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Sul-africanos homenagem herói da luta contra apartheid Tutu em despedida

Placeholder - loading - Pessoas comparecem a velório de Desmond Tutu na Cidade do Cabo 30/12/2021 REUTERS/Mike Hutchings
Pessoas comparecem a velório de Desmond Tutu na Cidade do Cabo 30/12/2021 REUTERS/Mike Hutchings

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Por Wendell Roelf

CIDADE DO CABO (Reuters) - Centenas de pessoas se enfileiraram nesta quinta-feira para prestar suas homenagens ao arcebispo Desmond Tutu, cujo corpo está sendo velado na Catedral de São Jorge da Cidade do Cabo, onde o herói anti-apartheid pregou contra a injustiça racial.

Tutu, ganhador do Prêmio Nobel da Paz reverenciado que transcendeu divisões raciais e culturais devido à sua retidão moral e sua luta nobre contra o governo da minoria branca, faleceu no domingo aos 90 anos.

Sua morte representa uma perda enorme para a África do Sul, onde muitos o chamavam de 'Tata', ou 'papai'. Desde domingo, sinos de igrejas dobram todos os dias para homenageá-lo e orações chegam de todo o mundo.

Tutu será velado na catedral nesta quinta-feira e na sexta, antes de uma missa com réquiem seguida de seu enterro no sábado, quando se acredita que o presidente Cyril Ramaphosa fará o principal discurso fúnebre.

'Basicamente, estou aqui só para prestar minhas homenagens', disse Randall Ortel, médico e um dos primeiros membros do público em fila para entrar na igreja. 'Ele certamente é um dos meus exemplos e quero copiar o que ele fez na vida'.

Amanda Mbikwana disse que chegou às 5h com a mãe e os sobrinhos.

'Conhecemos o trabalho de Tata, ele se pronunciou por nós e estamos aqui hoje em um país livre para homenageá-lo, para celebrar sua vida e para apoiar (sua esposa) Mama Leah e a família', disse Mbikwana, uma gerente de recursos humanos.

Tutu recebeu o Prêmio Nobel em 1984 em reconhecimento à sua oposição não-violenta ao comando da minoria branca. Uma década depois, ele testemunhou o fim do regime e presidiu uma Comissão da Verdade e da Reconciliação para expor as atrocidades cometidas durante sua vigência.

'Ele sempre foi a voz dos que não tinham voz e sempre a voz da razão', disse o colega de ativismo anti-apartheid Chris Nissen na fila diante da catedral.

O caixão simples de pinho com alças de corda de Tutu, enfeitado com um único ramo de cravos brancos, foi posto no interior da Catedral de São Jorge, que ofereceu um porto seguro para ativistas contrários ao regime segregacionista sul-africano durante o comando repressivo da maioria branca.

Familiares comovidos receberam o caixão diante da entrada, onde os seis clérigos de túnicas pretas que o carregavam o instalaram em um santuário interior em meio a uma nuvem de incenso do turíbulo anglicano.

Tutu, que pediu o caixão mais barato e não queria um enterro caro e suntuoso, será cremado e suas cinzas serão enterradas atrás do púlpito da catedral de onde ele pregou com tanta frequência.

(Reportagem adicional de Sisipho Skweyiya, na Cidade do Cabo, e Nqobile Dludla, em Johanesburgo)

Escrito por Reuters

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