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Brasil tem 114 mortes por coronavírus, Mandetta pede que pessoas fiquem em casa e diz que será movido pela ciência

Placeholder - loading - MInistrob da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante entrevista coletiva em Brasília 25/03/2020 REUTERS/Adriano Machado
MInistrob da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante entrevista coletiva em Brasília 25/03/2020 REUTERS/Adriano Machado

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Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil tem 114 mortes provocadas pelo Covid-19, doença causada pelo coronavírus, com 22 novos óbitos registrados nas últimas 24 horas, e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou neste sábado que as pessoas fiquem em casa e afirmou que a atuação do ministério será movida pela ciência.

De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados em entrevista coletiva neste sábado, o Brasil tem 3.904 casos confirmados de infecção por coronavírus, ante 3.417 na véspera.

Inicialmente a pasta informou que o número de mortes era de 111, mas posteriormente o dado foi corrigido pelo ministério. O ministério informou também que o índice de letalidade do Covid-19 no país é de 2,9%.

'Vamos nos mover pela ciência e pela parte técnica, com planejamento', garantiu Mandetta na entrevista coletiva.

Após uma semana em que o presidente Jair Bolsonaro defendeu enfaticamente a retomada de atividades como as de escolas e o comércio, fechados por medidas de restrição de circulação adotadas por governadores e prefeitos, Mandetta recomendou que as pessoas fiquem em casa e defendeu que haja uma articulação entre União, Estados e municípios na adoção de medidas para conter o avanço do vírus daqui para frente.

O ministro disse que o isolamento das pessoas têm permitido que leitos de terapia intensiva geralmente usados para traumas causados por acidentes de trânsito fiquem disponíveis para pacientes com Covid-19.

'Mais uma razão para a gente diminuir bastante a circulação de pessoas', afirmou Mandetta, que também disse que o isolamento dá tempo para que o sistema de saúde se organize para o momento de pico da epidemia, como por exemplo garantindo que equipamentos de proteção individual cheguem para os profissionais da saúde.

'Mais uma razão para a gente ficar em casa parado para que os equipamentos cheguem às mãos de quem precisa', disse. 'Esse vírus ataca o sistema da saúde, e ataca o sistema da sociedade como um todo.'

Mandetta também alertou para os riscos do uso indiscriminado da cloroquina, medicamento indicado para malária e doenças autoimunes como lúpus, no tratamento de Covid-19. Bolsonaro tem se referido frequentemente à cloroquina como uma alternativa de tratamento, embora os estudos sobre a eficácia do remédio contra o coronavírus estejam ainda em fase preliminar, como disse o ministro neste sábado.

'Cloroquina não é panaceia', disse Mandetta, apontando que o remédio pode ter contraindicações e afetar órgãos vitais do organismo, como o fígado. 'Podemos ter mais mortes pelo mau uso do medicamento do que pela própria virose.'

Mandetta disse que o Ministério da Saúde está trabalhando junto com o Ministério da Economia e com secretários estaduais de Saúde para que exista uma articulação em relação às medidas de restrição de circulação.

Embora tenha dito que Bolsonaro está 'certíssimo' em manifestar sua preocupação com a possibilidade de pessoas morrerem por causa de uma crise econômica gerada pelas restrições, Mandetta não descartou a possibilidade de ser necessária a adoção de um lockdown total para conter a epidemia.

'O lockdown pode vir a ser necessário', afirmou, ao mesmo tempo que defendeu que os gestores locais arbitrem as medidas necessárias a cada momento.

Mandetta voltou a afirmar que permanecerá no cargo, em meio a atritos entre as recomendações do ministério e a retórica pública de Bolsonaro em relação à pandemia. O presidente já se referiu mais de uma vez ao Covid-19 como uma 'gripezinha'.

'Volto a repetir: vou ficar aqui junto com vocês enquanto o presidente permitir, enquanto eu tiver saúde... Ou (até) a hora que não for mais necessário estarmos aqui', garantiu.

Escrito por Reuters

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