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Um mês depois, pai israelense sofre com destino da família em Gaza

Placeholder - loading - Avihai Brodutch, cuja esposa e três filhos foram sequestrados por militantes do Hamas em 7 de outubro de sua casa no Kibutz Kfar Aza, é fotografado durante uma entrevista à Reuters 06/11/2023 REUTERS/
Avihai Brodutch, cuja esposa e três filhos foram sequestrados por militantes do Hamas em 7 de outubro de sua casa no Kibutz Kfar Aza, é fotografado durante uma entrevista à Reuters 06/11/2023 REUTERS/

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Por Joseph Campbell e Maayan Lubell

SHEFAYIM, Israel (Reuters) - Faz um mês que Avihai Brodutch falou com sua mulher, Hagar, pela última vez. Homens armados do Hamas tomaram ela e seus três filhos como reféns na Faixa de Gaza, depois do violento ataque do grupo militante contra vilarejos israelenses no dia 7 de outubro.

Brodutch, de 42 anos, descreve os 31 dias de agonia, sem saber como sua família está sendo tratada e se sentindo impotente para ajudar: “Minhas crianças são tão novas, e não fizeram nada de mal a ninguém”, disse ele, sobre a filha Ofri, de 10 anos, e os filhos Yuval, de 8, e Uriah, de 4.

A família foi sequestrada de Kfar Aza, um kibutz localizado a três quilômetros da Faixa de Gaza. Trata-se de uma das comunidades mais atingidas pelo ataque do Hamas, quando centenas de homens armados se infiltraram em cidades, vilarejos e bases do exército israelense perto da fronteira, matando cerca de 1.400 pessoas e fazendo 240 reféns.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva por ar, terra e mar que já matou mais de 10 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é governada pelo Hamas.

Brodutch afirmou que tudo o que pode fazer agora é contar a história da família sempre que tiver a oportunidade, a qualquer pessoa. Em sua mente, diz trazer à memória os momentos do casal no nascimento dos filhos.

“Às vezes, penso naquela sensação de quando meus filhos nasceram e quando estava com eles. Eu sinto muita falta deles. Agora não tenho nada”, afirmou, enquanto crianças corriam nos jardins de um hotel em Shefayim, um kibutz que abriga vários sobreviventes.

Quando o ataque começou, a família se abrigou na sala segura da casa. Juntou-se então a eles a filha de um vizinho, que fugiu da casa depois de seus pais serem mortos. O pai da família então saiu do abrigo para ver o que poderia fazer pelo kibutz durante o ataque. Ele manteve contato com Hagar por mensagem de texto, com ambos os lados assegurando estarem bem.

“Aí, perto das 11 horas, mandei outra mensagem, falando que estava bem e perguntando como ela estava. Ela apenas respondeu que alguém estava chegando, e essa foi a última mensagem que tive dela”, afirmou.

Ele foi retirado do local algumas horas depois, certo de que sua família estava morta. Mas no dia seguinte ficou sabendo que eles foram levados para a Faixa de Gaza como reféns, junto com a filha do vizinho.

Brodutch ficou animado ao saber que sua família estava viva, mas, à medida que os dias passavam sem qualquer sinal de uma possível libertação, começou a sentir-se desesperado e dirigiu-se para o quartel-general da defesa israelense, em Tel Aviv.

Sentado em uma cadeira branca de plástico, com uma placa que diz “Minha família está em Gaza” e o cachorro Rodney, ele lançou uma vigília solitária que já se tornou um ponto de encontro de israelenses que pedem aos líderes da nação que obtenham a libertação de reféns.

“Com essa guerra ocorrendo, nem sei se é possível”, afirmou Brodutch, um agrônomo estudando para se tornar enfermeiro. “Todos querem a vingança primeiro. Eles querem retaliação, o que é humano. Mas espero que acabe. É um ciclo que nunca acaba. Eu sou parte dele, minha mulher e crianças são parte dele. E elas não deveriam ser.”

“Talvez haja algo novo que possa ser feito. Somos tão próximos. Até nossas religiões são próximas, o Islã e o Judaísmo. Eu sei que há uma solução. Só precisamos procurá-la”, concluiu.

Escrito por Reuters

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