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Governo brasileiro ainda não pediu aos EUA vacinas da Covid, dizem fontes

Placeholder - loading - Funcionário de fábrica de vacina alemã IDT Biologika segura ampola em Dessau  23/11/2020 Hendrik Schmidt/Pool via REUTERS
Funcionário de fábrica de vacina alemã IDT Biologika segura ampola em Dessau 23/11/2020 Hendrik Schmidt/Pool via REUTERS

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Por Gabriel Stargardter

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo brasileiro ainda não solicitou ao governo norte-americano vacinas contra a Covid-19 que estão sem uso nos Estados Unidos, de acordo com duas pessoas com conhecimento da situação, apesar de os EUA terem concordado nesta semana em enviar cerca de 4 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca para o México e o Canadá.

O número de mortes por coronavírus no Brasil, de quase 300.000, só fica atrás dos EUA, e o sistema de saúde do país está em colapso devido ao aumento recorde de casos.

O governo do presidente Jair Bolsonaro tem sido criticado por um programa de imunização lento e irregular, em meio à falta de vacinas. No início deste mês, o Brasil pediu à embaixada chinesa que ajudasse a conseguir 30 milhões de doses da China para garantir que a campanha de vacinação não fosse interrompida.

Apesar de os EUA concordarem nesta semana em ceder vacinas por empréstimo ao México e Canadá, o Brasil ainda não pediu a Washington os suprimentos da AstraZeneca, disseram as duas fontes, que pediram para não ser identificadas por questões políticas sensíveis.

O Palácio do Planalto e o Itamaraty não responderam imediatamente a pedidos de comentários. O Departamento de Estado dos EUA também não respondeu imediatamente.

Em postagens no Twitter, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse ter enviado nesta sexta-feira ofício à vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, pedindo 'socorro ao Brasil nas ações de combate à pandemia da Covid-19', citando remessa de doses de vacina.

'No ofício, pedi que fosse considerada, pelas autoridades norte-americanas, a eventual concessão de autorização especial que permita a aquisição, pelo governo brasileiro, de doses de vacina estocadas nos Estados Unidos e ainda sem a previsão de serem utilizadas localmente', afirmou.

Segundo Pacheco, esse compartilhamento de estoques, se for autorizado, 'daria impulso decisivo ao esforço de imunização dos 210 milhões de brasileiros'.

O presidente dos EUA, Joe Biden, tem sofrido pressão de países para compartilhar vacinas, especialmente seu estoque de vacinas da AstraZeneca, que são autorizadas para uso em diversos lugares, inclusive no Brasil, mas não nos Estados Unidos.

A vacina da AstraZeneca tem registro completo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que significa que poderia ser usada imediatamente no Brasil.

Nesta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma entrevista de destaque na CNN para pedir ao governo dos EUA que compartilhe seu estoque de vacinas com o Brasil. Os comentários de Lula representam um desafio para Bolsonaro, já que qualquer pedido subsequente garantiria a seu rival uma conquista política.

O relacionamento de Bolsonaro com Biden teve um começo tenso depois que o presidente brasileiro esperou quase um mês e meio para reconhecer os resultados das eleições nos EUA no ano passado. Bolsonaro tinha relações muito mais calorosas com Donald Trump, o antecessor de Biden e um modelo político para o brasileiro.

(Reportagem adicional de Daphne Psaledakis, em Washington, e Ricardo Brito, em Brasília)

Escrito por Reuters

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