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Santander eleva projeções de inflação do Brasil e alerta para riscos fiscais

Placeholder - loading - Pessoas passam em frente a agência do Banco Santander no centro do Rio de Janeiro 29/01/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Pessoas passam em frente a agência do Banco Santander no centro do Rio de Janeiro 29/01/2018 REUTERS/Ricardo Moraes

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SÃO PAULO (Reuters) - O Santander aumentou suas expectativas para a inflação no Brasil no horizonte até 2024, e alertou para os riscos que a expansão fiscal planejada pelo governo eleito representa para a consolidação das contas públicas num longo prazo.

O banco revisou o IPCA de 2022 para alta de 5,8%, contra 5,5% estimados antes, citando 'surpresas altistas recentes em preços voláteis, em conjunto com o fim do efeito baixista do corte de impostos'.

Para 2023, 'agora consideramos novas altas de tributos, além dos efeitos de um mercado de trabalho mais aquecido', disse o Santander, o que elevou sua projeção de inflação para o ano que vem a 5,4%, de 5,0%.

'Dada a inflação mais alta no próximo ano, com pressões em grupos de preços mais rígidos/inerciais, revisamos o IPCA 2024 para 3,5% (antes 3,0%), o que implica uma trajetória ainda mais lenta de convergência inflacionária ao centro da meta', afirmou o banco em relatório assinado por sua economista-chefe, Ana Paula Vescovi, e equipe.

Ainda assim, o Santander manteve suas expectativas para a taxa Selic em 12,0% em 2023 e 9,00% em 2024, ante patamar atual de 13,75%. No entanto, 'dado o tom atual das discussões de política fiscal, enxergamos riscos altistas para a trajetória futura da taxa de juros', avaliou o banco.

Em relação ao fiscal, o Santander passou a projetar um déficit primário do setor público de 1,5% do PIB em 2023, piora em relação ao rombo de 1,4% previsto anteriormente.

O banco alertou que 'a PEC (da Transição) aprovada no Senado tem potencial de impacto fiscal acima de 220 bilhões de reais, e a aprovação de legislação neste patamar geraria viés baixista às estimativas de resultado primário'.

'Para o longo prazo, uma vez que assumimos que o atual nível das commodities não será permanente, seguimos vendo uma trilha arriscada para a estabilização da dívida, dada a reduzida eficácia das regras fiscais e as pressões para gastos sociais', avaliou o credor privado.

'No próximo ano, será fundamental observar o debate sobre as novas regras fiscais, que terão por finalidade ancorar as expectativas para o processo de consolidação fiscal à frente.'

(Por Luana Maria Benedito)

Escrito por Reuters

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