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Ação militar da China por escala nos EUA seria interferência eleitoral, diz vice-presidente de Taiwan

Placeholder - loading - Vice-presidente de Taiwan, William Lai, em Assunção  15/8/2023   Divulgação via REUTERS
Vice-presidente de Taiwan, William Lai, em Assunção 15/8/2023 Divulgação via REUTERS

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TAIPÉ (Reuters) - Qualquer ação militar chinesa em resposta a escalas nos Estados Unidos do vice-presidente de Taiwan, William Lai, seria uma tentativa da China de interferir nas eleições da ilha, disse Lai durante viagem ao Paraguai.

Autoridades taiwanesas dizem que a China pode lançar exercícios militares nesta semana, usando as escalas de Lai nos Estados Unidos como pretexto para intimidar os eleitores antes das eleições do ano que vem e fazê-los 'temer uma guerra'.

A China, que reivindica Taiwan como seu próprio território, tem uma antipatia particular por Lai, que no passado se descreveu como um 'trabalhador prático pela independência de Taiwan'. Ele é o favorito para se tornar o próximo presidente nas eleições de janeiro.

Falando a repórteres na terça-feira no Paraguai, onde chegou via Nova York, Lai disse que esses trânsitos nos EUA eram rotineiros e a China não tinha motivos para usá-los como desculpa para 'intimidar verbal e militarmente Taiwan', informou a Agência Central de Notícias oficial da ilha.

'Se a China usar os trânsitos como desculpa para lançar novamente a intimidação verbal e militar ou outros métodos ameaçadores, isso apenas confirma os relatos da mídia internacional de que a China está tentando intervir nas eleições de Taiwan com ameaças militares', disse Lai, segundo a agência de notícias.

Lai, no entanto, afirmou ter confiança no povo de Taiwan.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse na terça-feira que ainda não viu nenhuma manobra chinesa em grande escala perto da ilha.

Em abril, a China realizou jogos de guerra em torno de Taiwan depois que a presidente Tsai Ing-wen voltou da Califórnia, onde se encontrou com o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, no caminho de volta da América Central.

A China criticou a escala de Lai em Nova York - ele deve chegar a San Francisco na quarta-feira, voltando para Taipé - e disse que ele é um separatista 'criador de problemas'.

Tanto Taiwan quanto os Estados Unidos têm procurado manter as escalas de Lai nos Estados Unidos discretas, e Lai disse que 'não há acordos especiais' para se encontrar com autoridades norte-americanas.

A China considera Taiwan sua questão política e diplomática mais sensível e importante, e é uma fonte constante de atrito sino-americano.

Falando em uma conferência em Moscou na terça-feira, o ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, disse que 'brincar com fogo na questão de Taiwan e tentar em vão 'controlar a China com Taiwan' está fadado ao fracasso'.

Lai esteve no Paraguai para a posse de seu novo presidente, Santiago Peña. É um dos 13 países a manter relações diplomáticas formais com Taiwan.

Lai postou em suas páginas do Facebook fotos dele em Assunção apertando a mão e conversando com a secretária do Interior dos Estados Unidos, Deb Haaland, o rei da Espanha, Felipe VI, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estiveram lá para o mesmo evento.

(Reportagem de Ben Blanchard)

Escrito por Reuters

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