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Após prometer denunciar países, Bolsonaro faz acusação genérica a importadores de madeira ilegal

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto 16/09/2020 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto 16/09/2020 REUTERS/Adriano Machado

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - Após prometer desde a semana passada que iria revelar quais países estariam importando madeira ilegal do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro usou nesta quinta-feira sua transmissão pelas redes sociais para fazer acusações genéricas contra importadores ilegais do insumo brasileiro, que envolveriam empresas europeias nessas operações.

Na live semanal, Bolsonaro disse ter 'nomes de empresas' que importam madeira ilegal, sem identificar nenhuma delas. Ao contrário do esperado, ressaltou logo no início da transmissão que não iria acusar países. A transmissão foi feita ao lado do ministro da Justiça, André Mendonça, e do superintendente da Polícia Federal em Amazonas, delegado Alexandre Saraiva.

'A gente não vai acusar nenhum país aqui de cometer um crime ou ser conivente com um crime, mas empresas (estrangeiras) poderiam estar nos ajudando a combater esse ilícito que interessa para nós qualquer ajuda nesse sentido', disse ele, logo no início da transmissão, em um tom bem diferente do que vinha adotando nas últimas falas sobre o assunto.

Na terça-feira, no início do seu discurso na Cúpula dos Brics --grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul--, Bolsonaro afirmou que nos próximos dias iria revelar quais países estariam importando madeira ilegal da Amazônia e contribuindo para o desmatamento da floresta.

'Então revelaremos nos próximos dias o nome dos países que importam essa madeira ilegal nossa, através da imensidão que é a região Amazônica, porque aí sim estaremos mostrando que esses países, muitos desses que nos criticam, em parte têm responsabilidade nessa questão', disse ele, na ocasião.

Apesar da fala mais moderada, Bolsonaro fez durante a transmissão menção a dois países de forma genérica. Citou o Reino Unido, que vai sediar em novembro do próximo ano a cúpula do clima da ONU, ao afirmar que há um projeto em discussão por lá que torna ilegal o uso de comodities por parte de empresas que importam material de países que realizam desmatamento.

'Então é um grande jogo econômico que existe entre alguns países do mundo, em especial, para nos atingir porque nós somos realmente uma potência no agronegócio, nas commodities que vem do campo, e eles querem exatamente diminuir a concorrência nossa, com toda certeza facilitando outros comércios ou até mesmo o comércio interno desses commodities', disse.

'É um cartão de visita que a Inglaterra está apresentando, isso vai ser feito política em cima disso com o objetivo, em grande parte, de atingir o Brasil', reforçou.

Em outro momento, o presidente mencionou a França ao dizer que o país é concorrente do Brasil na questão dos commodities. 'O grande problema nosso, para a gente avançar no acordo União Europeia e Mercosul, é exatamente na França', disse, numa referência à resistência do país europeu de chancelar o acordo entre os os dois blocos econômicos.

'Estamos fazendo o possível, mas a França, em defesa própria, nos atrapalha no tocante a isso aí', destacou.

As autoridades pediram empenho dos países importadores de madeira ilegal brasileira para atuar em conjunto com o governo brasileiro na identificação dessas mercadorias comercializadas a preços abaixo do mercado. Destacaram que, com a tecnologia atual, já é possível identificar a origem da madeira exportada do Brasil e assim verificar se ela é ilegal ou não.

'Não adianta nós ficarmos combatendo aqui se os outros países não combatem a receptação desse material', disse o ministro da Justiça.

Escrito por Reuters

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