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Se Lula não puder ser candidato, substituto será “preposto” do ex-presidente, diz Pochmann

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Por Eduardo Simões e Iuri Dantas

SÃO PAULO (Reuters) - Se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for impedido de disputar a eleição presidencial de outubro, o substituto, seja ele quem for, será um “preposto” do ex-presidente, disse à Reuters um dos coordenadores do programa de governo petista, Márcio Pochmann, que acrescentou que o nome escolhido sairá das fileiras do partido.

Pochmann reforçou, em entrevista à Reuters na segunda-feira, a estratégia do PT de registrar a candidatura de Lula ao Planalto no dia 15 de agosto e lutar “até o fim” para que ele possa ser candidato. Mas disse que, se o ex-presidente for inviabilizado, o nome escolhido para a disputa será como se fosse o próprio Lula.

“Alguém do PT”, disse Pochmann quando questionado qual seria o melhor nome para substituir Lula na eventualidade de ele ser barrado pela Lei da Ficha Limpa e se o partido poderia apoiar alguém de outra legenda.

“Esse alguém vai ser uma espécie de preposto do Lula, se não você não tem o repasse de votos. Quer dizer, não sou eu, não sou o Paulo, o João, eu sou o Lula”, acrescentou.

Lula está preso desde abril cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão no caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Ele deve ficar inelegível pela Lei da Ficha Limpa, que barra a candidatura de condenados por órgãos colegiados da Justiça.

O petista nega qualquer irregularidade e se diz alvo de uma perseguição política para impedi-lo de se candidatar.

O PT tem afirmado que oficializará Lula candidato na convenção do partido, marcada para 4 de agosto, e registrará, posteriormente, a candidatura dele no dia 15 de agosto, limite do prazo legal. A sigla tem rejeitado, ao menos publicamente, a discussão sobre um eventual 'Plano B', embora os nomes do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e do ex-governador da Bahia Jaques Wagner sejam apontados como possíveis substitutos.

“Só fala em Plano B quem não está no PT. É Lula até o final. É tudo ou nada”, disse Pochmann.

Indagado, no entanto, sobre um cenário em que Lula seja impedido de disputar o pleito pela Justiça Eleitoral, ele apontou a necessidade de o PT manter o capital político de Lula, líder nas pesquisas de intenção de voto para o Planalto, e afirmou que o ex-presidente gravou material para ser usado na campanha antes de ser preso.

“Quem está com este contingente de indicadores de voto, trocar agora para quê? Ao contrário, o PT vem mantendo e crescendo suas indicações de voto”, disse.

O PT ainda não fechou qualquer aliança na disputa presidencial. De acordo com Pochmann, há conversas com PSB, PCdoB e Pros, este último, de acordo com ele, em estágio mais avançado.

A presença de Lula na urna eletrônica ou a transferência de votos para aliados preocupam os mercados financeiros, que não o veem como alguém comprometido com o ajuste fiscal necessário para reequilibrar as contas públicas.

Na entrevista, Pochmann também disse que o recente acordo entre Embraer e Boeing e eventuais vendas de ativos da Eletrobras e da Petrobras que saírem do papel serão revistos num governo do PT a partir de 2019 por questões estratégicas, ao mesmo tempo que um fundo com parte das reservas internacionais será montado para financiamento de projetos de infraestrutura.

(Reportagem adicional de Christian Plumb)

Escrito por Thomson Reuters

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