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Energia é totalmente restabelecida no Brasil após interrupção que afetou 25% da carga

Placeholder - loading - Torres de linha de transmissão de energia 07/02/2014 REUTERS/Paulo Whitaker
Torres de linha de transmissão de energia 07/02/2014 REUTERS/Paulo Whitaker

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Por Letícia Fucuchima e Roberto Samora e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO (Reuters) - O fornecimento de energia elétrica no Brasil foi totalmente restabelecido na tarde desta terça-feira, após uma interrupção de grande magnitude registrada pela manhã que retirou cerca de 25% da carga total do sistema elétrico nacional, afetando todos os Estados do país com exceção de Roraima.

Um desequilíbrio na rede elétrica, cujas causas ainda estão sendo investigadas, prejudicou o suprimento de energia em quase todo o país, com cerca de 19 mil MW interrompidos -- equivalente a um quarto dos 73 mil MW de carga registrada no momento da ocorrência.

O único Estado que não foi afetado pelo evento foi Roraima, que não recebe energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), que conecta todo o resto do país, e acaba dependendo de geração de energia local a partir de usinas termelétricas.

Os trabalhos para recompor as cargas começaram ainda de manhã, com normalização da situação nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste antes das 10h. Já nas regiões Norte e Nordeste, as ações foram concluídas à tarde, com as cargas 100% recompostas no SIN às 14h49.

Segundo o ONS, houve nesta manhã uma 'separação elétrica' do Norte e Nordeste -- importantes pólos de geração de energia renovável -- do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, onde estão localizados os principais centros consumidores de energia.

No Sul e Sudeste, o fornecimento foi interrompido devido ao acionamento do chamado 'Esquema Regional de Alívio de Carga', um mecanismo de proteção da rede em momentos de desequilíbrio, que tenta restringir a perda de carga no sistema.

O apagão afetou o serviço de distribuidoras de energia de todo o país, operadas por grandes grupos do setor elétrico, como Equatorial, Enel, Neoenergia, CPFL e Energisa.

'As distribuidoras impactadas em suas respectivas áreas de concessão seguem atuando em regime de contingência, e o fornecimento já foi normalizado na maior parte das localidades afetadas. As reconstituições do sistema têm sido aplicadas de forma segura pelas empresas, sob orientações do ONS', disse a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), em nota.

A equipe do Ministério de Energia e Energia está trabalhando para que a carga seja plenamente restaurada o mais breve possível, disse a pasta em nota divulgada mais cedo.

O ministro Alexandre Silveira determinou a criação de uma sala de situação e acompanha o processo de retomada, bem como determinou a apuração das causas do incidente.

Embora ainda faltem explicações sobre as causas da ocorrência, o evento é de grande impacto e suscita reflexões de como o Brasil deve agir para garantir a segurança energética diante de uma matriz com cada vez mais fontes renováveis, com geração que pode variar bastante ao longo do dia, destacou Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil.

'Essa geração tem grande variabilidade... É comum acontecer situações com centenas de megawatts variando ao longo do dia... É um desafio para a transmissão de energia', apontou Sales.

O Brasil tem uma extensa rede de linhas de transmissão interligando todo o país, permitindo que a geração de grandes hidrelétricas e de usinas eólicas e solares do Nordeste possam suprir o consumo das demais regiões, que demandam mais energia.

O país deu início no ano passado a uma nova bateria de leilões de novas linhas de transmissão de energia para dar conta do crescimento da fontes renováveis no Nordeste. Ao todo, os certames que serão realizados neste e no próximo ano incluem projetos com 56 bilhões de reais em investimentos estimados.

Segundo Sales, o país acerta em projetar a construção de mais um bipolo em corrente contínua, projeto com características adequadas para o escoamento de grandes blocos de carga por longas distâncias. Ele aponta, no entanto, que a tecnologia prevista no leilão do projeto, chamada de 'LCC', é mais antiga e poderia ser substituída pela 'VSC', mais moderna, que oferece melhor controle de potência e flexibilidade.

(Por Letícia Fucuchima, Roberto Samora e Rodrigo Viga Gaier)

Escrito por Reuters

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