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Bolsonaro defende reforma tributária como próxima prioridade e diz que pacote anticrime vai esperar

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto 01/08/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto 01/08/2019 REUTERS/Adriano Machado

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que a próxima prioridade do governo, depois de aprovada a reforma da Previdência, será a reforma tributária, e descartou apoio do Planalto para que o pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, tenha a tramitação acelerada.

'Entendo a angústia dele (Moro) querer que o projeto dele vá para frente, mas nós temos que diminuir o desemprego, fazer o Brasil andar. Essa é a nossa preocupação maior', disse Bolsonaro em entrevista ao sair do Palácio da Alvorada.

'E sabemos que uma pressão em cima da reforma dele agora atrapalha um pouco a tramitação da nossa reforma mãe, que é a da Previdência. Eu tenho falado para ele ter um pouco mais de paciência', acrescentou.

Moro apresentou um pacote de medidas de segurança e combate à corrupção pouco antes de o governo enviar ao Congresso a proposta de reforma da Previdência, o que foi criticado por parlamentares justamente porque poderia atrapalhar a reforma previdenciária.

O pacote anticrime, como está sendo chamado, acabou relegado a segundo plano e passou primeiro por um grupo de trabalho antes de passar a ser analisado em uma comissão especial da Câmara, onde o ministro tem sofrido derrotas. Moro cobrou um empenho maior do governo em defesa das medidas, mas Bolsonaro deixou claro que essa não é a prioridade agora.

'Vou conversar com Moro. Teve alguma reação do Parlamento e você não pode causar turbulência. Lamento, mas vai ter que dar uma segurada. Eu não quero pressionar isso daí e atrapalhar, tumultuar lá. Tantas outras propostas não enviamos para não atrapalhar a Previdência', justificou.

O presidente disse ainda que Moro, ex-juiz federal da operação Lava Jato, veio de um ambiente em que ele 'decidia com uma caneta na mão', mas que agora o governo não pode decidir de forma unilateral e que esse é um 'jogo que tem que saber jogar'.

Ao ser questionado sobre a prioridade a partir de agora, depois que a reforma da Previdência foi aprovada em dois turnos na Câmara e será enviada ao Senado, Bolsonaro respondeu: 'Tributária. Eu gostaria de estar tramitando outras propostas, mas para evitar tumulto'.

Bolsonaro defendeu novamente que não haja mudanças na PEC da Previdência ao passar pelo Senado, e disse que eventuais alterações deveriam ser tratadas na forma de uma PEC paralela. Senadores têm negociado com governadores para que Estados e municípios sejam incluídos na reforma. Segundo o presidente, muitos não queriam e agora mudaram de ideia, mas depois dirão que foram contrários à reforma.

'A ideia é não mexer em nada no Senado. A gente espera, estou torcendo que não seja mexido', disse.

Bolsonaro garantiu ainda que a reforma da Previdência dos militares --que não foi incluída na PEC e será tratada em forma de projeto de lei-- chegará em breve ao Congresso e tramitará enquanto o Senado cuida de aprovar a reforma geral. Segundo o presidente, ele espera ver a reforma dos militares aprovada na mesma época que o Senado terminar a tramitação da PEC, o que deve acontecer em setembro.

PROCURADORIA-GERAL

Bolsonaro disse ainda que tem cinco nomes mais cotados entre aqueles que poderá escolher como novo procurador-geral da República, entre eles o de Augusto Aras, apontado hoje como o nome mais forte, mas garantiu que a escolha ainda está em aberto.

Perguntado sobre o fato de Aras, no passado, ter defendido políticas petistas, o presidente desconversou. 'Qualquer nome que aparecer como indicado vai levar tiro de .50', disse.

No início da semana, Bolsonaro afirmou que pretendia anunciar o indicado até a próxima segunda-feira. O mandato de Raquel Dodge à frente da PGR termina em setembro.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

Escrito por Reuters

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