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Após reunião com Lula, comandante do Exército barra ida aos EUA de militar suspeito de incitar golpe

Placeholder - loading - Comandante do Exército, Tomás Paiva, e presidente Lula durante cerimônia em Brasília 19/04/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino
Comandante do Exército, Tomás Paiva, e presidente Lula durante cerimônia em Brasília 19/04/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O comandante do Exército, Tomás Paiva, determinou que o coronel do Exército Jean Lawand Junior, que supostamente incitou um golpe de Estado em mensagens trocadas com o ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, não seja enviado para uma missão diplomática nos Estados Unidos prevista para o início do próximo ano.

O militar permanecerá no Brasil e vai prestar esclarecimentos, informou a assessoria de imprensa do Exército. Lawand Junior serve atualmente no Escritório de Projetos Estratégicos do Estado-Maior do Exército e havia sido selecionado, por mérito, para ocupar o posto nos EUA ainda em 2020.

A decisão de cancelar a viagem ocorreu após o comandante do Exército e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, terem se reunido na hora do almoço com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro que não constava inicialmente da agenda do chefe do Executivo.

Diálogos entre Lawand Junior e o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foram revelados em relatório da Polícia Federal feito a partir de dados que constam do celular apreendido do ex-assessor presidencial, cujo teor foi publicado pela revista Veja.

No aparelho de Cid, também foi revelado um documento com instruções para um suposto golpe de Estado.

Além do documento, a PF identificou no celular de Cid conversas entre os dois militares em que Lawand Junior pressionava o então assessor de Bolsonaro a dar um golpe de Estado, segundo a Veja.

Em uma das ocasiões, o auxiliar respondeu a Lawand Junior: 'Mas o PR (presidente da República) não pode dar uma ordem... se ele não confia no ACE', uma referência ao Alto Comando do Exército. Em outro momento, instado, ele disse ao militar: 'Muita coisa acontecendo', de acordo com a revista.

Procurada pela Reuters, a defesa de Cid disse que 'todas as manifestações defensivas serão feitas apenas nos autos do processo'. Não foi possível localizar Lawand Junior ou representantes de imediato.

A defesa do ex-presidente, por sua vez, disse que os novos diálogos 'comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado'.

Em nota mais cedo, o Exército havia informado incialmente, a propósito da troca de mensagens entre Lawand Junior e Cid, que 'opiniões e comentários pessoais não representam o pensamento da cadeia de comando do Exército Brasileiro e tampouco o posicionamento oficial da Força', destacando ser uma instituição de Estado e apartidária.

O Exército ressaltou que 'eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial, observando o devido processo legal' e que, na esfera administrativa, 'as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no âmbito da Força'.

Escrito por Reuters

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