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SP não vai politizar vacina contra Covid-19 e espera o mesmo do governo federal, diz Doria

Placeholder - loading - Doria segura caixa da vacina da Sinovac contra a Covid-19 21/07/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Doria segura caixa da vacina da Sinovac contra a Covid-19 21/07/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

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Por Gabriel Araujo

SÃO PAULO (Reuters) - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta sexta-feira que o Estado não vai politizar o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 e que espera que o governo federal também não o faça, 'em nome de milhões de brasileiros que precisam' da imunização.

Questionado em entrevista coletiva sobre o viés político do assunto, Doria afirmou que não é razoável imaginar que o governo federal vá colocar ideologias ou visões partidárias e eleitorais sobre algo que salva vidas.

'A cada dia sem a vacina no Brasil, mais de 700 pessoas perdem a vida... A posição do governo de São Paulo é colocar a vacina absolutamente distante de qualquer debate político. Sempre foi assim, desde o início do combate à pandemia aqui', disse o governador. 'São Paulo não é negacionista.'

O Instituto Butantan tem participado do desenvolvimento da chamada CoronaVac em conjunto com o laboratório chinês Sinovac, mas a ação já foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, que classificou o produto como a vacina 'que um governador resolveu acertar com outro país'. [nL1N2F82PH]

Doria disse entender que a vacina é um bem dos brasileiros e mencionou a posição do Butantan como importante fornecedor de vacinas para o Ministério da Saúde.

'Será que agora que tem a vacina, o governo federal vai negar a vacina aos brasileiros que precisam ter a vacina para terem a sua vida preservada? No que depender do governo do Estado de São Paulo, não', afirmou.

À noite, em publicação em suas redes sociais, Bolsonaro, sem citar Doria, disse que o Ministério da Saúde irá realizar a vacinação 'sem açodamento'.

'O MS irá oferecer a vacinação, de forma segura, sem açodamento, no momento oportuno, após comprovação científica e validada pela Anvisa, contudo, sem impor ou tornar a vacinação obrigatória', disse o presidente, que tem defendido sempre que as pessoas não sejam obrigadas a se vacinar.

O governador possui reuniões marcadas para o próximo dia 21 com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e com o diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, para negociações a respeito da CoronaVac, que ainda não foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Na véspera, o secretário-executivo do ministério, Elcio Franco, havia indicado em entrevista coletiva que a vacina que envolve Butantan e Sinovac está no rol das que devem ser adquiridas pelo governo federal, mas que são necessários estudos de fatores como segurança, eficácia, prazos, produção em escala e preço razoável.

SEM EFEITOS COLATERAIS

Um resumo dos relatórios de testagem da vacina no Brasil será encaminhado à Anvisa na segunda-feira, mas Doria afirmou que o órgão já possui todos os dados necessários, uma vez que estes são acompanhados diariamente.

'Até aqui, sem nenhuma colateralidade --ou seja, até aqui, os testes positivos da CoronaVac, a vacina do Butantan com o laboratório Sinovac', disse o governador.

Os testes no país estão na reta final da fase 3. Segundo o coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 no Estado, João Gabbardo, as duas primeiras fases de testagem indicaram eficácia de cerca de 98%, enquanto o Ministério da Saúde fala em um número superior a 50% para aprovação da Anvisa.

Gabbardo disse crer que a CoronaVac preencha todos os requisitos elencados pelo Ministério da Saúde para ser incorporada ao PNI.

Escrito por Reuters

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