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Países do Brics prometem enfrentar protecionismo unilateral

Placeholder - loading - Presidentes Jair Bolsonaro, Xi Jinping (China) e Vladimir Putin (Rússia) participam de reunião da cúpula do Brics em Brasília 14/11/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidentes Jair Bolsonaro, Xi Jinping (China) e Vladimir Putin (Rússia) participam de reunião da cúpula do Brics em Brasília 14/11/2019 REUTERS/Adriano Machado

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Por Jake Spring e Anthony Boadle

BRASÍLIA (Reuters) - Os países do Brics, principais economias emergentes, alertaram nesta quinta-feira que as tensões comerciais e a incerteza política estão minando a confiança no comércio internacional, no investimento e no crescimento econômico.

Em uma cúpula anual, Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul fizeram um apelo ao mundo para manter os mercados abertos com regras comerciais justas e não discriminatórias diante do crescente protecionismo.

Os cinco países representam cerca de um terço da produção global.

O presidente da China, Xi Jinping, que está envolvido em uma guerra comercial feroz com os Estados Unidos, disse na quarta-feira que está preocupado com o 'bullying' do protecionismo e do unilateralismo nas políticas comerciais de alguns países desenvolvidos.

Ele alertou a cúpula nesta quinta-feira sobre contratempos à globalização econômica, instando seus pares a enfrentar o protecionismo e a defender o sistema multilateral da Organização Mundial do Comércio.

O presidente Jair Bolsonaro, que realizou uma campanha nacionalista no ano passado inspirada no presidente dos EUA, Donald Trump, disse que seu governo se tornou mais realista e adotou uma política pragmática no comércio internacional.

'Reiteramos a importância fundamental de um comércio internacional baseado em regras, transparente, não-discriminatório, aberto, livre e inclusivo', afirmam os países do Brics na Declaração de Brasília, divulgada ao final da cúpula realizada na capital federal.

'Continuamos comprometidos com a preservação e o fortalecimento do sistema comercial multilateral, com a Organização Mundial do Comércio em seu centro. É essencial que todos os membros da OMC evitem medidas unilaterais e protecionistas', acrescenta o documento.

Bolsonaro afirmou na sessão de encerramento que o grupo Brics saiu mais forte da cúpula e citou o avanço em direção a um acordo aduaneiro comum.

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics que amplie mais empréstimos em rublos, parte de uma ação do grupo para diminuir a dependência do dólar norte-americano, tentando usar suas moedas nacionais no comércio mútuo.

Uma autoridade russa disse que os cinco países apoiam a ideia de desenvolver um sistema de pagamento comum usando moedas nacionais.

Os líderes do Brics apontaram também a preocupação de uma corrida armamentista no espaço, enfatizando a necessidade de realizar exploração e usos pacíficos do espaço, de acordo com o direito internacional e a Carta da ONU.

Os países do Brics disseram que continuam comprometidos com a implementação do Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas e pediram aos países desenvolvidos que expandam a assistência financeira e técnica para ajudar os países em desenvolvimento a mitigar seus efeitos.

(Reportagem de Vladimir Soldatkin, Lisandra Paraguassu, Jake Spring e Anthony Boadle)

Escrito por Reuters

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