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Assad é recebido calorosamente em cúpula árabe após anos de isolamento

Placeholder - loading - Presidente sírio, Bashar al-Assad, é recebido por príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, antes de cúpula da Liga Árabe, em Jeddah, Arábia Saudita. 19/05/2023 Sana/Entregue via Reuters
Presidente sírio, Bashar al-Assad, é recebido por príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, antes de cúpula da Liga Árabe, em Jeddah, Arábia Saudita. 19/05/2023 Sana/Entregue via Reuters

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Por Aziz El Yaakoubi e Samia Nakhoul

JEDDAH, Arábia Saudita (Reuters) - O presidente da Síria, Bashar al-Assad, recebeu calorosas boas-vindas em uma cúpula árabe nesta sexta-feira, ganhando um abraço do príncipe herdeiro da Arábia Saudita em uma reunião de líderes que o evitavam há anos, em mudança de abordagem política contestada pelos Estados Unidos e outras potências ocidentais.

O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, apertou a mão de um radiante Assad na cúpula, superando a inimizade árabe em relação a um líder que virou a maré da guerra civil na Síria com a ajuda do Irã xiita e da Rússia.

A cúpula mostrou os esforços redobrados da Arábia Saudita para exercer influência no cenário global, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy entre os presentes e o príncipe herdeiro Mohammed reafirmando a prontidão de Riad para mediar a guerra com a Rússia.

A potência petrolífera Arábia Saudita, outrora fortemente influenciada pelos Estados Unidos, assumiu a liderança diplomática no mundo árabe no último ano, restabelecendo laços com o Irã, dando as boas-vindas à Síria de volta e mediando o conflito no Sudão.

Com muitos Estados árabes esperando que Assad agora tome medidas para distanciar a Síria do Irã xiita, Assad disse que o 'passado, presente e futuro do país é o arabismo', mas sem mencionar Teerã - por décadas um aliado próximo da Síria.

Em um aparente ataque ao presidente turco Tayyip Erdogan, que apoiou os rebeldes sírios e enviou forças turcas para áreas do norte da Síria, Assad observou o 'perigo do pensamento expansionista otomano', descrevendo-o como influenciado pela Irmandade Muçulmana - um grupo islâmico visto como um inimigo de Damasco e muitos outros Estados árabes.

O príncipe herdeiro Mohammed disse esperar que o 'retorno da Síria à Liga Árabe leve ao fim de sua crise', 12 anos depois que os Estados árabes suspenderam o país quando mergulhou em uma guerra civil que matou mais de 350.000 pessoas.

A Arábia Saudita 'não permitirá que nossa região se transforme em um campo de conflitos', afirmou ele, dizendo que a página foi virada em 'anos dolorosos de luta'.

Washington se opôs a qualquer passo para a normalização com Assad, dizendo que primeiro deveria haver progresso em direção a uma solução política para o conflito.

'Os americanos estão consternados. Nós (estados do Golfo) somos pessoas que vivemos nesta região, estamos tentando resolver nossos problemas o máximo que podemos com as ferramentas disponíveis em nossas mãos', disse uma fonte do Golfo próxima aos círculos governamentais.

Um analista do Golfo declarou à Reuters que a Síria corria o risco de se tornar uma subsidiária do Irã e perguntou: 'Queremos que a Síria seja menos árabe e mais iraniana, ou... que volte ao campo árabe?'

Ao receber Assad, os Estados árabes também querem que ele restrinja o florescente comércio sírio de narcóticos, que estão sendo produzidos na Síria e contrabandeados por toda a região.

(Reportagem adicional de Simon Lewis em Washington)

Escrito por Reuters

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