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Bolsonaro fala em vacinação no pior dia de mortes por Covid e é alvo de panelaços

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto  REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, no dia em que o Brasil registrou um novo recorde de mortes pela Covid-19, que o governo federal fará de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros contra a doença, em um pronunciamento em rede nacional marcado por protestos contra o presidente.

Em uma fala de pouco mais de 3 minutos, o presidente, que já minimizou a efetividade da imunização e chegou a declarar que não iria se vacinar, defendeu que o governo vem tomando medidas de enfrentamento ao coronavírus e lembrou que em poucos meses o país estará produzindo de forma autossuficiente suas doses contra a Covid-19.

'Estamos no momento de uma nova variante do coronavírus, que infelizmente tem tirado a vida de muitos brasileiros', disse Bolsonaro logo no início do pronunciamento, no dia em que o Brasil superou pela primeira vez desde o início da pandemia a marca sombria de 3 mil óbitos pela doença registrados em um único dia, com um recorde de 3.251 mortes notificadas no período de 24 horas.

'Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas', afirmou, citando previsões de doses ao longo do ano.

Bolsonaro e a gestão do governo na área da saúde têm sofrido críticas e baixas na popularidade, o que levou a uma mudança de tom no discurso do presidente em relação às vacinas. 'Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros', disse.

O presidente, porém, ainda tem posição controversa em relação às medidas de restrição de circulação e de aglomeração de pessoas, como as adotadas por governadores. O tema não foi abordado no pronunciamento.

A fala de Bolsonaro na noite desta terça-feira foi recebida por panelaços e gritos contra o presidente em cidades pelo país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Apesar da promessa do presidente sobre a vacinação, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reduziu em mais de 10 milhões de doses o número de vacinas a serem entregues ao Ministério da Saúde no mês de abril, passando de uma previsão inicial de 30 milhões para 18,8 milhões.

A redução das doses da Fiocruz representa mais um baque no lento processo de vacinação brasileira contra a Covid, no momento em que o país atravessa sua pior crise e se tornou o epicentro da pandemia no mundo.

Apenas 2,6% da população brasileira com mais de 18 anos foi vacinada com as duas doses, de acordo com levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), enquanto o percentual que recebeu a primeira dose é de 7,6% -- o que corresponde a 12,1 milhões de pessoas.

A promessa original do Ministério da Saúde era distribuir 45,9 milhões de doses apenas no mês de março, mas esse total foi reduzido para entre 25 milhões e 28 milhões por problemas na importação de doses da Índia e por atraso da Fiocruz em sua produção.

Escrito por Reuters

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