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Vacina de Oxford começa a ser testada no Brasil e governo espera fechar acordo para produção local

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Por Eduardo Simões e Ricardo Brito

SÃO PAULO.BRASÍLIA (Reuters) - Uma vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, contra a Covid-19 começou a ser testada em São Paulo no fim de semana, e o governo federal pode assinar nos próximos dias uma parceria para a produção local da imunização contra a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.

O início dos testes com voluntários brasileiros, realizados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi anunciado na noite de segunda-feira pela Fundação Lemann, que financia os estudos em São Paulo com 2 mil voluntários. Também serão feitos testes em mil voluntários no Rio de Janeiro, financiados pela Rede D'Or de hospitais.

Em audiência em comissão mista do Congresso Nacional, que acompanha a pandemia, o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que o governo do presidente Jair Bolsonaro deve assinar ainda nesta semana uma parceria para que a vacina de Oxford, caso demonstre eficácia nos testes clínicas, seja produzida no Brasil.

'Nós estamos fechando com a Casa Civil a assinatura já, o compromisso de participação do Brasil. Já estamos com as ligações paralelas com a universidade e com a AstraZeneca já bem adiantadas envolvendo aí a Fiocruz, Biomanguinhos', disse Pazuello aos parlamentares.

'A Casa Civil está analisando essa assinatura nos próximos momentos, de hoje para amanhã, essa semana', acrescentou o ministro.

Pazuello disse ainda que o governo também estuda parcerias similares para outras vacinas que já se mostraram promissoras contra a Covid-19.

Os testes no Brasil da vacina ChAdOx1 nCoV-19, de Oxford, foram anunciados no início do mês, quando a realização dos testes recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

'No último final de semana (20 e 21 de junho), a Fundação Lemann teve a oportunidade de celebrar com os parceiros envolvidos e especialistas responsáveis, o início dos testes em São Paulo para a vacina ChAdOx1 nCoV-19, liderada globalmente pela Universidade de Oxford', informou a fundação do empresário bilionário Jorge Paulo Lemann.

De acordo com a Unifesp, os voluntários em São Paulo serão profissionais de saúde de entre 18 e 55 anos e outros funcionários que atuam no Hospital São Paulo, ligado à Escola Paulista Medicina, da Unifesp, e estão mais expostos ao vírus, como seguranças e motoristas de ambulância.

No início do mês, a Unifesp informou que os testes com voluntários brasileiros contribuirão para o registro da vacina no Reino Unido, previsto para o final deste ano. O registro formal, entretanto, só ocorrerá após o fim dos estudos em todos os países participantes, disse a universidade.

A farmacêutica AstraZeneca, que é parceira da Universidade de Oxford no desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, espera que os testes clínicos estejam prontos até setembro e que, se a vacina se mostrar eficaz, possa ser entregue a partir de outubro.

A vacina de Oxford está atualmente na Fase 3 de testes, 'o que significa que a vacina encontra-se entre os estágios mais avançados de desenvolvimento', disse a Unifesp.

O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão no país.

Outra vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, deverá começar a ser testada no Brasil no mês que vem em parceria com o Instituto Butantan, vinculado ao governo do Estado de São Paulo.

Este teste, de acordo com o instituto, será financiado pelo governo paulista e deverá contar com 9 mil voluntários. Caso a vacina seja bem-sucedida, o acordo prevê a possibilidade de ser produzida localmente pelo Butantan.

Em entrevista coletiva nesta terça no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse esperar que os ensaios clínicos com a vacina da Sinovac sejam concluídos em outubro e que a vacina esteja disponível, uma vez comprovada sua eficácia e aprovada pela Anvisa, no ano que vem.

De acordo com o Instituto Butantan, o processo de autorização para início dos testes ainda está tramitando junto à Anvisa.

Escrito por Reuters

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