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Atlas Agro e CELA buscam parceiros para projeto de R$4,5 bi de fertilizante verde

Placeholder - loading - Pôr do sol em energia eólica. REUTERS/Kacper Pempel
Pôr do sol em energia eólica. REUTERS/Kacper Pempel

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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de fertilizantes Atlas Agro contratou a consultoria Clean Energy Latin America (CELA) para encontrar parceiros para a construção de uma planta verticalizada de produção de hidrogênio e fertilizantes verdes no Brasil, um projeto que deve exigir cerca de 4,5 bilhões de reais em investimentos.

A parceria com a CELA, que já assessorou negócios envolvendo mais de 50 bilhões de reais em aportes no setor de renováveis, prevê a prospecção de potenciais investidores no empreendimento e de fornecedores de energia para atender a unidade.

A fábrica da Atlas Agro, a ser construída em Uberaba (MG), terá uma capacidade de produção de 500 mil toneladas por ano de fertilizantes para consumo no Brasil, que importa mais de 80% de suas necessidades do insumo.

Para garantir uma produção 'verde' de hidrogênio, amônia e nitrogenado, o empreendimento deverá consumir elevados volumes de energia renovável, girando em torno de 285 megawatts (MW) médios, explicou a CEO da CELA, Camila Ramos.

'É muita energia, então vão ser projetos (de geração de energia) dedicados (à fábrica)... Com certeza no modelo de autoprodução de energia', afirmou à Reuters, acrescentando que muito provavelmente haverá uma combinação de usinas eólicas e solares.

Do lado dos potenciais investidores, a CELA tem conversado com 'players' financeiros e também de perfil estratégico.

Segundo Ramos, há interesse de empresas do setor de energia, que veem no projeto uma oportunidade de se inserir na cadeia do hidrogênio verde, e também de grupos ligados ao setor do agronegócio, seja dos próprios consumidores de fertilizantes ou de empresas que compram produtos do agro e querem reduzir sua pegada de carbono.

O projeto de produção local de fertilizantes verdes vem em um momento que o Brasil busca reduzir sua elevada dependência da importação dos insumos e também se posicionar como uma economia de baixo carbono, aproveitando sua abundância de recursos de energias renováveis.

Os fertilizantes produzidos a partir de fonte fósseis, como o gás natural, emitem mais do que 1 tonelada de CO2 equivalente para cada tonelada produzida, enquanto os nitrogenados produzidos a partir do hidrogênio verde são livres da emissão de carbono em sua produção.

FORNECIMENTO

Em paralelo, a Atlas Agro está em processo de fechar o fornecimento dos fertilizantes a clientes.

'Temos cartas de interesse de compra assinados com vários clientes e deveremos concluir os acordos de fornecimento de fertilizantes nitrogenados zero carbono nos próximos meses', afirma Knut Karlsen, co-fundador e CEO da Atlas Agro para América Latina.

A empresa prevê iniciar as obras da planta de Uberada em 2024, com conclusão prevista para meados de 2027, e tem planos de construir de sete a nove plantas de fertilizantes nitrogenados verdes no Brasil.

Também aposta nesse segmento nos Estados Unidos, onde sua primeira fábrica entrou em projeto de engenharia no mês passado.

(Por Letícia Fucuchima)

Escrito por Reuters

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