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Canadense CPPIB e Votorantim desembolsam mais de R$3 bi por Cesp

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Por José Roberto Gomes

SÃO PAULO (Reuters) - O Consórcio São Paulo Energia, formado pela Votorantim Energia e pelo fundo de pensão canadense CPPIB, arrematou nesta sexta-feira o controle acionário do governo paulista na elétrica Cesp, em um negócio que envolverá mais de 3 bilhões de reais e disparou uma alta superior a 17 por cento no papel da elétrica.

O valor se refere à oferta pela fatia do governo paulista, que saiu por 14,60 reais por ação, com ágio de cerca de 2 por cento, ou 1,7 bilhão de reais, mais aproximadamente 1,4 bilhão de reais referentes à renovação da outorga da usina de Porto Primavera, que serão pagos ao governo federal.

O grupo, no qual cada empresa tem 50 por cento, pagará ainda mais 200 milhões de reais pelas ações dos empregados da Cesp que entraram no negócio, ficando assim com um fatia total de 40,6 por cento na elétrica.

A ações da Cesp têm 100 por cento de 'tag-along', o que indica que o investimento do consórcio poderá ser ainda maior, se os acionistas minotários aceitarem vender suas ações pelo mesmo valor pago ao governo paulista.

'A nossa recomendação é não oferecer', afirmou em nota a equipe do Bradesco BBI liderada por Francisco Navarrete, ressaltando que o valor da Cesp está na melhora de seu balanço, o que significa redução e renegociação dos passivos e contingências, além da diminuição dos custos operacionais.

Perto do fechamento, as ações da Cesp operavam em alta de mais de 14 por cento.

A Votorantim Energia e o fundo canadense já têm uma joint venture focada em investimento e desenvolvimento do setor de geração de energia no Brasil, formada em 2017.

'A criação dessa joint venture foi feita em dezembro do ano passado. Temos interesse em investir em energias renováveis no Brasil, e a Cesp faz parte dessa estratégia', afirmou o presidente da Votorantim Energia e do Conselho da joint venture, Fabio Zanfelice, em rápida entrevista jornalistas após o certame.

Pouco antes do leilão, uma fonte disse à Reuters que a Votorantim havia depositado garantias para o certame, que chegou a atrair inicialmente o interesse do fundo soberano de Cingapura (GIC), assim como das gestoras de recursos Pátria Investimentos e Squadra Investimentos.

Ele comentou que toda a estratégia a ser aplicada na Cesp dependerá das aprovações regulatória, incluindo a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O diretor de Infraestruta para América Latina do CPPIB, Ricardo Szlejf, comemorou o resultado.

'Estamos muito satisfeitos com a transação, vemos ela como expansão da nossa parceria com o grupo Votorantim e também como evidência do compromisso de longo prazo com Brasil e América Latina', declarou Szlejf.

A concretização de venda da Cesp encerra uma série de reviravoltas em torno do processo de privatização, iniciado ainda no ano passado.

Depois, o leilão chegou a ser agendado para o início deste mês, mas foi adiado para esta sexta-feira em meio a incertezas políticas e regulatórias.

Na quinta-feira, uma decisão da Justiça Federal em Presidente Prudente (SP) quase atrapalhou os planos da Cesp ao suspender a renovação do contrato de concessão da hidrelétrica de Porto Primavera, a principal da companhia, com capacidade de geração de 1,54 gigawatts, o que representa quase todo o portfólio da elétrica, de 1,65 gigawatts.

Na manhã desta sexta-feira, a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo conseguiu tornar nula uma decisão judicial que suspendia o processo de renovação do contrato da hidrelétrica.

(Por José Roberto Gomes; com reportagem adicional de Paula Arend Laier)

Escrito por Thomson Reuters

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