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Após alta conjunta dos juros, BCs começam a ver fim do aperto monetário à frente

Placeholder - loading - Chair do Fed, Jerome Powell, aparece em tela na Bolsa de Nova York 01/02/2023 REUTERS/Andrew Kelly
Chair do Fed, Jerome Powell, aparece em tela na Bolsa de Nova York 01/02/2023 REUTERS/Andrew Kelly

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Por Howard Schneider e Balazs Koranyi e William Schomberg

WASHINGTON/FRANKFURT/LONDRES (Reuters) - Os bancos centrais globais que correram para aumentar as taxas de juros no ano passado em meio à alta da inflação agora preparam o terreno em uníssono para uma pausa que, embora ainda não prometida, começa a ser vislumbrada para mais tarde este ano.

Essa mudança de postura foi marcada de diferentes formas quando as principais autoridades de bancos centrais emitiram suas mais recentes declarações de política monetária nesta semana, e deve ser levada a cabo em ritmos diferentes em um grupo de países em que guerra, comércio, energia e outros fatores impactaram os preços em diferentes intensidades.

Todos disseram que continuam comprometidos em manter as condições de crédito tão apertadas quanto necessário para reduzir a inflação à sua meta comum de 2% frente aos níveis atuais ainda muito acima disso. Mas a linguagem também marcou um afastamento claro da discussão de riscos unilaterais que dominou os discursos dos bancos centrais no ano passado.

Tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, as palavras das autoridades levaram investidores a cortar suas estimativas do pico dos juros ou taxa 'terminal' esperada no atual ciclo de aperto monetário.

Funcionários do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) abandonaram a promessa de novos incrementos 'fortes' nos juros, se necessário, após o último movimento de 0,50 ponto percentual, com o presidente Andrew Bailey dizendo que o BoE 'viu os primeiros sinais de que a inflação está sendo superada'.

O chair do Fed, Jerome Powell, referiu-se repetidamente na quarta-feira a um processo 'desinflacionário' que ocorre na economia dos Estados Unidos e que permitiu que o Fed elevasse os custos dos empréstimos em apenas 0,25 ponto percentual em sua última reunião --o menor ajuste desde que começou a subir a meta da taxa básica em março.

O Banco Central Europeu parece estar mais longe de um provável ponto de parada.

'O Conselho do BCE manterá o curso', disse a presidente da instituição, Christine Lagarde, depois que o BCE elevou suas principais taxas de juros em 0,50 ponto percentual e disse que pretende fazer um aumento adicional de 0,50 ponto percentual em sua próxima reunião em março.

'E depois de março? Isso significa que você atingiu o pico? Não. Sabemos que temos terreno a percorrer', afirmou Lagarde.

COMEÇO DO FINAL

Mas, nessa orientação, havia uma promessa também de avaliar em março quais medidas adicionais podem ser necessárias em um ambiente em que os riscos de inflação, disse Lagarde, se tornaram 'mais equilibrados'.

Na semana passada, o Banco do Canadá se tornou o primeiro dos principais bancos centrais a decidir interromper seu aperto monetário. O presidente Tiff Macklem anunciou que o país estava 'superando a inflação' e que seu último aumento de 0,25 ponto percentual seria seguido por uma pausa 'condicional'.

Os banqueiros centrais há muito pararam de usar a palavra 'transitória' em referência à inflação que se mostrou mais rápida e persistente do que se esperava.

Mas o que começou a se desenvolver tem aspectos da narrativa que os formuladores de política monetária inicialmente esperavam que transparecesse, com preços em queda em parte porque empresas e famílias voltaram a padrões mais normais de produção e consumo à medida que a pandemia de Covid-19 diminui, o que exigiu menos destruição da demanda por parte da política monetária.

Escrito por Reuters

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