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Ucrânia diz ter retomado oito vilarejos das forças russas em duas semanas

Placeholder - loading - Prédio destruído em Mariupol, na Ucrânia 14/04/2022 REUTERS/Pavel Klimov
Prédio destruído em Mariupol, na Ucrânia 14/04/2022 REUTERS/Pavel Klimov

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Por Tom Balmforth e Pavel Polityuk

KIEV (Reuters) - A Ucrânia confirmou nesta segunda-feira que expulsou as forças russas de um oitavo vilarejo em sua contraofensiva de duas semanas em uma parte fortemente fortificada da linha de frente na rota mais direta para a costa do Mar de Azov.

Um autoridade regional nomeada pela Rússia disse no domingo que a Ucrânia havia assumido o controle do vilarejo de Piatykhatky, na região sul de Zaporizhzhia. Mais tarde, ele disse que tropas russas havia novamente expulsado as forças ucranianas e, na manhã desta segunda, afirmou que a Ucrânia estava atacando novamente.

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, disse que as forças ucranianas não apenas retomaram Piatykhatky, mas avançaram até sete quilômetros nas linhas russas em duas semanas, capturando 113 quilômetros quadrados de território.

'No decorrer de duas semanas de operações ofensivas nas direções de Berdiansk e Melitopol, oito assentamentos foram libertados', disse Maliar no Telegram, referindo-se a duas cidades no litoral ocupado pela Rússia.

A captura relatada dos vilarejos reflete ganhos incrementais para a Ucrânia que destacam o desafio de romper as linhas que Moscou passou meses fortalecendo. No entanto, Piatykhatky é importante, pois fica a cerca de 90 quilômetros da costa.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, elogiou os esforços das tropas e disse que continuaria conversando com seus aliados ocidentais para fornecer armas e munição o mais rápido possível.

'Nossas tropas estão avançando, posição por posição, passo a passo, estamos avançando', disse ele no domingo à noite. 'O principal é a velocidade do fornecimento.'

Nesta segunda-feira, o Ministério da Defesa da Rússia disse que suas forças haviam frustrado uma tentativa ucraniana de tomar o vilarejo de Novodonetske, na região oriental de Donetsk, uma das áreas onde a contraofensiva de Kiev tem se concentrado.

A Ucrânia reconheceu ataques ao longo de várias partes da linha de frente de 1.000 km em sua contraofensiva há muito esperada para retomar os 18% de seu território ocupado pela Rússia.

Mas Kiev impôs um bloqueio de informações sobre as batalhas atuais e futuras por motivos de segurança. Os analistas dizem que a fase principal da contraofensiva ainda não começou.

Ambos os lados parecem ter sofrido grandes perdas nos últimos combates e ambos afirmam ter perdido menos tropas do que seus inimigos.

'As ofensivas do inimigo em forma de onda produziram resultados, apesar das enormes perdas', disse o oficial russo Vladimir Rogov no Telegram ao relatar os combates em Piatykhatky.

REDESLOCAMENTO?

Enquanto a Ucrânia realiza o que os governos e analistas ocidentais dizem ser ataques de sondagem para testar as forças russas, autoridades de dois países membros da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disseram que Moscou está redistribuindo algumas de suas forças, pois procura prever onde a Ucrânia irá atacar.

Autoridades de inteligência do Reino Unido e da Estônia disseram que a Rússia estava deslocando algumas forças para o leste, ao longo da linha de frente, a partir de áreas ao sul do rio Dnipro, inundadas pela destruição da enorme represa hidrelétrica de Kakhovka, em 6 de junho.

A Estônia disse que os ucranianos estavam abordando a contraofensiva metodicamente.

'Não veremos uma ofensiva nos próximos sete dias', disse o comandante do centro de inteligência das Forças de Defesa da Estônia, Coronel Margo Grosberg, na sexta-feira, segundo o veículo noticioso estoniano ERR.

A Rússia e a Ucrânia se culparam mutuamente pelo colapso da barragem da usina hidrelétrica, que provocaram inundações responsáveis pela destruição de casas e terras agrícolas em uma faixa do sul da Ucrânia, em ambos os lados da linha de frente na região de Kherson. O número de mortos subiu para 52, e mais de 11.000 pessoas foram retiradas do local.

Uma equipe de especialistas jurídicos que ajuda a Ucrânia a investigar o caso disse na sexta-feira que era 'altamente provável' que o colapso da barragem tivesse sido causado por explosivos colocados por russos.

A inundação tornou extremamente difícil qualquer ataque através do rio na área, escreveu Michael Kofman, um analista militar, no Twitter, embora sempre tenha sido uma operação arriscada.

A Organização das Nações Unidas (ONU) disse no domingo que Moscou havia recusado sua ajuda para auxiliar os moradores afetados pelo colapso da barragem.

'A ajuda não pode ser negada às pessoas que precisam dela', disse Denise Brown, coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia, em um comunicado.

(Reportagem adicional de Dan Peleschuk, Lidia Kelly e Wendell Roelf)

Escrito por Reuters

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