Blinken diz em entrevista que China age 'mais agressivamente no exterior'
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Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse em uma entrevista transmitida no domingo que ultimamente a China agiu 'mais agressivamente no exterior' e está se comportando 'cada vez mais de maneiras beligerantes'.
Indagado no programa '60 Minutes', da rede CBS News, se Washington ruma para um confronto militar com Pequim, Blinken respondeu: 'É profundamente contra os interesses tanto da China quanto dos Estados Unidos chegar a este ponto, ou mesmo seguir nesta direção'.
'O que testemunhamos ao longo dos últimos anos é a China agindo mais agressivamente em casa e mais agressivamente no exterior. Isto é um fato.'
Questionado sobre o suposto roubo chinês de centenas de bilhões de dólares, ou mais, de segredos comerciais e propriedades intelectuais dos EUA, Blinken disse que o governo Biden tem 'preocupações sérias' em relação às propriedades intelectuais.
Ele disse que parece se tratar das ações 'de alguém que está tentando competir injustamente e cada vez mais de maneiras beligerantes. Mas somos muito mais eficazes e mais fortes quando estamos atraindo países de mentalidade semelhante e igualmente afetados para dizer a Pequim 'isto não pode continuar e não continuará'.'
A embaixada chinesa em Washington não respondeu de imediato no domingo a um pedido de comentário sobre a entrevista de Blinken.
Na sexta-feira, o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a China ficou aquém de seus compromissos de proteger propriedades intelectuais norte-americanas na 'Fase 1' do acordo comercial bilateral assinado no ano passado.
Os compromissos eram parte do acordo abrangente do governo do ex-presidente Donald Trump e Pequim, que incluiu mudanças regulatórias em tecnologia agrícola e compromissos de comprar cerca de 200 bilhões de dólares de exportações dos EUA ao longo de dois anos.
Blinken chegou a Londres no domingo para a reunião dos chanceleres do G7, na qual a China é um dos temas em pauta.
Na entrevista, Blinken disse que os EUA não visam 'conter a China', mas 'preservar esta ordem baseada em regras que a China está desafiando. Qualquer um que desafie esta ordem, iremos nos posicionar e defendê-la'.
Biden identifica a competição com a China como o maior desafio de política externa de sua gestão. Em seu primeiro discurso ao Congresso, ele prometeu manter uma presença militar norte-americana forte no Indo-Pacífico e fortalecer o desenvolvimento tecnológico dos EUA.
Escrito por Reuters
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