SP registra 434 mortes por Covid-19 em 24 horas, novo recorde
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Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O Estado de São Paulo registrou mais 434 mortes por Covid-19, um novo recorde de mortes diárias provocadas pela doença respiratória causada pelo novo coronavírus, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Saúde estadual.
De acordo com os dados da secretaria, São Paulo tem 229.475 casos confirmados de Covid-19, com 13.068 mortes. Até então, o maior número de mortes registradas em um dia no Estado havia ocorrido na última quarta-feira, com 389.
Apesar do novo recorde de mortes, o secretário de Saúde paulista, José Henrique Germann, disse em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes que os dados estão dentro da faixa mais baixa do cenário desenhado pelas autoridades de saúde locais, que estimam entre 15 mil e 18 mil mortes por Covid-19 até o final do mês.
São Paulo, que tem reaberto setores da economia de forma gradual e regionalizada, tem registrado um aumento da pandemia no interior do Estado nos últimos dias e, segundo o coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus do Estado, João Gabbardo, a interiorização também contribui para o crescimento do número de óbitos.
'Esse número ocorre, basicamente --e por isso o gráfico apresentado pelo secretário mostrou que está dentro daquela previsão de cenário que a gente tem até o dia 30 do mês-- porque o interior do Estado está, em sua maioria de regiões, em uma curva ascendente, uma curva de crescimento de casos', disse Gabbardo.
'Isso faz com que, mesmo com a redução que a gente tem na capital, na região metropolitana, o cômputo geral continua sendo negativo para aquilo que nós esperamos, para aquilo que nós desejamos, que é a redução desse número de óbitos em nível estadual', acrescentou.
Gabbardo garantiu que o crescimento de número de mortes e de casos pela Covid-19 não tem pressionado o sistema de saúde do Estado, apesar da expansão da pandemia para o interior.
O plano de reabertura da economia do governo João Doria (PSDB) permite o funcionamento, além das atividades consideradas essenciais, do comércio de rua, de shoppings centers, de concessionárias de veículos e de escritórios, com restrições, na maior parte do Estado.
Somente as regiões de Presidente Prudente, Maríia, Barretos, Ribeirão Preto e do Vale do Ribeira estão na fase mais restritiva, em que é permitido somente o funcionamento de atividades essenciais.
Escrito por Reuters
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