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Surto de dengue na América do Sul leva a corrida por vacinas e escassez de repelentes

Placeholder - loading - Mosquitos Aedes aegypti são vistos em um recipiente na Comissão Nacional de Energia Atômica, em Ezeiza, nos arredores de Buenos Aires 12/04/2023 REUTERS/Agustin Marcarian
Mosquitos Aedes aegypti são vistos em um recipiente na Comissão Nacional de Energia Atômica, em Ezeiza, nos arredores de Buenos Aires 12/04/2023 REUTERS/Agustin Marcarian

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Por Ricardo Brito e Lucinda Elliott

BRASÍLIA/MONTEVIDÉU (Reuters) - A América do Sul está testemunhando um aumento dos casos de dengue neste verão, fazendo o Brasil lançar uma nova campanha de vacinação, enquanto que na Argentina muitas lojas ficaram sem estoque de repelente de mosquitos. Depois de 2023 já ter estabelecido o recorde no número de casos na região, a Argentina viu um grande crescimento dos casos da doença, que é endêmica na maior parte da América Latina. Embora seja por vezes assintomática, a dengue também pode ser fatal. Neste mês, o Brasil começou a usar caminhões para espalhar inseticidas depois que a doença se espalhou por regiões anteriormente não atingidas pela dengue. Hospitais no Paraguai criaram clínicas noturnas para atender os doentes. A Argentina registrou mais de 12.500 casos no mês passado, de acordo com o último boletim médico oficial, um grande crescimento em relação ao mesmo período do ano passado, o que causou alertas médicos e carência nos estoques de repelente. “Os repelentes acabaram em todos os cantos, havia literalmente nuvens de mosquitos”, afirmou à Reuters Laura Ledesma, moradora de Buenos Aires, antes de dizer que a situação aparentemente tinha começado a melhorar. “Parece que agora está mais controlado do que no começo de janeiro.” No Brasil, os casos mais que duplicaram na primeira semana de janeiro, em comparação com o mesmo período de 2023. O Brasil se tornará o primeiro país do mundo a oferecer uma vacina contra a dengue por meio do sistema de saúde pública, com o início da imunização previsto para daqui alguns dias, segundo autoridades. A América do Sul e outras regiões estão experimentando um aumento do surto devido às altas temperaturas trazidas pelo fenômeno El Niño, que contribui para temporadas mais longas da doença e o espalhamento geográfico das infecções, de acordo com cientistas. “As mudanças climáticas expandiram o alcance da reprodução dos mosquitos, nas Américas e globalmente”, afirmou Thais dos Santos, que é especialista em arboviroses na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Dados de dengue do órgão mostram que o ano passado superou um recorde de 2019 nas Américas, com 4,2 milhões de casos e 2.050 óbitos, muitas deles ocorridos no chamado Cone Sul. Disseminada por mosquitos, a dengue tem surtos que ocorrem normalmente de três a cinco anos após a epidemia anterior. Nos meses de dezembro a fevereiro, o clima quente e úmido no sul das Américas cria condições ideais para a reprodução dos insetos. A doença pode causar febre alta, dores musculares e hemorragia interna. O Paraguai e o Uruguai emitiram alertas epidemiológicos para a doença em dezembro, após a ocorrência de fortes chuvas. A água parada facilita a reprodução dos mosquitos. Moradores de Brasília fizeram fila nesta semana em frente a instalações médicas improvisadas para fazer testes de dengue, já que os casos na capital federal subiram 646% nos primeiros 20 dias de janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado. (Reportagem de Lucinda Elliott em Montevidéu e Ricardo Brito em Brasília)

Escrito por Reuters

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