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Campos Neto alerta contra risco 'relevante' à inflação e 'preponderante' às reformas

Placeholder - loading - Roberto Campos Neto participa de sessão em comissão do Senado 26/02/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Roberto Campos Neto participa de sessão em comissão do Senado 26/02/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, classificou nesta quinta-feira como 'relevantes' os riscos à inflação, a despeito da melhora do balanço de riscos para os preços, e reiterou que o risco do lado das reformas é 'preponderante', no dia em que a reforma da Previdência foi aprovada em comissão da Câmara.

'Eventual frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária', disse o presidente do BC em texto preparado para leitura em evento na XP Investimentos, reiterando mensagem das últimas comunicações oficiais da autoridade monetária.

A ponderação dá sequência ao tom mais comedido do chefe do BC percebido em falas recentes e sinaliza uma postura mais cautelosa em relação a apostas agressivas do mercado para cortes da Selic.

Nesta quinta, os juros futuros tiveram nova sessão de fortes quedas, com o mercado embarcando em aposta de corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica Selic na próxima reunião do Copom, nos dias 30 e 31 de julho.

Os contratos de DI embutiam Selic média em dezembro de 5,5% ao ano, bem abaixo dos atuais 6,50%.

Na terça-feira passada, em evento na Suíça, o presidente do BC afirmou que a trajetória dos juros não está diretamente ligada às reformas, e sim aos efeitos sobre a inflação.

No mesmo evento da XP Investimentos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, com a aprovação da reforma da Previdência, os juros vão cair.

Campos Neto repetiu nesta quinta que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. E reiterou que a manutenção da Selic em 6,50% na última reunião do Copom, em junho, é compatível com a convergência da inflação para a meta em 2019 e, 'principalmente', em 2020.

'Os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação', disse Campos Neto.

Ainda de acordo com o presidente do BC, avanços concretos na agenda de reformas são 'fundamentais' para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva.

Na apresentação, Campos Neto disse que a taxa real de juros se encontra perto de suas mínimas recordes (2,15% ao ano) e que a 'conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa' --ou seja, como taxas de juros abaixo do patamar considerado estrutural. O juro estrutural é aquele que, teoricamente, não gera pressão inflacionária.

Escrito por Reuters

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