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Ambev avança após 'upgrade', mas visão de resultado misto atenua fôlego

Placeholder - loading - Engradados de cerveja da Ambev são retratados em unidade em Fortaleza, Brasil. 10/01/2019 REUTERS/Paulo Whitaker
Engradados de cerveja da Ambev são retratados em unidade em Fortaleza, Brasil. 10/01/2019 REUTERS/Paulo Whitaker

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SÃO PAULO (Reuters) - As ações da Ambev chegaram a avançar mais de 6% nesta segunda-feira, tendo de pano de fundo um relatório do Bank of America elevando a recomendação dos papéis de 'neutra' para 'compra', com os analistas mais otimistas em relação às margens no Brasil.

Isabella Simonato e Guilherme Palhares, que também aumentaram o preço-alvo das ações de 16,4 reais para 17,5 reais, atribuíram a visão mais otimista acerca das margens a custos menores e um combinação de preço/mix resiliente.

Eles citaram que os riscos nessa avaliação contemplam a competição com a Heineken e a eliminação de isenções fiscais, embora afirmaram acreditar que existam efeitos mitigantes, como utilização de crédito tributário e alavancagem do balanço.

Por volta das 15:20, os papéis desaceleravam a alta para 1,48%, a 15,07 reais, rondando às mínimas da sessão, após serem negociados a 15,78 reais mais cedo (6,26%). Ainda assim, seguiam entre os melhores desempenhos do Ibovespa, que caía 0,62%.

Analistas da XP Investimentos também afirmaram em relatório no final da semana passada, em comentário sobre uma recuperação ainda tímida das margens no segundo trimestre, que esperam que a tendência seja de aceleração nos próximos trimestres.

Eles, porém, estimam que a Ambev tenha registrado um segundo trimestre misto, em uma base de comparação difícil, levando a uma visão neutra.

'As iniciativas de gestão de receita devem continuar a sustentar nossa percepção positiva, levando a uma sólida tendência de ROL/hl (receita operacional líquida por hectolitro) no Brasil, e uma redução no COGs (custo de bens vendidos) é uma mudança de cenário bem-vinda.'

No entanto, os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca preveem que o volume deve decepcionar e enxergam um posicionamento errático da marca que pode prejudicar as melhorias de margem.

Eles citaram que as perspectivas internacionais são divergentes, com melhora sazonal no Canadá e América Central e Caribe, enquanto na região que classificam de América Latina Sul não deixa de decepcionar, com condições melhores no Chile, Bolívia e Paraguai, mas ainda com perspectivas difíceis na Argentina.

A Ambev divulga seu balanço do segundo trimestre no dia 3 de agosto.

Na visão de analistas do Itaú BBA, a dona de marcas como Skol, Brahma e Antarctica deve reportar resultados neutros no segundo trimestre de 2023, com volumes na operação de Cerveja Brasil provavelmente dentro da faixa de consenso do mercado.

'Esperamos que a companhia apresente um desempenho de cerveja sem intercorrências no trimestre devido a uma base de comparação difícil para volumes, uma vez que abril de 2022 marcou o fim de algumas restrições relacionadas à Covid-19.'

Eles ainda acrescentaram esperar que a divisão Cerveja Brasil se beneficie de ventos favoráveis dos menores custos de alumínio, milho e cevada, bem como de valorização do real, ao longo do segundo semestre de 2023 e de todo o ano de 2024.

'Apesar do momento operacional favorável na principal operação da Ambev, mantemos nossa posição neutra no papel devido à falta de visibilidade em temas relevantes para a companhia', afirmaram Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto, em relatório a clientes na última sexta-feira.

Entre esses temas estão a possível reforma tributária e o fim do benefício fiscal de Juros sob Capital Próprio, passivos fora do balanço e hiperinflação na Argentina.

(Por Paula Arend Laier)

Escrito por Reuters

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