Aliado de Trump, Bannon enfrenta tribunal cético em tentativa de anular condenação
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Por Andrew Goudsward
WASHINGTON (Reuters) - Steve Bannon, que foi conselheiro sênior do ex-presidente norte-americano Donald Trump, enfrentou o ceticismo de um tribunal federal de recursos nesta quinta-feira, enquanto tenta reverter sua condenação criminal por desafiar a intimação de um painel do Congresso, que investigou o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.
Condenado no ano passado em duas acusações de desacato ao Congresso, Bannon tentou argumentar que não recebeu um julgamento justo porque o juiz o proibiu de apresentar argumentos centrais para sua defesa, incluindo que seu advogado avisou que ele não tinha que cumprir a intimação.
Bannon “agiu da única maneira que a lei lhe permitiu se comportar”, disse seu advogado David Schoen a um painel de três juízes do Tribunal de Recursos para o Circuito do Distrito de Columbia.
O ex-conselheiro de Trump afirmou ainda que não teve que entregar documentos ou testemunhar perante o comitê especial da Câmara dos Deputados, então liderado pelos democratas, porque o ex-presidente invocou o privilégio executivo, uma doutrina jurídica que mantém confidenciais algumas comunicações da Casa Branca.
O tribunal não pareceu convencido pelo argumento de Schoen.
A juíza Cornelia Pillard observou que Bannon não estava trabalhando na Casa Branca no momento da invasão, e que muitas das informações que o comitê buscava não estavam relacionadas às suas interações com Trump.
“Não vejo nos registros que houve outra resposta além de ‘não’”, disse Pillard sobre a maneira como Bannon lidou com a intimação.
Os promotores presentes no julgamento convenceram o juiz distrital Carl Nichols a proibir a defesa do privilégio executivo, argumentando que, legalmente, não importava o porquê de Bannon se recusar a cooperar, mas apenas que ele tomou uma decisão deliberada de não cumprir a intimação.
(Reportagem de Andrew Goudsward)
Escrito por Reuters
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