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Ucrânia faz apelo após mais bombas em Mariupol: 'Cinzas de uma terra morta'

Placeholder - loading - Fumaça ao redor de complexo industrial de Mariupol após várias explosões ocorridas durante invasão russa da Ucrânia 22/03/2022 AZOV/Divulgação via REUTERS
Fumaça ao redor de complexo industrial de Mariupol após várias explosões ocorridas durante invasão russa da Ucrânia 22/03/2022 AZOV/Divulgação via REUTERS

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Por Natalia Zinets e Pavel Polityuk

LVIV/KIEV, Ucrânia (Reuters) - A Rússia está transformando a cidade portuária ucraniana de Mariupol em 'cinzas de uma terra morta', disse o conselho municipal nesta terça-feira, descrevendo mais duas bombas enormes que caíram sobre a cidade que está sitiada há semanas.

A situação de Mariupol, com 400.000 habitantes antes da guerra, é a emergência humanitária mais urgente desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há quase um mês. Acredita-se que centenas de milhares de moradores estejam presos sob bombardeios quase constantes, sem acesso a comida, água, energia ou aquecimento.

'Não há mais nada lá', disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em um discurso em vídeo ao Parlamento italiano nesta terça-feira.

O conselho municipal não deu detalhes sobre vítimas ou danos do último bombardeio. Nenhum jornalista independente está operando dentro das partes da cidade controladas pela Ucrânia há pelo menos uma semana. A Ucrânia diz que a Rússia atingiu um teatro, uma escola de arte e outros prédios públicos, enterrando centenas de mulheres e crianças abrigadas em porões.

'Mais uma vez está claro que os invasores não estão interessados ??na cidade de Mariupol. Eles querem derrubá-la ao chão e torná-la as cinzas de uma terra morta', disse o conselho em um comunicado.

A Rússia nega atacar civis. A Ucrânia afirma que Moscou bloqueou os esforços diários para enviar comboios de socorro com alimentos e outros suprimentos para civis, ou ônibus para retirá-los.

A Rússia exigiu que a cidade se rendesse ao amanhecer de segunda-feira, um ultimato que Kiev desafiou.

'Exigimos a abertura de um corredor humanitário para civis', disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, na televisão ucraniana nesta terça-feira.

'Nossos militares estão defendendo Mariupol heroicamente. Nós não aceitamos o ultimato. Eles ofereceram capitulação sob uma bandeira branca. Isso é manipulação, mentira.'

A Rússia chama a maior invasão na Europa desde a Segunda Guerra Mundial de 'operação militar especial' para desarmar a Ucrânia e protegê-la dos 'nazistas'. O Ocidente diz ser falso pretexto para uma guerra não provocada contra um país democrático.

Mariupol é a maior cidade ainda ocupada pela Ucrânia na região de Donetsk, que a Rússia exigiu que Kiev cedesse aos separatistas apoiados por Moscou. De acordo com a mídia russa, uma autoridade separatista afirmou nesta terça-feira que metade de Mariupol foi agora capturada.

Uma parte de Mariupol agora controlada pelas forças russas, vista pela Reuters no domingo, era um terreno baldio assustador de blocos de apartamentos carbonizados sem janelas. Corpos envoltos em cobertores jaziam à beira de uma estrada. Um grupo de homens cavava sepulturas em um pedaço de grama.

O conflito forçou quase um quarto dos 44 milhões de ucranianos a deixar suas casas, incluindo mais de 3,5 milhões de refugiados que fugiram do país, metade deles crianças, em um dos êxodos mais rápidos já registrados.

A Ucrânia, com um solo rico, é um dos maiores exportadores de grãos do mundo, e a guerra fez com que os preços globais dos alimentos básicos subissem para níveis recordes.

'A coisa mais terrível será a fome que se aproxima em alguns países', disse Zelenskiy em discurso aos parlamentares italianos.

Escrito por Reuters

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