamado Dmitry Kasintsev, que a deixasse ficar em seu apartamento, onde foi presa no dia seguinte.

Kasintsev, de 27 anos, foi condenado nesta quinta-feira a um ano e nove meses de prisão por ajudar a escondê-la, apesar do testemunho de Trepova de que eles nunca tinham se encontrado antes e que ele não tinha nada a ver com a bomba.

(Reportagem da Reuters)

Escrito por Reuters

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