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Advogado de Queiroz diz que prisão foi desnecessária e não cogita delação

Placeholder - loading - Fabricio Queiroz deixa IML no Rio de Janeiro 18/06/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
Fabricio Queiroz deixa IML no Rio de Janeiro 18/06/2020 REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O advogado do ex-assessor parlamentar e policial militar aposentado Fabrício Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, afirmou na tarde desta quinta-feira que a prisão do seu cliente foi 'totalmente desnecessária e pesada“ e que ele descarta fazer uma delação premiada.

Catta Preta visitou o cliente em uma unidade de triagem prisional do Rio antes de Queiroz ser transferido para o complexo de Bangu, na zona oeste.

'Ele (Queiroz) acha que é totalmente desnecessária (a prisão)', disse o advogado, em entrevista após se reunir por 20 minutos com seu cliente no Rio de Janeiro, para onde foi transferido após ter sido preso.

O advogado foi pessoalmente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tentar um habeas corpus para o cliente. Apesar de ser um PM da reserva, o juiz Flávio Itabaiana, que determinou a prisão do ex-assessor parlamentar, proibiu que Queiroz fosse levado para uma unidade especial voltada para PMs ativos e inativos.

O advogado afirmou que o cliente não pretendia deixar o país ou destruir provas sobre o caso da rachadinha da Alerj, conforme indicou a denúncia do MP.

“Ele sempre esteve disposto e à disposição da Justiça, não era procurado nem era foragido. Qualquer intimação que fosse feito ela atenderia“ , diss Catta Preta.

Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, foi preso esta manhã no interior de São Paulo, pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado, em cumprimento de mandado expedido pela Justiça do Rio de Janeiro no âmbito das investigações sobre um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

O advogado negou que Queiroz estivesse na casa há um ano e revelou que o ex-assessor ia a São Paulo para dar continuidade a tratamentos de saúde.

“Ele tem ido com regularidade por conta da questão médica“, disse.

O tratamento contra câncer, a retirada da próstata e a hipertensão são alguns dos argumentos que o advogado pretende usar para conseguir a libertação de Queiroz.

O ex assessor é acusado de coordenar um esquema de pedágio sobre o salário de funcionários que trabalharam no gabinete do deputado Flávio Bolsonaro. O esquema ficou conhecido como rachadinha da Alerj e a investigação abrangeu gabinetes de outros parlamentares da Casa.

Ao ser questionado se o cliente comandava a cobrança do pedágio, Catta Preta negou.

“Ele disse que isso não existia e que não aconteceu da forma que tem sido dita nas investigações. Não falamos sobre o dinheiro na conta dele“, acrescentou o advogado.

Catta Preta descartou que seu cliente possa fazer uma delação premiada. 'Não penso em fazer colaboração, não trabalho com colaboração premiada', disse.

Questionado, o advogado não soube explicar porque, no momento da prisão, Queiroz estava em um imóvel em Atibaia de propriedade do advogado Frederico Wassef, que defende Flávio Queiroz e também em alguns casos o próprio presidente.

'Ele não me disse por que estava lá, mas disse que ia com alguma regularidade“, frisou.

AMEAÇADO

Catta Preta disse que Queiroz se sente ameaçado desde que o caso veio à tona. O advogado contou ter sido contactado há cerca de 15 dias pelas filhas de Queiroz para que fizesse a defesa dele --estaria sem advogado desde o fim do ano-- e ficou de pensar. Disse que assumiu o caso nesta quinta em razão da prisão.

O advogado defendeu também o ex-PM que entrou para uma milícia Adriano da Nóbrega. Ele morreu em um cerco policial na Bahia este ano.

Nóbrega, quando estava na PM, chegou a ser homenageado na Alerj por Flávio Bolsonaro e a pedido do pai. Duas parentes de Nóbrega também atuaram no gabinete de Flavio Bolsonaro na Alerj.

Catta Preta afirmou não saber se houve contato de Queiroz com a família de Bolsonaro, uma vez que o telefone celular dele foi apreendido durante a prisão.

Escrito por Reuters

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