Alckmin aposta em palanques estaduais para crescer e diz que quem prometer facilidade mentirá
Alckmin aposta em palanques estaduais para crescer e diz que quem prometer facilidade mentirá
Thomson Reuters
08/08/2018
SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira durante palestra a investidores que terá os melhores palanques nos Estados, o que lhe ajudará a vencer as eleições, e afirmou que o candidato que prometer facilidades na campanha estará mentindo.
'Vamos ter do Rio Grande do Sul até Roraima os melhores palanques. Se não o primeiro, o segundo do Estado', disse Alckmin durante evento organizado pelo banco BTG Pactual em São Paulo.
'Numa campanha curta, televisão e rádio --claro que as redes sociais são importantes--, mas televisão e rádio é importante', acrescentou o tucano, que voltou a defender a ampla coligação que fez, principalmente com os partidos do chamado blocão, muitos deles com lideranças envolvidas em escândalos de corrupção.
O tucano disse que há bons quadros em todas as legendas e que, para fazer reformas como a tributária, a política e a da Previdência, é necessário ter uma ampla base de apoio no Congresso Nacional.
'Quem prometer mudança sem ter articulação política, vai estar mentindo', defendeu Alckmin, que optou por não falar com jornalistas após a palestra.
'Fizemos alianças com nove partidos em torno de um programa e de uma proposta', garantiu.
Alckmin reconheceu que, na visão dos cidadãos, 'a política está no chão' e afirmou que não existem partidos políticos de verdade no país, inclusive o PSDB, que ele preside.
Ele também reconheceu que o próximo presidente terá uma tarefa árdua pela frente e criticou aqueles que prometem facilidades ao eleitorado.
'Você não vai pegar um cirurgião para operar um aneurisma abdominal que saiu da faculdade ontem', defendeu o tucano, que disse que não irá 'prometer mágica' aos eleitores.
'Não vai ser fácil, quem prometer facilidade vai estar mentindo', afirmou o presidenciável tucano, que também procurou ligar o PT à atual situação econômica difícil do país.
'É o 13. Treze anos do PT, treze milhões de desempregados', disse, se referindo ao número do PT nas urnas.
(Por Eduardo Simões e Laís Martins)
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