Segundo estudo escocês, nosso apetite muda ao longo da vida
É preciso entender o nosso apetite em cada fase para levar uma vida saudável
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Uma pesquisa, liderada por Alex Johnstone, pesquisadora do Instituto Rowett de Saúde e Nutrição, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, revelou que nosso apetite muda no decorrer da vida, à medida que envelhecemos.
Segundo artigo publicado no site The Conversation, são sete as idades do apetite, e uma melhor compreensão de cada uma poderia ajudar a desenvolver novas maneiras de lidar tanto com a ingestão insuficiente quanto em excesso de alimentos – assim como com suas consequências para a saúde, como a subnutrição e a obesidade.
Vamos a elas:
Primeiros 10 anos
Na primeira infância, o corpo passa por um crescimento rápido. Quando o comportamento alimentar do início da vida se prolonga até a idade adulta, uma criança acima do peso pode vir a se tornar um adulto obeso.
Para evitar isso, as crianças também devem se controlar, principalmente em relação ao tamanho das porções. Ser forçado a "limpar o prato" pelos pais pode não ajudar, já que o pequeno para de ser orientado pela fome e passa a querer atingir a meta de acabar com o alimento.
Dos 10 aos 20 anos
Na adolescência, há o aumento do apetite e da estatura, impulsionado pelos hormônios, no início da puberdade. E o modo como o adolescente vai lidar com a alimentação durante essa fase moldará seu estilo de vida nos anos seguintes.
Portanto, as decisões dos jovens em relação à dieta estão ligadas à saúde das futuras gerações, de quem mais tarde se tornarão pais.
As mulheres, em geral, são mais propensas a sofrerem de déficit nutricional do que os rapazes, em função de seu sistema reprodutivo. Adolescentes que engravidam também correm mais risco, já que o desenvolvimento do feto compete com o crescimento do corpo da mãe, que ainda está em formação.
Dos 20 aos 30 anos
O ganho de peso nessa fase pode ser favorecido por mudanças no estilo de vida, como começar uma faculdade, casar ou ter filhos. Uma vez acumulada, é difícil perder a gordura corporal.
Dos 30 aos 40 anos
A vida profissional adulta impõe outros desafios. Os efeitos do estresse, responsável por mudanças no apetite e hábitos alimentares de 80 por cento da população, podem fazer com que você coma compulsivamente ou mesmo perca a vontade de comer.
Estruturar o ambiente de trabalho para evitar padrões de consumo questionáveis - como comprar produtos de máquinas de venda automática - é um desafio. As empresas devem se esforçar para subsidiar e promover uma alimentação de qualidade aos funcionários. Além disso, devem desenvolver estratégias para gerenciar situações de estresse.
Dos 40 aos 50 anos
É nessa faixa de idade que os adultos costumam mudar seus hábitos em decorrência de problemas de saúde.
Mas para muitas pessoas essa mudança não acontece. A falsa sensação de que está tudo bem - quando, na verdade, várias enfermidades demoram anos para se manifestar e outras têm sintomas bastante discretos - ajuda a manter a inércia.
Dos 50 aos 60 anos
Após os 50 anos, há perda gradual da massa muscular – de 0,5 a 1 por cento ao ano. A falta de atividade física, o baixo consumo de proteína e a menopausa, no caso das mulheres, podem acelerar esse processo.
Além de praticar exercícios físicos, adotar uma dieta saudável e variada é importante para reduzir os efeitos do envelhecimento.
Dos 60 anos em diante
Diante do aumento da longevidade, o grande desafio é manter a qualidade de vida da população. E uma nutrição adequada é importante, uma vez que a velhice vem acompanhada da redução do apetite e da falta de fome, o que leva à perda de peso não intencional e a uma fragilidade maior.
A perda de um companheiro ou de um familiar, assim como fazer as refeições sozinho, podem também afetar a sensação de prazer da alimentação. Outros efeitos da velhice, como problemas dentários, de deglutição, perda de paladar e de olfato, interferem na vontade de comer.
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